Hume e o Problema da Indução
Por: Vinícius Almeida • 18/9/2016 • Dissertação • 557 Palavras (3 Páginas) • 374 Visualizações
“Como fazer da mais natural das noções um problema filosófico fundamental? Como transformar as indicações que nos fornece o bom senso mais comum em um enigma metafísico?”.
Hume encontrou uma das mais potentes das respostas duvidando de tudo que é mais evidente, longe de buscar na dúvida a garantia de que ele existe, de que ele pensa, de que ele é, a duvida para Hume é a arma-mestra do pensamento, pois ele se apresenta como alguém que se opõem a toda metafísica.
Para Hume não há duvida que a causa de um prego entrar na madeira é devido as batidas sucessivas do martelo, mas o que Hume propõem é duvidar por um instante, ao invés do prego fincar na madeira com as batidas do martelo, o prego fincasse antes de receber a batida e que as batidas não fosse a casa do fincamento do prego, ou algo do tipo, para ele, apenas o habito nos faz ver uma necessidade onde existe só a sucessão regular, cuja observação se tornou um habito.
Hume usa o exemplo da bola de bilhar que desliza em linha reta em direção a outra, mesmo que suponha que o movimento da outra seja acidental, pode conceber que em cem diferentes eventos poderiam resultar desta causa, como ambas podem ficar absolutamente paradas, a primeira voltar em linha reta ou chicotear na segunda em qualquer linha ou direção, todas as suposições são compatíveis, e ele usa isso para explicar o motivo pelo qual não devemos dá preferência a uma questão que não é mais compatível ou concebível que as outras.
Hume usa vários exemplos a cerca da indução, ele pergunta: Como saberemos se o sol nascerá amanhã? E responde, ontem o sol se pôs, depois nasceu, e eu presumo que vai ocorrer o mesmo amanha e que não há fatos para pensar que o sol nascera amanhã, senão pelo numero de procedentes. Porem o autor do livro se questiona em relação a isso, que existe ao menos uma razão para pensar que isso acontecerá, que se imaginarmos uma bola de bilhar com um numero rolando, a medida que a bola vai girando o numero sempre vai sumir e aparecer, e isto não é questão de indução e sim de lógica, e se compararmos a bola de bilhar com o terra veremos que o sol nascerá por dedução, e saberemos que o sol nascerá em qualquer outro lugar do planeta sem nunca ter ido nesse determinado lugar.
Todos os exemplos de Hume têm essa mesma forma simples, o fogo causa fumaça, segundo Hume por indução, mas esse não é o único modo de sabermos disso, talvez na época de Hume fosse. Hoje sabemos, por exemplo, sobre a natureza da matéria para compreender o que liga o fogo a fumaça. Hume também cita cordas de violão, que tensionada produz certo som, mas se tivermos certo conhecimento da natureza das coisas, compreendermos que são as moléculas que são agitadas pela corta que vibramos e o agudo que chamamos de som é apenas a vibração das moléculas.
Portanto, se observarmos o problema da indução, percebemos que é preciso dizer que as conexões causais estão fundadas sobre o habito enquanto ainda não sabemos explicar de outro modo. Mas podemos opor essa objeção com uma contra-objeção, que envia o problema de Hume ao primeiro plano, dando lhe um novo sentido diferente e mais profundo.
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