INFLUÊNCIA NEOLIBERAL NA GLOBALIZAÇÃO E A AMPLIAÇÃO DA POBREZA EM ESCALA INTERNACIONAL
Monografias: INFLUÊNCIA NEOLIBERAL NA GLOBALIZAÇÃO E A AMPLIAÇÃO DA POBREZA EM ESCALA INTERNACIONAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: donzito • 1/10/2013 • 3.463 Palavras (14 Páginas) • 505 Visualizações
TRABALHO EM GRUPO – TG
INFLUÊNCIA NEOLIBERAL NA GLOBALIZAÇÃO E A AMPLIAÇÃO DA POBREZA EM ESCALA INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 01
1 DO NEOLIBERALISMO À GLOBALIZAÇÃO ..................................................... 02
1.1 Neoliberalismo ................................................................................................. 02
1.2 Globalização ....................................................................................................
1.3 Influência neoliberal na globalização ...............................................................
2 GLOBALIZAÇÃO: REALIDADE E FANTASIA ..................................................
2.1 Neoliberalismo, globalização e a ampliação da pobreza em escala internacional ..................................................................................................
CONCLUSÃO ........................................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo relacionar a dimensão comercial da globalização com o texto de Schwartz (2010). Neste texto o autor denuncia, através de números expressivos, que a adesão ao neoliberalismo aumentou a pobreza e o protecionismo em escala internacional através do processo conhecido como globalização (com forte tendência à diminuição – ou mesmo desaparecimento – das barreiras alfandegárias e liberdade total para o fluxo de Capital no mundo).
A década de 90 presenciou a intensificação e o aprofundamento de mudanças substantivas na dinâmica do capitalismo internacional. A mundialização dos mercados, sua crescente integração, o deslocamento da produção para outros mercados, a multiplicidade e multiplicação de produtos e de serviços, a tendência à conglomeração das empresas, a mudança nas formas de concorrência e a cooperação interindustrial alicerçada em alianças estratégicas entre empresas e em amplas redes de subcontratação, a busca de estratégias de elevação da competitividade industrial, através da intensificação do uso das tecnologias informacionais e de novas formas de gestão do trabalho, são alguns dos elementos de sinalização das transformações estruturais que configuram a globalização econômica e que, em última instância, conectam, explicam e justificam os temas apresentados no decorrer da pesquisa com o texto de Schwartz.
1 DO NEOLIBERALISMO À GLOBALIZAÇÃO
1.1 Neoliberalismo
O Neoliberalismo é a intervenção do governo de ma¬neira indireta na economia diante da impossibilidade de disciplinar o mercado com base na lei da oferta e da procura. Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem (Chesnai, 1996).
Do ponto de vista teórico e prático o pensamento neoliberal é pragmático, utilitarista e hedonista no sentido que proclama a felicidade para todos, a partir dos indivíduos e não da coletividade. Postula uma tolerância ilimitada para cada indivíduo em sua esfera privada. O problema é que a liberdade é circunstancial, depende das circunstâncias de cada indivíduo no interior da configuração social. Portanto, a liberdade está relacionada aos limites sociais e culturais de cada indivíduo. A liberdade é circunscrita ao meio cultural e histórico em que está inserido o indivíduo, isto é, depende do seu pertencimento social e cultural (Lakatos e Marconi, 1999).
Economicamente, o neoliberalismo fracassou, não conseguiu nenhuma revitalização básica do capitalismo avançado. Socialmente, o neoliberalismo conseguiu muitos dos seus objetivos, criando sociedades marcadamente mais desiguais, embora não tão desestatizadas como queria. Política e ideologicamente, todavia, o neoliberalismo alcançou êxito num grau com o qual seus fundadores originalmente jamais sonharam, disseminando a simples idéia de que não há alternativas para os seus princípios, que todos, seja confessando ou negando, têm de adaptar-se a suas normas (Anderson, 1995).
A moeda estável, a concentração de riquezas, a contenção de gastos com as funções sociais do Estado, o combate ao sindicalismo e a taxa natural de desemprego são traços e, ao mesmo tempo, metas do ideário neoliberal. A reação contra o Estado intervencionista e o Estado de bem-estar social e a busca do Estado mínimo, emergiram também da crise fiscal do Estado. No entanto, Estado mínimo não significa Estado fraco. O modelo do Estado forte, mas desobrigado socialmente é o que se pode chamar da síntese do neoliberalismo (Anderson, 1995). O Estado forte intervém na economia não mais como regulador das relações sociais, mas principalmente para possibilitar o modelo de acumulação neoliberal, que hoje privilegia o capital financeiro.
Para o neoliberalismo, a receita para recuperar o crescimento passa pela estabilização da moeda, contendo os gastos com o bem estar social, pela reforma fiscal que concentra riquezas, e com isso possibilita novos investimentos e também pela restauração de uma taxa “natural” de desemprego. O desemprego em massa produzido pelo neoliberalismo em todas as partes do mundo é o componente mais perverso da nova ordem. Partindo do pressuposto de que só o capital concentrado cria riquezas, isto é, aumento de capital significa investimentos, o desemprego, ou melhor, a taxa natural de desemprego, que faz diminuir os salários,
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