História Da Revista No Brasil
Trabalho Escolar: História Da Revista No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabiisoliveira • 17/9/2014 • 848 Palavras (4 Páginas) • 239 Visualizações
As primeiras revistas chegaram no Brasil em meados do século XIX, junto com a corte portuguesa. No entanto, a primeira revista brasileira chamada “As Variedades ou Ensaios de Literatura” só veio a ser lançada no ano de 1812 em Salvador e imitava os modelos das revistas estrangeiras. As suas publicações traziam novelas de gosto comum, fragmentos de história antiga e moderna e discursos sobre costumes e valores sociais, além de artigos de estudos científicos e textos de autores clássicos portugueses.
Posteriormente, com a ajuda da elite intelectual, surgem novas revistas. Algumas merecem destaque como “O Patriota” em 1813, Anais Fluminenses de Ciências, Artes e Literatura, em 1822, ambas lançadas no Rio de Janeiro. Em 1827, surge o ramo de revistas segmentadas, ou seja, que são especializadas em um gênero, com o lançamento da revista “O Propagador das Ciências Médicas” com temas voltados para medicina e “Espelho de Diamantino”, a primeira revista feminina brasileira. Esta tratava de assuntos variados como arte, política e moda, de forma simplificada.
No século XX, a revista evolui e passa a publicar fotos em suas edições, dando lugar à revistas ilustrativas. Em 1928, é lançada a revista Cruzeiro pelo jornalista Assis Chateubriand, com publicações mensais. Ela enfatizava grandes reportagens com apelo para as imagens, aproximando o fotógrafo do fato e utilizando recursos do fotojornalismo. Em suma, a revista trazia os principais fatos jornalísticas da semana, variedades e os avanços tecnológicos no mundo pós primeira guerra, unido à uma boa diagramação, edição e ilustração. Após poucos meses de seu lançamento, Cruzeiro já era um sucesso de vendas, atraindo um público variado de leitores.
Em 1940, a revista “Diretrizes” era a principal concorrente de Cruzeiro, principalmente pelos bons profissionais que compunham a redação da revista. Ela tinha como foco principal a política e se posicionava contra o regime de Vargas em pleno Estado Novo. Por esse motivo, muitas de suas matérias geravam atritos com o DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda implantado por Vargas para censurar a distribuição de informações. Diretrizes contava com grandes escritores como Jorge Amado, Álvaro Moreyra, Rubem Braga e Joel Silveira.
Em 1952 é lançada, pela Editora Bloch, a revista Manchete, que priorizava a fotografia e a ilustração, seguindo um linha diferente das outras revistas citadas. As publicações eram voltadas para o grande público urbano e trazia curiosidades da cultura brasileira, sem muitos aprofundamentos.
Em 1966, nasce uma revista que marca a história da imprensa do Brasil, arevista Realidade, que tinham suas reportagens pautadas pela objetividade da informação. Antes da revista ser lançada, a Editora Abril S.A. fez uma pesquisa para medir os efeitos da primeira edição e definir quem seria o púbico alvo a consumir a revista. Os resultados foram as classes A e B nortearam as publicações e concretizaram o seu sucesso.
Os jornalistas de Realidade, eram em sua maioria, militantes de partidos de esquerda que expressavam na linha editorial um espírito democrático que inspiravam o debate, mas sem ser partidário. As reportagens da revista eram sempre bem apuradas e editadas, atraindo o público que buscavam um tema de interesse específico.
A revista Realidade resistiu por um tempo a competição com os noticiários
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