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IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE DE COMBUSTÍVEL

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Por:   •  27/3/2014  •  9.603 Palavras (39 Páginas)  •  618 Visualizações

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE JARU – UNICENTRO

CHRYSTIAN BARBOSA FIGUEIREDO

IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE DE COMBUSTÍVEL

JARU

2013

CHRYSTIAN BARBOSA FIGUEIREDO

IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE DE COMBUSTÍVEL

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado a UNICENTRO, para obtenção de título de Bacharel em Ciências Contábeis, sob orientação da Prof.ª Maria Aparecida Laet.

JARU

2013

CHRYSTIAN BARBOSA FIGUEIREDO

IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE DE COMBUSTÍVEL

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado a UNICENTRO, para obtenção de título de Bacharel em Ciências Contábeis, sob orientação do prof.ª Maria Aparecida Laet.

AVALIADORES

____________________________________________ - __________

Nome do 1° avaliador Nota

____________________________________________ - __________

Nome do 2° avaliador Nota

___________________________________________ - __________

Nome do 3° avaliador Nota

______________

Média

JARU

2013

Dedico este trabalho primeiramente a Deus por me ajudar a superar todos os empecilhos, segundamente eu dedico a meus pais Maria do Socorro Barbosa Figueiredo e Franquiano Santos Figueiredo.

Agradeço a Deus por cada dia de vida, a meus pais Franquiano Santos Figueiredo e Maria do Socorro Barbosa Figueiredo que por tudo passaram e fizeram para meu futuro, aos meus irmãos Jaime Figueiredo Neto, Jefferson Barbosa Figueiredo, que sempre estiveram disponíveis para me ajudarem nas viagens. A Leidiane Cristina de Sousa por sempre estar comigo nesta caminhada. A meus amigos de classe pela companhia e pelos laços adquiridos e que nunca se perderão. Aos professores que tornaram tudo isso possível, especialmente aqueles que me ajudaram na conclusão desta pesquisa. 

Eu faço da dificuldade a minha motivação

A volta por cima vem na continuação

O que se leva dessa é o que se vive

É o que se faz.

(Alexandre Magno Abrão – Chorão)

RESUMO

Este trabalho trata-se da gestão de custos e sua importância em uma empresa de transporte de combustível que atual no perímetro Nova Olímpia Mato Grosso a Porto Velho Rondônia, onde este constatou que a gestão de custo é uma ferramenta essencial para um bom desenvolvimento de preços relativamente acessíveis, coletando todos os custos sendo fixos, variáveis, diretos e indiretos e as despesas fixas e variáveis do percurso, operando como uma central de coleta de dados e de geração e interpretação de informações desenvolvendo dados importantes. O custeio empregado trata-se do custeio por absorção que somam todos os gastos sendo custos ou despesas, relacionando-os e organizando-os, para determinar o lucro liquido da rota ou percurso, o índice utilizado para definir o lucro ideal é o Mark-up um índice relativamente importante usado por administradores e economistas com fins de formação de preço e estabelecimento de metas organizacionais este índice além de auxiliar os gestores em suas tomadas de decisões cooperam na alavancagem operacional da empresa evidenciando faixas de crescimentos.

Palavras-chave: Contabilidade de Custos. Gestão de custos. Formação de Preço Ideal.

ABSTRACT

This work is in the cost management and its importance in a company to transport fuel to the perimeter current New Olympia Mato Grosso to Porto Velho Rondonia , where it found that cost management is an essential tool for developing a good price relatively affordable , collecting all being fixed costs , variable, direct and indirect, and fixed and variable costs of the route operating as a central data collection and interpretation of information generation and developing important data. The employee cost comes from the absorption costing totaling all expenses and costs or expenses relating them and arranging them, to determine the net profit of the route or path , the index used to determine the optimal profit is the Mark - up a relatively large index used by administrators and economists for purposes of pricing and setting organizational goals this index plus assist managers in their decision making cooperate in operating leverage of the company showing growth bands.

Keywords : Cost Accounting . Cost Management . Training Ideal Price.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Unidades Operacionais da BR na região Norte 15

Figura 2 – Dificuldade para chegada nas bases de Porto Velho Rondônia 17

Figura 3 – Dificuldades do transporte de combustível região Norte 18

Figura 4 – Rota Nova Olímpia/MT á Porto Velho/RO 39

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Custos e despesas da rota 44

Gráfico 2 – Receita x custo e despesa 45

Gráfico 3 – Comparação do ponto de equilíbrio 47

Gráfico 4 – Preço ideal x preço de mercado 50

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Transportadores e Frota de Veículos 14

Quadro 2 - A contabilidade de custos como um centro processador de informações

21

Quadro 3 - Evolução da relação de custos e preços no Brasil 22

Quadro 4 Tabelas de custo de uma transportadora 34

Quadro 5 - Rotograma do percurso analisado 40

Quadro 6 - Custeio por absorção – Empresas Prestadoras de Serviços 42

Quadro 7 – Cálculos da rota e preço unitário custeio por absorção 44

Quadro 8 – Ponto de equilíbrio 47

Quadro 9 – Formulação de Mark-up 48

Quadro 10 – Diferença de valores de preço de mercado e Mark-up 49

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 13

1. TRANSPORTE RODOVIARIO DE CARGAS NO BRASIL 14

1.1.Transporte rodoviário de combustível no Brasil 14

1.1.1. Dificuldades do transporte de combustível no Brasil 17

1.2. Transporte fluvial de combustíveis em suporte ao rodoviário 19

2. CONTABILIDADE DE CUSTOS 20

2.1 Evolução dos custos no Brasil 21

2.2 Princípios contábeis aplicados na contabilidade de custos 23

2.2.1 Princípio da realização da receita 23

2.2.2 Princípio da competência 24

2.2.3 Princípio do custo histórico como base de valor 24

2.2.4 Princípio da consistência ou uniformidade 24

2.2.5 Princípio do conservadorismo ou Prudência 25

2.2.6 Princípio materialidade ou relevância 25

3. GESTÃO DE CUSTOS 26

3.1 Custos fixos 27

3.2 Custos variáveis 28

4. ETAPAS DO CUSTEIO 28

4.1 Definições dos custos e despesas 28

4.2 Principais itens dos custos e despesas e suas definições 29

4.2.1 Depreciação 29

4.2.2 Mão de obra 30

4.2.3 Seguro do veículo 30

4.2.4 IPVA/ seguro obrigatório 30

4.2.5 Combustível 30

4.2.6 Pneus 31

4.2.8 Lubrificantes 31

4.2.8 Manutenção 31

4.2.9 PIS programa de integração social 31

4.2.10 COFINS contribuição para o financiamento da seguridade social 32

4.2.11 CSLL contribuição social sobre o lucro líquido 33

4.2.12 IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica 33

4.3 Calculo dos Custos 33

5. CARACTERIZAÇÃO DO PERCURSO ANALISADO 38

6. MÉTODO DE CUSTEIO PARA ELABORAÇÃO DO PREÇO 40

6.1 Custeio por absorção 41

6.1.1 Características do custeio por absorção 43

6.1.2 Cálculos de rota no custeio por absorção 42

6.1.2.1 Análise das despesas e custos 44

6.1.2.2 Análise das despesas e custos em relação ao preço de mercado 45

6.2 Ponto de Equilíbrio 46

6.3 Mark-ups e formação de preço 47

6.4 Comparações entre preço elaborado por preço de mercado 49

CONSIDERAÇÕES FINAIS 51

REFERÊNCIA 52

INTRODUÇÃO

Este trabalho é um estudo de caso com base a rota de Mato Grosso a Rondônia com seu principal objetivo demonstrar como a gestão de custos em uma empresa de transporte de combustível pode auxiliar na formação de um preço acessível melhorando a margem de lucro.

Com objetivos específicos Analisar os custos e despesas para a agregação de valores, identificar as tendências de preços de mercado e verificar a diferença entre a tendência e o valor adequado aos custos.

O transporte rodoviário de combustível é um ramo de suma importância para a economia brasileira, movimentando os setores petrolíferos das regiões náuticas que sustentam portos de mercadorias. Á região Centro-Oeste mais precisamente no estado de Mato Grosso, existem diversas usinas que produzem derivados de petróleo tais como: Álcool Etílico e Biodiesel, produtos estes que alimentam as capitais de Porto-Velho no estado de Rondônia e Manaus no estado do Amazonas seguindo este por via fluvial após o descarregamento nas bases de Porto Velho – Rondônia.

A gestão de custos é uma ferramenta de processamentos de dados importantíssima que auxilia os gestores em suas tomadas de decisões. As transportadoras em modo geral necessitam de uma base de custeio para formar preços e definir pontos de equilíbrios que ajudem e não permitem ao gestor tomadas decisões erradas, assim o potencial desta pesquisa é para conscientizar e analisar o mercado de transporte de combustível.

1 TRANSPORTE RODOVIARIO DE CARGAS NO BRASIL

O transporte no Brasil surgiu em meados do século XX, com o crescimento da indústria automobilística, que proporcionou uma inserção e evolução rápida no transporte brasileiro.

Segundo Marina Assunção (2002):

As primeiras rodovias surgiram no final do século XIX, substituindo as estradas de carruagens. Porém, o desenvolvimento efetivo do transporte rodoviário ocorreu no século XX, em decorrência do crescimento da indústria automobilística, um dos símbolos do capitalismo, superando rapidamente o transporte ferroviário no deslocamento de pessoas e cargas.

Com base na agência nacional de transporte terrestre (ANTT), o transporte rodoviário de carga no Brasil corresponde a 1.929.707 de veículos entre caminhões leves e pesados, sendo que há 830.624 de transportadores, sendo mais de 80% do transporte de mercadoria no Brasil, boa parte passando pela região Norte e Centro-Oeste, sendo que boa parte desta é mal administrada.

Conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT), 62,7% das rodovias federais do brasil encontram-se em péssimo estado para o transporte, este índice indica a dificuldade do transportador com prazos e provisões, reduzindo a qualidade da prestação de serviço que em seu maior valor é o tempo.

Quadro 1: Transportadores e Frota de Veículos

Tipo do Transportador Registros Emitidos Veículos Veículos / Transportador

Autônomo 699.401 876.671 1,3

Empresa 130.888 1.038.754 7,9

Cooperativa 335 14.282 42,6

Total 830.624 1.929.707 2,3

Fonte: Agência Nacional de Transporte Terrestre

1.1 Transporte rodoviário de combustível no Brasil

O transporte rodoviário de combustível é um setor essencial para a economia brasileira, pois este movimenta uma grande parte dos estados brasileiros, abastecendo posto e distribuidoras que por sua vez distribui para seus clientes locais. O transporte de combustível esta caracterizado como transporte de produtos perigosos tendo que atender todos os requisitos acordados por esta modalidade.

A Lei 10.233, de 5 de junho de 2001, ao promover uma reestruturação no setor federal de transporte, estabeleceu, em seu artigo 22, inciso VII, que compete à ANTT regulamentar o transporte de cargas e produtos perigosos em rodovias e ferrovias.(ANTT, 2013)

Com o desenvolvimento do transporte no século XX, a necessidade do petróleo e dos combustíveis para suprir os transportes aumentou, com a instalação de duas grandes distribuidoras a Shell em 1914, sendo sua base em um pequeno prédio na Rua da Alfândega, no Centro do Rio de Janeiro e a Petrobrás em 1958 com a primeira marca institucional era composta por um losango amarelo, de contorno verde sua forma e as cores utilizadas procuravam corresponder aos anseios nacionalistas da época, relacionando a marca da companhia às cores e formas da bandeira nacional.

A Petrobras distribuidora conta com várias bases na região Norte movimentando um volume de muito grande de combustível entre álcool, diesel e biodiesel conforme quadro abaixo:

Figura 1 – Unidades Operacionais da BR na região Norte

Fonte - Ivan Sérgio Pacheco (2007)

Com a criação das distribuidoras e a expansão dos automóveis no Brasil, houve a necessidade do transporte destes produtos para postos e clientes, contratando o transporte que com os anos sofreu diversas alterações em via de normas e leis, a mais recente lei que causou bastante polêmica entre a classe foi a Lei 12.619 de 2012 que estipula um descanso diário de 11 horas e intervalos intervalo mínimo de trinta minutos para descanso a cada quatro horas de tempo contínuo de direção.

Com base no Art. 235-C. A jornada diária de trabalho do motorista profissional será a estabelecida na Constituição Federal ou mediante instrumentos de acordos ou convenção coletiva de trabalho.

§ 1o Admite-se a prorrogação da jornada de trabalho por até 2 (duas) horas extraordinárias.

§ 2o Será considerado como trabalho efetivo o tempo que o motorista estiver à disposição do empregador, excluídos os intervalos para refeição, repouso, espera e descanso.

§ 3o Será assegurado ao motorista profissional intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição, além de intervalo de repouso diário de 11 (onze) horas a cada 24 (vinte e quatro) horas e descanso semanal de 35 (trinta e cinco) horas.

[...] Art. 235-D. Nas viagens de longa distância, assim consideradas aquelas em que o motorista profissional permanece fora da base da empresa, matriz ou filial e de sua residência por mais de 24 (vinte e quatro) horas, serão observados:

I - intervalo mínimo de 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas de tempo ininterrupto de direção, podendo ser fracionados o tempo de direção e o de intervalo de descanso, desde que não completadas as 4 (quatro) horas ininterruptas de direção;

II - intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição, podendo coincidir ou não com o intervalo de descanso do inciso I;

III - repouso diário do motorista obrigatoriamente com o veículo estacionado, podendo ser feito em cabine leito do veículo ou em alojamento do empregador, do contratante do transporte, do embarcador ou do destinatário ou em hotel, ressalvada a hipótese da direção em dupla de motoristas prevista no § 6o do art. 235-E. (CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS, 2012).

Com a redução do horário e com as paradas obrigatórias os números de viagens diminuíram reduzindo o percentual da receita, pois devido ás condições das rodovias, os caminhões não produzem como o esperado. O excesso de velocidade e a imprudência aparecem, pois o transportador trabalha com prazos curtos que se perdidos podem ocasionar sérios prejuízos ao faturamento do mês, diminuindo a comissão do motorista e aumentando os custos do transportador. Com a junção de imprudência, excesso de velocidade e más condições de rolagem, os números de acidentes aumentam comprometendo a saúde do mercado de transporte.

1.1.1 Dificuldades do transporte de combustível no Brasil

Com as rodovias de transporte brasileiras em situações precárias os custos deste seguimento são relativamente altos. Segundo Fernandes (2009) O investimento mínimo para deixar a malha rodoviária brasileira em bom estado é de R$ 32 bilhões, segundo a Confederação. Para deixar o país com o padrão perfeito de rodovias, seria necessário investimento de R$ 124 bilhões.

O índice de acidente na BR-364 só aumenta devido às condições das rodovias e os acidentes envolvendo os transportes rodoviários são quase rotineiros.

O descaso de nossos governantes com a BR-364 tem chegado ao extremo, todos os dias estão acontecendo acidentes em toda extensão da rodovia federal e a principal causa é o “pouco de asfalto que ainda existe em meio à buraqueira”, por falta de manutenção adequada. GAZETA CENTRAL (2013).

Para facilitar à distribuição de combustível á maioria das distribuidoras são localizadas perto dos rios como no estado de Rondônia. Conforme imagem abaixo retrata a realidade dos locais de carregamento e descarregamento dos veículos em Porto Velho Rondônia.

Figura 2 – Dificuldade para chegada nas bases de Porto Velho Rondônia

Fonte - Próprio autor retirada

Figura 3 – Dificuldades do transporte de combustível região Norte

Fonte - Ivan Sérgio Pacheco (2007)

1.1.2 Documentos necessários para o transporte de combustível

Licença operacional é aquela que autoriza o início do funcionamento do empreendimento, é concedida depois de atendidas todas as condições e requisitos determinado pelo órgão regulador em Rondônia o órgão regulamentador é o SEDAM – Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental, em Mato Grosso o órgão regulamentar é o SEMA - Secretaria do Meio Ambiente.

Autorização Ambiental para Transporte Interestadual de Produtos Perigosos documento obrigatório a partir de 10 de junho de 2012, tanto para o rodoviário quanto para o fluvial.

A Autorização Ambiental de Transporte Interestadual de Produtos Perigosos é um documento obrigatório a partir de 10 de junho 2012, para o exercício da atividade de transporte marítimo e interestadual (para os terrestres e fluviais), de produtos perigosos. Portanto, serão obrigatórios para os transportadores de produtos perigosos nos modais rodoviário (veículos), ferroviário (trens) ou aquaviário (embarcações), que exercerem a atividade em mais de um estado (configurando dessa forma o transporte interestadual), e os transportadores de produtos perigosos nos modais marítimos (embarcações). Aqueles transportadores que realizarem a atividade em apenas uma unidade da federação (dentro do Estado ou do Distrito Federal) deverão seguir as regras de licenciamento ou autorização ambiental para o transporte de produtos perigosos editadas pelo respectivo órgão estadual de meio ambiente, conforme Art 8º da LC 140/2011.(IBAMA, 2013)

Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos e o Certificado de Inspeção Veicular, que são verificações feitas periodicamente, garantindo a segurança dos veículos tanto caminhão quanto o tanque.

Certificado de regularidade no IBAMA é o documento que comprova que o cadastro neste órgão esteja concluído ou revalidado sendo emitidos para as atividades potencialmente poluidoras ou aquelas que utilizam os recursos ambientais.

O Certificado de Regularidade é unificado, ou seja, é apenas um para o Cadastro de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e para o Cadastro de Instrumentos de Defesa Ambiental, veja como fazer o outro cadastro no título Instrumentos de Defesa Ambiental antes de emitir o certificado; (IBAMA, 2013)

Certificado de verificação veículo tanque rodoviário é o documento que é emitido após as análises dos tanques, verificando a quantidade, pressão e dimensões. O órgão que emite este certificado é o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).

1.2 Transporte fluvial de combustíveis em suporte ao rodoviário

O transporte Fluvial de combustível é essencial para a sustentabilidade do transporte de combustível, pois o consumo de combustível em alguns estados é dependente deste transporte. O transporte rodoviário é dependente do fluvial neste aspecto, como por exemplo, Manaus capital de Amazonas, depende expressamente de produtos advindos de balsas que se atracam em Porto Velho capital de Rondônia, para transportar carretas ou combustíveis para abastecer uma distribuidora.

O transporte Fluvial deve seguir algumas normas estabelecidas por organismos de controle e regulamentação como a ANP, Marinha/Capitania dos Portos, IBAMA, Órgão Estadual, Empresas Certificadoras, Companhias de Seguro. Estes organismos impõem uma série de documentações como os órgãos do transporte rodoviário de cargas.

2.CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilização dos custos em forma geral nasceu da contabilidade financeira que por sua vez foi muito importante na era do mercantilismo, pois foi necessária a avaliação dos estoques em indústrias, passando de mera auxiliar para uma ferramenta importante de controle e decisão gerencial. Conforme Eliseu Martins (2003 p.23) “A contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na indústria, tarefa essa que era fácil na empresa típica da era do mercantilismo”.

A competividade no mundo dos negócios e a necessidade de informações precisas não só para fatores contábeis, mas também para fatores administrativos fez com que a contabilidade de custos se tornasse aliada para as indústrias e empresas. Segundo Eliseu Martins (2003), com o aumento da competitividade na maioria dos mercados sendo industriais, comerciais e de serviços. Os custos tonam-se altamente relevante no momento da tomada de decisões.

A disponibilidade de recursos e de informações tornou a contabilidade de custos uma peça essencial para os gestores que na atualidade estão cada vez mais dependentes de informações para melhorar a produção e as prestações de serviços, pois com informações fidedignas dos seus gastos e custos, o gestor consegue identificar qual o melhor momento para reduzir ou controlar os mesmos. No entendimento de Horngren, Foster e Datar (2000, p. 2.) “[...] mensura e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização”.

Conforme Leone (2000, p.21),

A Contabilidade de Custos é uma atividade que se assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais.

Com esta nova característica da contabilidade de custos o contador em si, não se pode prender a resultados fixos ou exatos, mas sim a resultados aproximados que consigam processar informações com exatidão, conforme (Quadro 2) a contabilidade de custos esta cada dia mais parecida com um processador de informações retendo dados e transformando os em complexos auxiliadores de decisões.

Quadro 2 - A contabilidade de custos como um centro processador de informações.

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Fonte - Leone (2000)

Contabilidade de Custos apresenta-se como um ramo aplicado da ciência contábil que tem a capacidade de gerar e fornecer informações confiáveis sobre as movimentações de produtos e serviços das organizações. Caracterizando como um centro de apoio ao planejamento e ao controle das operações e servindo como um instrumento de administração, sob um enfoque gerencial e não apenas cumprindo com obrigações legais. Vieira, E. P.; Maciel, E. R.; Ribs, M. (2009).

Com base em Leone (2000): a contabilidade de custos recolhe dados tanto no âmbito interno quanto externo, observando fatores monetários e não monetários, mas quantitativos. Sendo uma processadora de informações que recebem dados organizando-os e analisando-os, produzindo informações com base em custos para uma melhor tomada de decisões dos gestores.

2.1 Evolução dos custos no Brasil

Segundo Leone (2000), a contabilidade de custos teve início, sua trajetória com uma técnica independente e sistemática, nos Estados Unidos, sendo um instrumento usado na produção industrial, estudando problemas como mão-de-obra e repercussões nos custos industriais.

No Brasil a analogia entre custos e preços sofreu vários estágios, tomando inicio no ano de 1965, durante a década de 1980 houve alterações no mercado brasileiro como o aumento da competição, a abertura do mercado estrangeiro, a inflação e gradativamente o governo perdeu o controle sobre a formação de preço sendo este elaborado pelo Conselho Interministerial de Preços (CIP) que autorizava um novo preço a partir da comprovação das mudanças dos custos.

O mercado começou a exigir menos dos custos e mais do preço que ele definia, com base na competitividade dependendo ainda mais do mercado. Conforme Bertó e Beulke (2005, p. 26) “O preço passou a ser cada vez menos uma função dos custos e cada vez mais uma dependência do mercado. As alterações de custos não conseguem mais ser simplesmente repassadas ao preço”.

A contabilidade de custos está sempre em mutação seguindo a necessidade das empresas e organizações. Conforme Passarelli e Bomfim (2004, p. 15), “[...] a Contabilidade de custos, continuará a acompanhar a evolução dos processos de produção e venda, de forma a manter, no futuro, a sua capacidade de gerar relatórios que permitam à gerência uma melhor visão do desempenho passado da empresa, para assegurar o melhor planejamento das suas atividades futuras”.

Quadro 3 - Evolução da relação de custos e preços no Brasil

1965 – 1990 PREÇO= CUSTO + RESULTADO

Característica: Preço é função do custo (Apoio oficial)

1990> PREÇO= CUSTO – RESULTADO

Característica: Preço é função do mercado

(Custo: gestão c/ ABC e ABM, Just-in-time, qualidade total)

2000> CUSTO = PREÇO – RESULTADO

Característica: custo é função do preço e da taxa de retorno sobre o investimento (target cost)

Preço = função do valor percebido

Fonte - Beulke (2005)

Com toda a globalização e evolução das industriais e setores tecnológicos a contabilidade de custos não ficou para trás tornando umas das ferramentas mais importantes para definições gerenciais. Conforme Martins (2003, p. 22) “a Contabilidade de Custos acabou por passar nestas últimas décadas, de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle e decisão gerenciais”.

2.2 Princípios contábeis aplicados na contabilidade de custos

Os princípios contábeis são as bases utilizadas pelo profissional em sua atuação definindo e determinando normas para serem seguidas servindo com um guia para que os relatórios contábeis apresentem a qualidade esperada, estes princípios são regulamentos de acordo com as Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade de números 750 e 751 de 29 de dezembro de 1993 e da Resolução 774 de 16 de dezembro de 1994. A contabilidade de custos em especial conta com alguns princípios como o da realização da receita, competência ou prudência, custo histórico como base de valor, consistência ou uniformidade, conservadorismo ou prudência e materialidade ou relevância.

Os princípios contábeis não são leis científicas capazes de ser provadas por meio de testes empíricos. São normas, por convenção, adotadas e consideradas adequadas para demonstrar o patrimônio de uma empresa e as mutações ocorridas durante um período. (HERNANDEZ. 2003, p.56)

2.2.1 Princípio da realização da receita

O princípio da realização da receita determina que a entidade apurará os seus resultados sendo lucro ou prejuízo em um período junto com sua realização da receita, ocorrendo no momento em que há a transferência de um serviço ou bem a terceiros. Com este ideal Martins (2003 p.31) “Determina este princípio o reconhecimento contábil do resultado (lucro ou prejuízo) apenas quando da realização da receita. E ocorre a realização da receita, em regra, quando da transferência do bem ou do serviço para terceiros”.

Antes da realização da receita a contabilidade de custos não poderá gerar resultados, mas somente simples instrumentos gerenciais. Segundo Martins (2003. p31) ”[...] Com isso, a Contabilidade de Custos, quando aplicada no contexto da Contabilidade Financeira, também não pode apurar resultado antes desse instante e, no máximo, pode servir como ferramenta para previsão de rédito”.

Com base nos ideias de Iudícibus (2006. p. 61), o princípio da realização da receita escolhe como ponto normal de reconhecimento e registro da receita nos livros da empresa [...].

2.2.2 Princípio da competência

Princípio da competência é uns dos mais falados no âmbito contábil, pois depois da realização da receita, todas as despesas devem ser deduzidas.

Segundo Martins (2003) A dois grandes tipos de grupos de despesas ou esforços, sendo estas as despesas especificamente incorridas e para consecução das receitas reconhecidas e as despesas incorridas para obtenção de receitas genéricas, sendo que muitas vezes não reconhecida.

A realização indica o momento do reconhecimento da receita. A competência e a confrontação nos indicam o momento do reconhecimento das despesas e custos. O correto, em termos contábeis, é deduzir das receitas todos os gastos a elas correspondentes para se obter o resultado do período, lucro ou prejuízo. (HERNANDEZ. 2003, p. 61).

2.2.3 Princípio do custo histórico como base de valor

Princípio este que determina que os ativos sejam contabilizados pelo seu valor original de entrada, juntamente com os gastos de entrada como os fretes e instalações. Conforme Martins (2003 p.33) “[...] Os ativos são registrados contabilmente por seu valor original de entrada, ou seja, histórico [...]”.

Com o mesmo entendimento Hernandez (2003, p. 61), os estoques, embora sejam itens não monetários, não eram corrigidos, o que prejudicava, em muito, a informação da contabilidade de custos’’.

2.2.4 Princípio da consistência ou uniformidade

O princípio da uniformidade ou consistência presume que a alternativa do registro contábil de um fato deve ser de modo consistente, ou seja, a entidade não pode mudar os seus critérios contábeis sempre e se for o caso de mudança deve expor o fato em notas explicativas. Com base em Martins (2003 p.35) “Quando existem diversas alternativas para o registro contábil de um mesmo evento, todas válidas dentro dos princípios geralmente aceitos, deve a empresa adotar uma delas de forma consistente”.

Conforme Hernandez (2003) quando for necessário mudar ou melhorar a qualidade das informações transmitidas, o fato e seus efeitos devem ficar claramente evidenciados.

2.2.5 Princípio do conservadorismo ou Prudência

Ao surgimento de dúvidas nos lançamentos dos fatos, deve se optar pelo conservadorismo e prudência, ou seja, se um valor pode ser passivo ou patrimônio líquido, optasse pelo passivo por se tratar de dívidas.

Conforme Martins (2003, p.36),

Quase que uma regra comportamental, o Conservadorismo obriga a adoção de um espírito de precaução por parte do Contador. Quando ele tiver dúvida fundamentada sobre tratar determinado gasto como Ativo ou Redução de Patrimônio Líquido (básica e normalmente despesa), deve optar pela forma de maior precaução, ou seja, pela segunda.

2.2.6 Princípio materialidade ou relevância

Este princípio demonstra que os valores monetários considerados pequenos considerados ao valor total não é necessário ter um procedimento contábil rigoroso, um dos seguintes que utiliza este princípio é a analise de balanço, como por exemplo, materiais de limpeza que são registrados como ativos e conforme a sua utilização é transformado em despesas. Se os valores monetários pequenos somados atingirem um valor significativo devem ter um tratamento contábil rigoroso. Segundo Martins (2003 p.37) “Essa outra regra contábil é de extrema importância para Custos. Ela desobriga de um tratamento mais rigoroso aqueles cujo valor monetário é pequeno dentro dos gastos totais”.

Com o mesmo entendimento Hernandez (2003) este é um princípio de grande importância para a contabilidade de custos, pois ele dispensa o controle rigoroso dos itens de pequeno valor em relação aos gastos totais e torna possível a aplicação dos conceitos de custos e benefícios no momento da implantação de determinados controles.

3.GESTÃO DE CUSTOS

Uma boa gestão controla e capita recursos para a redução de despesas e custos, conduzindo a entidade para o melhoramento de lucros, ou seja, a empresa necessita de um modelo de gestão que delimita os objetivos a serem traçados melhorando a eficácia empresarial. A gestão de custos para a empresa é um dos fatores que a torna mais sólida e competitiva visando os custos e os resultados.

A gestão de custos auxilia na emissão de informações para auxiliar nas tomada de decisão. Segundo Hansen e Mowen (2001, p. 57), ela possui três objetivos: a) fornecer informações para computar o custo dos serviços, produtos e outros objetos de interesse da gestão; b) fornecer informações para o planejamento e controle; c) fornecer informações para a tomada de decisão.

A gestão de custos esta sob dois enfoques, sendo o contábil que esta relacionado ás normas legais técnicas, fiscais e societárias, e o enfoque gerencial que esta essencialmente vinculada à eficiência de reduções de gastos através de analises e métodos voltados à mudança de processos empresariais.

Segundo Vieira, Maciel e Ribas (2009, p.9),

A gestão de custos permite analisar de que formas as informações contábeis, financeiras e de vendas podem contribuir como apoio no processo da tomada de decisão da organização, assim como verificar se o preço praticado está de acordo com as expectativas de retorno financeiro e concorrência da organização.

A gestão de custos é processo que tem como objetivo a maximização dos lucros da empresa enfatizando a eficiência em seus processos e controles. Conforme Martins (2001, pag. 22) o conhecimento dos custos é vital para saber se, dado o preço o produto é rentável; ou se é possível reduzi-los (os custos).

O lucro deixou de ser o resultado das receitas aferidas em um determinado período, mas sim da equação dos gastos e sua tentativa em reduzi-los, a educação financeira é importante para o crescimento da empresa, pois a maioria dos gestores submete a empresa a gastos excessivos a custos altos para a realização de seus projetos. Segundo Ballou (2004) a captação do lucro máximo é concretizada em um ponto que a variação nas receitas é igual à variação nos custos.

Segundo Leone (2000) A Contabilidade de Custos é um instrumento disponível poderoso porque utiliza, em seu desenvolvimento os princípios, os critérios e os procedimentos fundamentais da ciência contábil.

Em uma empresa de transporte rodoviário de combustível o controle de custos é algo essencial e vital para a continuidade da mesma, pois a elaboração do preço tem que estar embasado em métodos estatísticos apropriados que identifique o que é viável ou não para a prestação dos serviços.

Uma das equações para se achar os lucros é localizar e definir o total das receitas e subtrair pelos custos auferidos, determinando assim o valor do lucro auferido de uma forma geral, pois o lucro vai ser determinado pela quantidade da receita e de custos. Conforme Leone (2000, p.30): “a equação mais simples que determina o lucro é a seguinte: Receitas – Custos = Lucro. O lucro vai depender dos custos e das vendas”.

Com a evolução tecnológica dos sistemas, os contadores, os profissionais de custos devem se atualizar para o futuro próximo, para que a visão dos mesmos mude de meros lançadores de notas para gestores especializados em expansão de resultados empresarias.

3.1 Custos fixos

Os custos e despesas fixas são aquelas que conforme o aumento ou diminuição da produção, ou seja, no ramo de transporte conforme a alteração da quilometragem não sofrem modificações dos valores.

Conforme Bruni, Famá (2004, p. 32) os fixos são custos que, em determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa. Existem mesmo que não haja produção.

Segundo Martins (2003) os custos fixos estarão representados por aqueles que independentemente dos aumentos ou das diminuições no volume do mês eles continuam os mesmos.

Com base em Ballou (2004, p.164) Custos fixos são de aquisição e manutenção de direito de tráfego, instalações de terminais, equipamento de transporte e administração.

3.2 Custos variáveis

Os custos e despesas variáveis são aqueles que dependendo da quilometragem e do volume produzido modifica proporcionalmente dentro do período.

Segundo Bruni, Famá (2004, p. 32) os valores totais dos custos variáveis alteram-se diretamente em função das atividades da empresa. Quanto maior a produção, maiores serão os custos variáveis.

De acordo com Martins (2003) os custos variáveis estão determinados e variam pelo volume de produção da empresa.

Conforme Ballou (2004, p.164) são custos variáveis incluem normalmente os gastos com combustível e salários, equipamentos de manutenção, manuseio e coleta e entrega.

4. ETAPAS DO CUSTEIO

4.1 Definições dos custos e despesas

No transporte rodoviário de combustível existem inúmeros custos que passam despercebidos pelos olhos dos administradores e diretores que pelo baixo conhecimento dos custos acabam tomando decisões baseados no preço do mercado, que por muitas vezes é influenciado pelos valores determinados pelos clientes contando com muitos fornecedores autônomos que por sua vez inflacionam o mercado, desprovido dos conhecimentos básicos de gestão.

Segundo MÜLLER E MICHEL(2011):

O empresário de transporte não domina totalmente seus custos, muitas vezes detendo-se a acompanhar o mercado em termos de preço de frete, sem saber se esta situação é vantajosa ou não em relação aos resultados financeiros da empresa de transporte.

Custo é todo bem ou serviço que é utilizado em produção de outro bem ou serviço, que abrangem mão de obra, encargos sociais, combustíveis, alugueis, seguros, ou seja, tudo que esteja relacionado à produção. Segundo Eliseu Martins (2003, p. 25) “Custo – Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”. Diferente da despesa que está presente nos setores administrativos financeiros e comerciais, os custos estão diretamente ligados à produção e prestação de serviços como os combustíveis utilizados na transportadora para abastecer os caminhões, este combustível é essencial para produzir um serviço de transporte.

Conforme Ballou (2004, p. 163) um serviço de transporte incorre em uma série de custos, tais como mão de obra, combustível, manutenção, terminais de carga e descarga, rodovias e administrativos.

A separação dos custos e despesas é uma etapa importante para que o custeio não falhe ou seja ineficiente, como os custos á despesas fixas e variáveis que evoluem ou não com a produção ou prestação de serviço.

Despesas variáveis de vendas - incluem os impostos diretos incidentes sobre as vendas (ICMS, ISS, PIS, COFINS etc.) e as comissões sobre as vendas. Diferentemente do que ocorre com os custos variáveis de operação, quase todas as empresas possuem despesas variáveis de vendas (SÁ, 2005 p.37).

4.2 Principais itens dos custos e despesas e suas definições

4.2.1 Depreciação

A depreciação nada mais é do que o desgaste de um ativo ao longo da sua vida útil econômica com relação à entidade.

O valor da depreciação a ser registrada no lançamento contábil da pessoa jurídica, será apurado correspondente à aplicação da taxa de depreciação sobre o valor do bem em reais, estando disponível no site da receita federal, no caso veículos de cargas será de 20% ao ano durante um período de cinco anos.

4.2.2 Mão de obra

Os custos de mão de obra estão relacionados às parcelas pagas do trabalho correspondente dentro do custo total de um objeto fabricado ou no caso do transporte de combustível um serviço prestado pelo motorista.

Há dois tipos de mão de obra, sendo a direta que corresponde ao trabalho diretamente empregado prestação de um serviço, e a mão de obra indireta que no caso é realizado por apoios ou supervisão a prestação de serviço como manutenção dos veículos e limpeza.

4.2.3 Seguro do veículo

É uma parcela correspondente à cobertura do seguro do veículo em caso de acidentes, esta parcela é paga mensalmente ou periodicamente conforme exposto no contrato e na apólice do seguro.

4.2.4 IPVA/ seguro obrigatório

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores é um imposto estadual, sendo que sua parcela é cobrada anualmente, cuja alíquota varia a cada estado de acordo com o valor do veículo, sendo cobrado juntamente com o seguro obrigatório do veiculo.

4.2.5 Combustível

O combustível é o produto responsável pela locomoção do veiculo seu preço varia entre cidades e estados brasileiros, é um custo importante, pois sem ele não há prestação de serviço na maioria das empresas ainda mais nas empresas de transporte de combustível.

4.2.6 Pneus

O custo do pneu é dos principais custos do transporte, pois o mesmo pode reduzir drasticamente o lucro da viagem, o custo varia conforme a quilometragem da viagem.

O carreteiro sabe que pode perder parte do lucro obtido com sua atividade de transporte se não cuidar bem dos pneus do seu caminhão. Isso porque são componentes de contato entre o veículo e o solo, sofrem desgaste e por isso podem ter o tempo de vida útil maior ou menor dependendo da forma como são tratados e das condições de uso (O CARRETEIRO, 2005).

4.2.8 Lubrificantes

Custos relacionados ao funcionamento de veículos, sendo a troca baseada em quilometragens, quanto maior o percurso maior o custo em lubrificantes.

4.2.8 Manutenção

A manutenção dos veículos é algo essencial para o funcionamento dos veículos e evita prejuízos relacionados a acidentes por falhas mecânicas sua parcela é baseada na quantidade das quilometragens percorridas e periodicamente.

Dados do Instituto Scaringella Trânsito revelam que a falta de manutenção preventiva dos veículos está relacionada com a ocorrência de 27% dos acidentes urbanos e rodoviários no Brasil e ainda acrescenta que a maioria dos motoristas só procura oficinas e concessionárias quando as peças apresentam defeito, os carros ficam mais vulneráveis a panes, causam congestionamentos e prejudicam o trânsito. (INSTITUTO SCARINGELLA, 2013)

4.2.9 PIS programa de integração social

PIS é o programa de integração social sendo denominada uma despesa que as pessoas jurídicas de direito privado são contribuintes, segundo a Lei 9.718 de 1998, a base de cálculo da contribuição é receita auferida pela pessoa jurídica, as alíquotas do PIS é de 0,65% (zero vírgula sessenta e cinco por cento) ou 1,65% (um vírgula sessenta e cinco por cento) a partir da lei 10.637/2002.

A alíquota da contribuição para o PIS/PASEP – Faturamento/Receita Bruta,é de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento), exceção feita para o caso das contribuições devidas pelas instituições financeiras e equiparadas, referidas no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991 e no AD SRF nº 39, de 1999, cuja alíquota prevista era de 0,75% (setenta e cinco centésimos por cento) para os fatos geradores ocorridos em janeiro de 1999. (RECEITA FEDERAL, 2013)

4.2.10 COFINS contribuição para o financiamento da seguridade social

COFINS é a contribuição para o financiamento da seguridade social regida pela lei 9.718 de 1998, sendo alterada em 1999, a base de calculo como o PIS é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, a alíquota geral é de 3% (três por cento) a partir de 2001. Com base na Receita Federal. “A base de cálculo é o total das receitas da pessoa jurídica, sem deduções em relação a custos, despesas e encargos Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS são, respectivamente, de 0,65% e de 3%”.

São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional (LC 123/2006).

4.2.11 CSLL contribuição social sobre o lucro líquido

CSLL é a contribuição social sobre o lucro liquido foi instituída me 1998 pela lei 7.689, sua base de cálculo da CSLL para as pessoas jurídicas optante do lucro presumido é de 12% da receia bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares e de transporte e 32% para prestação de serviços em geral, intermediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza.

A base de cálculo da CSLL em cada trimestre, apurada com base no resultado presumido ou arbitrado, corresponde à soma dos seguintes valores: 1) 12% (doze por cento) ou 32% (trinta e dois por cento) da receita bruta auferida no período de apuração; 2) 12% (doze por cento) ou 32% (trinta e dois por cento) da parcela das receitas auferidas, no respectivo período de apuração, nas exportações a pessoas vinculadas ou para países com tributação favorecida, que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da legislação específica. (RECEITA FEDERAL, 2013)

4.2.12 IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica

IRPJ é o imposto de renda da pessoa jurídica sendo comercial ou civil sendo determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, sendo em períodos de apuração trimestrais se o contribuinte optar pelo lucro real este podendo apurar anualmente. A alíquota para os contribuintes são de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real.

São contribuintes e, portanto, estão sujeitos ao pagamento do IRPJ, as pessoas jurídicas e as pessoas físicas a elas equiparadas, domiciliadas no País. Elas devem apurar o IRPJ com base no lucro, que pode ser real, presumido ou arbitrado. A alíquota do IRPJ é de 15% (quinze por cento) sobre o lucro apurado, com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 / mês. (RECEITA FEDERAL, 2013)

4.3 Calculo dos Custos

Segundo Coelho (1997, 215) calcular custos supõe definir, identificar, medir e valorizar os consumos relacionados com as atividades que a empresa desenvolve e atribuir ou imputar esses consumos a tarefas, funções, bens ou serviços.

Conforme quadro 4 (quatro) os custos de um determinado transporte é apontado pela rota que os transportadores optaram, os cálculos dos custos são muito importantes para se verificar como esta o mercado ingressante, não se pode esquecer dos custos indiretos e nem dos desgastes ocorridos pelas rotas pois, estes gastos por muitas vezes não se agregam na contagem do lucro e a eficiência na gestão de custos pode ficar prejudicada.

Quadro 4: Tabelas de custo de uma transportadora

Fonte: Próprio autor.

O valor do frete é determinado pela distribuidora, na rota de Nova Olímpia Mato Grosso a Porto Velho Rondônia o preço de mercado é R$ 120,00 (cento e vinte reais) o metro cúbico, sendo que para um caminhão de 45 metros cúbicos o valor seria de R$ 5.400,00(cinco mil quatrocentos), o valor do frete por quilometro é rodado é de R$ 4,47(quatro reais e quarenta e sete centavos), sendo este rateado pela fórmula preço do frete divido pela quilometragem rodada.

A troca de óleo do motor é feita a cada 15.000 quilômetros rodados e o valor médio é de R$ 336,00 (trezentos e trinta e seis reais), o valor por quilometro rodado deste custo variável é de R$ 0,0224, este valor é determinado pela fórmula preço unitário do custo divido pelos quilômetros de durabilidade multiplicados pela quantidade de serviços.

A troca do filtro de combustível é feita a cada 15.000 quilômetros rodados pelo veiculo o valor médio é de R$ 95,04 (noventa e cinco reais e quatro centavos). O valor por quilometro rodado deste custo variável é de R$ 0,0063, este valor é determinado pela fórmula preço unitário do custo divido pelos quilômetros de durabilidade multiplicados pela quantidade de serviços.

A troca de óleo do cambio é feita a cada 60.000 quilômetros rodados pelo veiculo o preço médio é de R$ 133,00 (cento e trinta e três reais), o valor por quilometro rodado deste custo variável é de R$ 0,0022, este valor é determinado pela fórmula preço unitário do custo divido pelos quilômetros de durabilidade multiplicados pela quantidade de serviços.

A troca de óleo do diferencial é feita a cada 60.000 quilômetros rodados pelo veiculo o preço médio é de R$ 135,30 (cento e trinta e cinco reais e trinta centavos), o valor por quilometro rodado deste custo variável é de R$ 0,0023, este valor é determinado pela fórmula preço unitário do custo divido pelos quilômetros de durabilidade multiplicados pela quantidade de serviços.

A troca do filtro de ar é feita a cada 60.000 quilômetros rodados pelo veiculo o valor médio é de R$ 95,04 (noventa e cinco reais e quatro centavos) o valor por quilometro rodado deste custo variável é de R$ 0,0016, este valor é determinado pela fórmula preço unitário do custo divido pelos quilômetros de durabilidade multiplicados pela quantidade de serviços.

A troca e revisão dos freios são feitas a cada 15.000 quilômetros rodados pelo veiculo o valor médio de R$ 220,00 (duzentos e vinte reais), o valor por quilometro rodado deste custo variável é de R$ 0,2053, este valor é determinado pela fórmula preço unitário do custo divido pelos quilômetros de durabilidade multiplicados pela quantidade de serviços.

O Pneu tem uma durabilidade de 100.000 quilômetros rodados pelo veiculo o valor médio é de R$ 1.560,00 (Mil quinhentos e sessenta reais), o valor por quilometro rodado deste custo variável é de R$ 0,44 (quarenta e quatro centavos), este valor é determinado pela fórmula preço unitário do custo divido pelos quilômetros de durabilidade multiplicados pela quantidade de serviços.

O Pneu poderá ser recapado 2 vezes a durabilidade de cada recapagem é de 90.000 quilômetros rodados e o valor médio é de R$480,00( quatrocentos e oitenta reais) a primeira recapagem e R$430,00 (quatrocentos e trinta reais) a segunda recapagem, o valor por quilometro rodado deste custo variável é de R$ 0,15 (quinze centavos) a primeira recapagem e 0,13 (treze centavos) a segunda recapagem, este valor é determinado pela fórmula preço unitário do custo divido pelos quilômetros de durabilidade multiplicados pela quantidade de serviços.

O Óleo diesel é baseado no consumo do caminhão seu valor é de R$ 2,43 (dois reais e quarenta e três centavos) ao litro o consumo médio é de 2 Km/L (dois quilômetros por litro), o valor por quilometro rodado deste custo variável é de R$ 0,44 (quarenta e quatro centavos), este valor é determinado pela fórmula preço unitário do diesel divido pelos quilômetros por litro e multiplicados pela quantidade.

A comissão do motorista do motorista é calculada em cima do faturamento bruto do caminhão sendo uma porcentagem de 10% (dez por cento) ao mês, o valor por quilometro rodado deste custo de comissão é de R$ 0,45 (quarenta e cinco centavos), este valor é determinado pela fórmula preço do quilometro rodado do frete divido multiplicados pela porcentagem da comissão imposta de 10% (dez por cento).

A depreciação do veiculo é de 25% (vinte e cinco por cento) ao ano ou 2,083%( dois virgula zero oitenta e três por cento) ao mês baseado na tabela disponibilizada pela receita federal, o valor de um caminhão volvo com carretas que podem abrigar 45m³ (quarenta e cinco metros cúbicos) de combustível é de R$ 462.857 (quatrocentos e sessenta e dois mil oitocentos e cinquenta e sete reais) segundo tabela Fipe 2013, sendo assim o valor mensal da depreciação é de R$ 9.641,31 (nove mil seiscentos e quarenta e um reais e trinta e um centavos), seu custos unitário por quilometro rodado é de R$ 0,66 ( sessenta e seis centavos), este valor é determinado pela fórmula preço mensal do custo fixo divido pelos quilômetros médios por mês.

O IPVA e o seguro obrigatório são de R$ 416,67 (quatrocentos e dezesseis reais e sessenta e sete centavos) ao mês, seu custo unitário por quilometro rodado é de R$ 0,03 (três centavos) este valor é determinado pela fórmula do preço mensal do custo fixo divido pelos quilômetros médios por mês.

O seguro particular é calculado mensalmente conforme ao orçamento da segurado seu valor em média é de R$ 3.020,46 (três mil vinte reais e quarenta e seis centavos) ao mês, seu custo unitário por quilometro rodado é de R$ 0,21 (vinte um e centavos) este valor é determinado pela fórmula do preço mensal do custo fixo divido pelos quilômetros médios por mês.

As despesas com PIS são calculadas com alíquotas de 0,65% em base da receita real do caminhão, neste percurso a receita é de 5.400,00 (cinco mil quatrocentos reais) sendo assim o valor do imposto para esta viagem é de 35,10 (trinta e cinco reais e dez centavos) sua despesa unitária por quilometro rodado é de R$ 0,03 (três centavos), este valor é determinado pela fórmula preço do imposto pela rota divido pelos quilômetros médios por mês.

As despesas com COFINS são calculadas com alíquotas de 3% em base da receita real do caminhão, neste percurso a receita é de 5.400,00 (cinco mil quatrocentos reais) sendo assim o valor do imposto para esta viagem é de 162,00 (cento e sessenta e dois reais) sua despesa unitária por quilometro rodado é de R$ 0,13 (treze centavos), este valor é determinado pela fórmula preço do imposto pela rota divido pelos quilômetros médios por mês.

As despesas com CSLL são calculadas a partir da base de cálculo de 12% (doze por cento) e alíquota de 9% (nove por cento) em base da receita real do caminhão, neste percurso a receita é de 5.400,00 (cinco mil quatrocentos reais) sendo assim o valor do imposto para esta viagem é de 58,32 (cinquenta e oito reais e trinta e dois centavos) sua despesa unitária por quilometro rodado é de R$ 0,05 (cinco centavos), este valor é determinado pela fórmula preço do imposto pela rota divido pelos quilômetros médios por mês.

As despesas com IRPJ são calculadas a partir da base de cálculo de 16% (dezesseis por cento) e alíquota de 15% (quinze por cento) em base da receita real do caminhão, neste percurso a receita é de 5.400,00 (cinco mil quatrocentos reais) sendo assim o valor do imposto para esta viagem é de 129,60 (Cento e vinte nove reais e sessenta centavos) sua despesa unitária por quilometro rodado é de R$ 0,11 (onze centavos), este valor é determinado pela fórmula preço do imposto pela rota divido pelos quilômetros médios por mês.

A despesa com telefone é calculada mensalmente conforme o plano do transportador seu valor estimado é de R$ 130,00 (Cento e trinta reais) ao mês, sua despesa unitária por quilometro rodado é de R$ 0,01 (um e centavo) este valor é determinado pela fórmula do preço mensal do custo fixo divido pelos quilômetros médios por mês.

A despesa com Salario e encargos é calculada mensalmente seu valor estimado é de R$ 883,28 (oitocentos e oitenta e três reais e vinte oito centavos) ao mês, sua despesa unitária por quilometro rodado é de R$ 0,16 (dezesseis centavos) este valor é determinado pela fórmula do preço mensal do custo fixo divido pelos quilômetros médios por mês.

A despesa com energia é calculada mensalmente seu valor estimado é de R$ 100,00 (cem reais) ao mês, sua despesa unitária por quilometro rodado é de R$ 0,01 (um centavo) este valor é determinado pela fórmula do preço mensal do custo fixo divido pelos quilômetros médios por mês.

5. CARACTERIZAÇÃO DO PERCURSO ANALISADO

Atualmente o estado de Mato Grosso é rico em usinas petrificas e de Etanol, contando com vários municípios de apoio que estabilizam os preços de seus produtos prestados, muitas destas optaram por sistemas de gestão para que aperfeiçoasse o tempo de carregamento e descarregamento para que não influenciasse no tempo de viagem dos motoristas.

O percurso analisado é remetido pela cidade de Nova Olímpia Mato grosso na região centro Oeste do Brasil esta cidade veio a crescer com o seguimento de sua cidade mais próxima Barra do bugre, em meados da década de sessenta onde foi instituído o Distrito de Paz de Olímpio o município foi criado em 13 de maio de 1986 através da Lei Estadual nº 4.996, sua economia é baseada na cultura de cana-de-açúcar, arroz extrativismo vegetal, milho e feijão. O destino da viagem é Porto Velho Rondônia localizada na bacia do rio Amazonas, sendo que o Rio Madeira o principal rio que banha o município vindo do sul da Bolívia. Porto Velho é a capital de Rondônia sua economia é dividida entre serviços, agropecuária e indústria.

A quilometragem deste percurso é de 1.209 km (mil duzentos e nove quilômetros), entre Nova Olímpia/MT e Porto Velho/RO, as rodovias utilizadas são BR-364, MT-358 e MT-408.

Segundo a figura 4 (quatro) logo abaixo este trajeto corta quase todo o estado de Rondônia e uma parte do estado de Mato Grosso, os trechos com mais índices de acidentes são os perímetros de Ji-Paraná Rondônia a Cacoal Rondônia devido às condições das pitas de rolagem que foram reformadas mais devido ao grande fluxo de caminhões e o asfalto enfraquecido não conseguiram manter a estrutura e as serras de Tangara da Serra Mato Grosso com sentido a Nova Olímpia Mato Grosso que são íngremes dificultando o transporte.

Este rota é percorrida em média por dois dias corridos por um caminhão bitrem de combustível, se não tiver empecilhos no descarregamento o caminhão consegue efetuar quatro carregamentos no mês sendo que a rota é de 1.209 km (mil duzentos e nove quilômetros) se for analisado a ida e a volta serão 2.418 km (dois mil quatrocentos e dezoito quilômetros), em uma semana o caminhão poderá sair de Porto Velho/RO na segunda-feira descarregar e carregar em Nova Olímpia/MT na quarta-feira, na sexta-feira ele pode descarregar e carregar em Porto Velho/RO vindo a carregamento somente na segunda em Nova Olímpia/MT. Em uma semana o caminhão roda em média 3.627 km (três mil seiscentos e vinte e sete quilômetros) dando uma média de 14.508 km (quatorze mil quinhentos e oito quilômetros) por mês, as variações destas previsões depende das condições de rolagem e descarregamentos dos veículos.

Figura 4 – Rota Nova Olímpia/MT á Porto Velho/RO

Fonte: Google Maps.

Conforme quadro 5 apresenta como é o rotograma do percurso de Nova Olimpia/MT a Porto Velho/RO .

Quadro 5 - Rotograma do percurso analisado

Base Porto Velho/RO Caminhão Transportador Usina Nova Olimpia/MT

Percurso semanal 3.627 km (três mil seiscentos e vinte e sete quilômetros)

Fonte: Próprio autor

6 MÉTODO DE CUSTEIO PARA ELABORAÇÃO DO PREÇO

Sistemas e métodos de custeio destinam-se a coletar os dados de custos, identificá-los e organizá-los para que possam fornecer informações à necessidade gerencial (LEONE, 1997). O Processo de custeio vem sendo uma ferramenta importante para os gestores, pois ela serve como uma integração da gestão de custos e o processo gestão das empresas. A Contabilidade de custos emprega diferentes métodos de custeio para apropriar seus custos, conforme a necessidade de cada usuário, métodos estes como custeio de absorção, variável e direto.

Segundo Martins (2001 p.21):

Devido ao crescimento das empresas, com o consequente aumento da distância entre administrador e ativos e pessoas administradas, passou a Contabilidade a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio no desempenho dessa nova missão, a gerencial.

Conforme Wernke (2006) Uma apropriada determinação dos preços de venda se torna fundamental para sobrevivência e crescimento da empresa, independentemente do tamanho ou da área de atuação. Contudo, na prática é comum observar empresas que não têm uma apurada noção de rentabilidade proporcionada por seus produtos e serviços, bem como das necessidades quanto aos volumes de venda para atingir os respectivos equilíbrios operacionais.

Com o aumento da concorrência no transporte e com a entrada de transportadores autônomos que para pagar quitar suas obrigações aceitam preços relativamente baixos, o método de custeio se torna essencial para que a empresa forme estratégias que visem lucro e sustentabilidade sem perde o foco no mercado. Segundo MÜLLER E MICHEL(2011): [...] “Particularmente as empresas menores encontram-se muitas vezes competindo às cegas no mercado concorrencial”.

A vários métodos de custeio que conforme o ramo e porte da empresa são melhores alocados. Com base em Martins (2003), os métodos de rateio mais utilizados pelas empresas e organizações são: Custeio por Absorção, Direto ou Variável, Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC).

Conforme Martins (2003, p.21), “A preocupação primeira dos Contadores, Auditores e Fiscais foi a de fazer da Contabilidade de Custos uma forma de resolver seus problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado”.

6.1 Custeio por absorção

Conforme Bruni e Famá (2004, p. 216), “[...] no método de custeio por absorção os produtos fabricados pela empresa serão apurados prevendo-se, em princípio, a apropriação de todos os custos de produtos registrados no período, quer sejam de comportamento fixo ou variável”.

Para questões legais e normativas o custeio de absorção é aceito e até mesmo recomentáveis por que é redigido conforme os princípios contábeis. “O custeio por absorção é o único aceito pela auditoria externa, porque atende aos princípios contábeis da realização da receita, da competência e da confrontação. Além disso, é o único aceito pelo imposto de renda”. (VICCECONTI, 2000, p. 25).

O método de custeio por absorção agrega todos os custos sendo fixos, variáveis, diretos ou indiretos. Esse método é o único aceito pelas normas do imposto de renda. Conforme Leone (2000) O custeio por absorção é o que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos de fabricação, sejam definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais.

Com o mesmo ideal o Rebelatto (2004) O método de custeio por absorção incide na apropriação de todos os custos realizados na produção dos produtos elaborados.

Com a organização da empresa pode se aumentar a quantidade de informações dos custos e despesas aumentando a eficiência no método de custeio, ajudando na formação de preço e na tomada de decisões.

Conforme Crepaldi (2005, p. 217) para se implantar o método por absorção deve seguir-se os seguintes passos:

a. Separação dos gastos do período em custos e despesas;

b. Classificação dos custos em diretos e indiretos;

c. Apropriação dos custos diretos aos produtos;

d. Apropriação, através de rateio, dos custos indiretos de produção.

Conforme Quadro 6, o custo por absorção engloba o total de receitas e os totais de custos dos serviços prestados e despesas, por esta questão ele é o mais aceito dentre os contadores e pelas normativas, pois ele permite a o gestor saber qual é o verdadeiro preço cobrado e os totais dos lucros impostos sobre seu serviço, viabilizando a formação de preço.

Quadro 6 - Custeio por absorção – Empresas Prestadoras de Serviços

Fonte: Martins (2003)

Fonte: Martins (2003, p. 38).

6.1.1 Características do custeio por absorção:

O custeio de absorção salienta algumas características marcantes que ajudam a determinar sua escolha e implantação deste método.

• Engloba os custos fixos, variáveis, diretos e indiretos.

• Necessita de critério de rateios, no caso de apropriação dos custos indiretos quando houver dois ou mais produtos ou serviços.

• É o critério legal exigido no Brasil.

• Os Valores apresentados sofrem influência direta do volume de produção.

6.1.2 Cálculos da rota no custeio por absorção

Os cálculos por custeio de absorção buscam como todo mét

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