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INTRODUÇÃO À LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS

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Por:   •  14/9/2014  •  2.754 Palavras (12 Páginas)  •  323 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

CURSO DE PEDAGOGIA– MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - PARFOR

Acadêmica: Fátima Gomes de Oliveira Silva

RA: 71867

TRABALHO FINAL DE INTRODUÇÃO À LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Docentes responsáveis:

Marília Ignatius Nogueira Carneiro

Clélia Maria Ignatius Nogueira

Maringá – PR

2014

QUESTÃO 1

SURDEZ E SURDOS

Atualmente, a vida cotidiana dos surdos mudaram significadamente, isso aconteceu principalmente devido a mudança de concepção sobre a surdez, onde as experiências vividas pelos surdos são compreendidas e interagidas por todos através da língua de sinais.

A surdez, definitivamente não é uma deficiência. “A surdez como deficiência pertence a uma narrativa assimétrica de poder e saber: uma “invenção/produção” do grupo hegemônico que, em termos sociais, históricos e políticos, nada tem a ver com a forma como o grupo se vê ou se representa” (GESSER, 2009, p.67). Então, a surdez pode ser vista como ausência da audição, onde uma pessoa surda é capaz de se desenvolver igualmente aos outros, sendo diferenciado apenas pela forma como se expressa, utilizando-se de recursos visuais-motores.

Diante desse contexto, a leitura labial é uma capacidade inerente ao surdo, pois da mesma forma que para desenvolver a fala são necessários treinos constantes, para adquirir a leitura labial também requer treinos.

A língua de sinais não é inata ao surdo, da mesma forma que a língua oral não o é para o ouvinte, a criança surda deve ser exposta o mais cedo possível a contatos com surdos sinalizadores, para que ela adquira a língua de sinais, que é a sua primeira língua de forma espontânea. Além disso, pode-se citar que a maior parte das crianças surdas nasce em famílias ouvintes, que desconhecem a língua de sinais, assim privilegiam apenas a linguagem oral, inacessível aos filhos surdos, o que poderá resultar na exclusão deles das conversas, e, consequentemente o seu isolamento na família. Neste contexto, o ideal seria que a criança surda pudesse adquirir a Libras, em contato com crianças e adultos surdos sinalizadores, o que acontece de forma natural em uma escola especializada para surdos.

Os surdos possuem uma linguagem interior riquíssima e possuem graus variados de informações que o saber formal tem potencial para expandir, é evidente que os surdos possuem dificuldades em absorver informações, pois as informações acústicas que acompanham as imagens, não lhes são acessíveis. Assim, é fundamental interagir, experimentar junto aos ouvintes para entender as informações e expandi-las. A escola deve organizar-se de modo que alunos e professores desenvolvam um tipo de dinâmica em sala de aula na qual o conhecimento a ser trabalhado seja compartilhado, o mais importante para um trabalho efetivo é aceitar o aluno surdo como sujeito surdo, ajudá-lo a pensar e a raciocinar, acreditando, de fato, na potencialidade do aluno surdo.

QUESTÃO 2

LÍNGUAS DE SINAIS E LIBRAS

Com a utilização da Libra (língua de sinais) não só o desenvolvimento social e cognitivo dos surdos foi favorecido, mas também a produção escrita, pois o não ouvir fez o surdo criar uma maneira própria de se comunicar, mas não o impede de adquirir uma língua e nem de desenvolver sua capacidade de representação.

Segundo Vygotsky, a língua de sinais já era utilizada desde a pré-história, onde os homens já se comunicavam por meio de gestos, diante dessa afirmação, pode-se dizer que esse tipo de comunicação não começou com os surdos, e também não é exclusivamente deles.

A língua de sinais é uma língua com condições de proporcionar não apenas a comunicação efetiva entre os surdos como, também, a expressão de sentimentos, a discussão filosófica, enfim, um idioma completo. Assim, não pode-se afirmar que a língua de sinais seja icônica, pois apesar da relação direta, quase transparente entre um sinal e o conceito que este representa, as modificações por eles sofridas ao longo do tempo e na combinação com outros sinais resultam em perda de iconicidade, se tornando, portanto, arbitrários.

A Libra é a língua materna e constitutiva do falante surdo, de fundamental importância para a construção da sua subjetividade e identidade. Além do mais, é uma língua que, como qualquer outra, não se tratando, apenas de um conjunto de gestos, mímica ou de português sinalizado. Em contrapartida, existe uma diferença importante entre as línguas de sinais e as orais, pois quando surdos de diferentes nacionalidades se encontram, mesmo não um não conhecendo a língua de sinais do outro, acabam se comunicando com mais facilidade que os ouvintes. Isso se deve, segundo Felipe (2009, p.20), “à capacidade que as pessoas surdas têm em desenvolver e aproveitar gestos para a comunicação e estarem atentos às expressões faciais e corporais das pessoas”.

É importante frisar, que a língua de sinais não é exclusivamente dos surdos, onde é possível um ouvinte ser fluente em Libras, e essa ouvinte/professor é conhecida como tradutor/intérprete e que poderá atuar na sala comum, mas sempre evitando interferir na construção da Língua Portuguesa, como segunda língua dos alunos com surdez.

Dessa forma, a atuação do tradutor/intérprete escolar envolve também a mediação da comunicação nas diversas atividades que acontecem na escola ou relacionadas a ela, visando atender às necessidades tanto de professores e alunos quanto da comunidade escolar e promovendo a inclusão social.

QUESTÃO 3

ASPECTOS LINGUÍSTICOS DA LIBRAS

Assim como a linguagem oral, a linguagem de sinais também apresenta aspectos linguísticos como fonológicos, morfológicos e sintáticos.

Stokoe estabeleceu em suas pesquisas, que cada sinal é composto por três

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