História Do Rádio - Resumo

A história e importância do rádio no Brasil

O rádio criou mitos, imortalizou profissionais e cativou ouvintes nos mais remotos cantos. Integrou a nação. Mesmo depois da televisão, assegura seu espaço: contra 38 milhões de televisores, temos hoje mais de 70 milhões de rádios. Sua história inclui conquistas e lutas travadas com paixão, presença de espírito e criatividade.

A primeira transmissão de rádio no Brasil acontecera em 1922 no estado do Rio de Janeiro que ainda era capital do Brasil, cercado de um caráter político onde no mesmo período havia uma insatisfação dos militares e da classe média com as oligarquias, foi inaugurada em meio uma exposição internacional em comemoração a Independência do país pelo presidente Epitácio Pessoa em um discurso inflamada para apenas 80 receptores na então capital.

No inicio o rádio era um equipamento de luxo onde apenas a elite tinha acesso, o antropólogo Roquette Pinto percebeu o potencial do meio de comunicação e criou a primeira rádio a Rádio Comunidade com interesse na educação e pesquisa.

Com a massificação desse meio de comunicação a programação começou a ficar popular incluindo em sua programação um novo ritmo como o Maxixe que não foi bem aceito pela elite brasileira, já em 1933 o primeiro jingle foi vinculado para o Pão Bragança.

Logo surgiu o radio teatro e a radionovela, formato importado dos Estados Unidos e criado por uma agência de publicidade, na época não havia tecnologia para gravação e a transmissão era realizada ao vivo, os efeitos sonoros eram importantíssimos para ilustrar as cenas, o improviso era a principal ferramenta. A utilização de qualquer tipo de objeto que reproduzia um som, era utilizado e mexiam com o imaginário dos ouvintes, exemplo era os ruídos que lembravam o barulho de chuva, trovão, porta abrindo, telefone tocando e até passos dos cavalos, os capítulos eram verdadeiros programas de auditório que também faziam sucesso na época e acompanhados por plateia dentro da emissora de rádio.

A rádio começou a mudar nos anos 60 por causa da tv, se tornando essencialmente musical e voltada para os jovens que começaram a sintonizar em seus carros.

O rádio foi importante para consolidar a ideia de nacionalidade brasileira, no rádio começou a surgir os primeiros símbolos dessa unidade nacional como a cantora Carmem Miranda e o compositor Ary Barroso.

Antes do rádio o Brasil não tinha uma identidade cultural, mas sim uma série de manifestações dispersas, nada que as unificasse, este meio de comunicação foi responsável por dar uma cara para o país, tanto é que até hoje o Brasil "para" para ver o último capítulo da novela, herança das radionovelas dos anos 30 e 40 ou até mesmo não deixar de ver as principais notícias do jornal das oito assim como faziam nossos antepassados com o programa Repórter Esso.

Os programas naquela época eram patrocinados por uma única marca de produto, criando uma concorrência comercial entre os patrocinadores, que os associavam aos artistas de seus programas.

Naquele tempo, propaganda era chamada de reclame. Assim, era comum que o apresentador, ele mesmo ou através de um jingle musical, fizesse o reclame da firma ou do produto que patrocinava o programa. Os reclames eram todos