IMPACTOS AMBIENTAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL
PAULO CÉSAR RAMOS
PRODUÇÃO TEXTUAL
São Mateus
2013
PAULO CÉSAR RAMOS
IMPACTOS AMBIENTAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Atividade apresentada ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Gestão de Recursos Hídricos; Recuperação de Áreas degradadas; Ética, política e sociedade;Poluição, Resíduos Sólidos e Meio Ambiente; Metodologia científica; Seminário– Análise Ambiental Integrada.
Professores: Thiago Augusto Domingos, Luciana Andréa Pires, Sérgio de Góes Barboza, Rodrigo Trigueiro, Luciana Trigueir e Leliana Casagrande.
São Mateus
2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 04
DESENVOLVIMENTO.......................................................................................05
CONCLUSÃO....................................................................................................09
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................10
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INTRODUÇÃO
Os problemas ambientais tem aumentado de forma crescente nos municípios brasileiros. A demora por resoluções tem provocado um descontrole em alguns setores estratégicos para a garantia da qualidade de vida, aumentando as enchentes, gerando dificuldades na gestão dos resíduos sólidos e interferência crescente do despejo inadequado de resíduos sólidos, impactos cada vez maiores da poluição do ar na saúde da população e contínua degradação dos recursos hídricos.
É cada vez mais perceptível a complexidade dos processos e a transformação destas cenas nos centros urbanos crescentemente não só ameaçado, mas diretamente afetado por riscos e agravos socioambientais.
Os riscos contemporâneos explicitam os limites e as consequências das práticas sociais, trazendo consigo um novo elemento: a “reflexividade”. A sociedade, produtora de riscos, se torna crescentemente reflexiva, o que significa dizer que ela se torna um tema e um problema para si próprio.
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IMPACTOS AMBIENTAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Devido ao grande volume de lixo produzido pela população brasileira em quantidades cada vez maiores, a destinação final adequada dos resíduos, atualmente, é considerada como um dos principais problemas de qualidade ambiental das áreas urbanas no Brasil. Portanto, é evidente a necessidade de se promover uma gestão adequada das áreas de disposição de resíduos, no intuito de prevenir ou reduzir os possíveis efeitos negativos ao meio ambiente ou à saúde pública. A busca de soluções tem envolvido, sobretudo, a recuperação técnica, social e ambiental de áreas de depósitos de resíduos inadequadas.
Metodologias de recuperação de lixões e aterros são desenvolvidas devido à necessidade de implantação de mecanismos de inertização da massa de lixo objetivando o fechamento do lixão e/ou aterro ou o prolongamento da vida útil dos mesmos. Além disso, outra necessidade é de existir um programa de recebimento pelos geradores desses resíduos, fabricantes e comerciantes, dos produtos servíveis ou recicláveis os quais, impropriamente, vão para o aterro sanitário, o qual diminuiria em muito a quantidade de resíduos depositados no lixão, aumentando sua vida útil. Estima-se que mais de 40% (quarenta por cento) do lixo doméstico é constituído por materiais recicláveis, dentre garrafas, papéis, metais e plásticos.
O município, ou os órgãos responsáveis pelo licenciamento, já que se trata de atividade poluente, devem obrigar que as empresas produtoras desses resíduos procedam ao seu recolhimento evitando que esses bens vão ao aterro e contribuam para o aumento da tarifa paga pelo contribuinte, por ocasião do licenciamento ambiental, exigindo a destinação correta dos resíduos sólidos recicláveis.
A irregular descarga de lixo a céu aberto, sem as necessárias medidas de proteção, causa grande desconforto e acarreta inúmeros malefícios à saúde
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dos gera 1.300 novas baratas, transmitindo doenças como o vírus da poliomielite e bactérias intestinais. moradores da região, em conseqüência do mau cheiro e da proliferação de moscas, roedores, baratas e outros vetores. As moscas apresentam um ciclo reprodutivo de 12 dias e botam cerca de 120 a 150 ovos por dia, sendo responsáveis pela transmissão de cem espécies patogênicas; os roedores transmitem doenças tais como a leptospirose e a salmonelose, e em apenas um ano de vida uma fêmea gera 98 novos ratos; as baratas, por sua vez, se reproduzem exageradamente.
A etapa inicial de recuperação de áreas degradadas por disposição de resíduos sólido corresponde à avaliação das condições de comprometimento ambiental do local. Isto pode ser realizado através de análises das águas superficiais / subterrâneas e de sondagens para conhecimento do estágio de decomposição dos resíduos e das condições de estabilidade e permeabilidade do solo. Esta etapa busca determinar as vias potenciais de transporte dos contaminantes e os riscos ambientais à população e à ecologia.
A segunda etapa consiste na seleção de atividades remediadoras. Essas atividades têm o objetivo de reduzir a mobilidade, toxicidade e volume dos contaminantes e estabilização do solo.
São adotadas, nesse contexto, ações de tratamento primário ou físico da área, tratamento secundário e terciário, seguido, por fim, do monitoramento ambiental da área. Ressalta-se que as intervenções para a recuperação de aterros também incluem o controle/gestão ambiental e a ocupação do solo de maneira lógica, prática e economicamente viável. Assim, simultaneamente ao processo de remediação, deve ser iniciada a implementação de um Programa de Gestão, seja do aterro sanitário revitalizado ou da área encerrada, compreendendo a drenagem de chorume, águas pluviais e gases (ALBERTE, 2003).
O impacto causado por determinados resíduos podem trazer conseqüências irreversíveis ao meio ambiente. Na questão do lixo doméstico, por exemplo, tem-se o problema das pilhas de rádio, que são comumente
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colocadas dentro dos sacos de lixo (que são de plástico). As pilhas contém mercúrio, substância que representa um dos mais sérios e graves problemas de contaminação do homem e do meio ambiente. Ao ser depositado no "lixão", o mercúrio contamina a terra e a água (lixiviação para o lençol freático), entrando com facilidade na cadeia alimentar, o que representa um perigo potencial para o homem, já que ele se alimenta dos peixes ou aves das áreas vizinhas aos lixões. A ação tóxica do mercúrio afeta o sistema nervoso central, provocando lesões no córtex e na capa granular do cérebro. São observadas alterações em órgãos do sistema cardiovascular, urogenital e endócrino. Em casos de intoxicações severas, os danos são irreparáveis.
Neste contexto, a implantação de um programa de recuperação de uma área tem como objetivo minimizar ou eliminar os efeitos adversos decorrentes das intervenções e alterações ambientais inerentes ao processo construtivo e à operação do empreendimento, as quais são potencialmente geradoras de fenômenos indutores de impactos ambientais que manifestar-se-ão nas áreas de influência do empreendimento. Para um projeto de recuperação como este seria necessário avaliar alguns tópicos como os que se seguem:
O aterro controlado e o sanitário são métodos de disposição final de lixo no solo que podem ser amplamente empregados. Mesmo as instalações de reciclagem, incineração e compostagem precisam de um local onde sejam descartados, de forma apropriada, as sobras e os refugos provenientes do processamento do lixo. Neste caso, o aterro pode servir também como alternativa em situações de emergência motivadas por interrupções eventuais da instalação industrial.
Os maiores problemas para a implantação de aterros são: a possibilidade de se poluir o solo e cursos de água superficiais ou subterrâneos; a necessidade de supervisão constante de modo a garantir a manutenção das mínimas condições ambientais e de salubridade; a geração de gases a partir da decomposição do lixo aterrado; a necessidade de terrenos disponíveis para a instalação do aterro próximos aos locais de produção do lixo, já que o custo
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de transporte é muito elevado na limpeza urbana em virtude do baixo peso específico do lixo; a resistência dos moradores nas cercanias do aterro que, muitas vezes, por não serem ouvidos e devidamente esclarecidos quanto ao problema, acabam por criar impasses desgastantes para a Administração Municipal, e consequentemente problemas para toda a população.
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CONCLUSÃO
Os resultados obtidos no presente trabalho permitiram verificar a adequação da análise multicritérios à temática dos lixões e podem servir de indicador às ações na busca por alternativas para recuperação dos locais de disposição inadequada de resíduos. Outras medidas de controle e mitigação podem ser inseridas, entre elas o monitoramento da qualidade de água nas proximidades, a análise da eventual necessidade de relocação de maciços de resíduos existentes, a implantação de sistemas de impermeabilização e drenagem superficiais e o isolamento total de áreas.
Acredito que a solução para os problemas ambientais causados pelos lixões deve também passar pelos estudos econômicos de toda a cadeia de geração de resíduos, uma vez que a implantação e operação dos serviços de limpeza urbana são custeadas preferencialmente por tarifas e taxas municipais. O Estado deve desenvolver mecanismos econômicos que incentivem os Municípios a adotar soluções integradas de gestão, tais como os consórcios intermunicipais e programas de coleta seletiva, preferencialmente realizados em parceria com organizações de catadores. As ações de fiscalização devem ser intensificadas, para que se proíba o tanto o lançamento de resíduos sólidos “in natura” a céu aberto, sem tratamento prévio, em áreas urbanas e rurais, quanto a sua queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou equipamentos não licenciados para essa finalidade.
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BIBLIOGRAFIA
ALBERTE, Elaine P. V. Análise de Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas por Disposição de Resíduos Sólidos Urbanos:Lixões, Aterros Controlados e Aterros Sanitários. Bahia – Brasil, Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, 2003.
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