Inclusão
Trabalho Escolar: Inclusão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatisnestefani • 17/4/2013 • 5.602 Palavras (23 Páginas) • 965 Visualizações
INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO
O QUE A ESCOLA PODE FAZER PARA SUPERAR E LIDAR COM AS DIFERENÇAS?
TATIANE S. F.LOPES - TURMA 02
ESCOLA ESTADUAL FRANCISCO SALES
Capim Branco, 24/02/2012.
INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS NA ESCOLA: UMA PROPOSTA NECESSÁRIA E EM
ASCENSÃO1
Hoje, em pleno século XXI, escolas e/ou instituições especializadas que
trabalham com alunos com necessidades educacionais especiais vivem um grande
desafio: como inclui-los no ensino regular. O ato de incluir, não deve significar
simplesmente matricular no ensino regular tais educandos, mas assegurar ao professor e à escola o suporte necessário à sua ação pedagógica.
Essa proposta implicará em uma nova postura da escola comum que deverá propor, no projeto pedagógico, no currículo, na metodologia de ensino, na avaliação e na atitude dos educadores, ações que verdadeiramente favoreçam a integração social e a opção dos agentes educativos por práticas heterogêneas e atentas à diversidade existente na escola. Além dessa interação, muito importante para o fomento das aprendizagens recíprocas, esse processo busca uma pedagogia que se amplie frente às diferenças do alunado. É um novo paradigma que desponta em defesa da idéia de viver a igualdade na diferença, integrar na diversidade.
O processo de inclusão envolverá, portanto, a reestruturação das culturas, das políticas e das práticas de nossas escolas que, como sistemas abertos, precisam
rever suas ações, até então predominantemente excludentes. No entanto, tal processo vem ocorrendo gradativamente e exigindo novas discussões, estruturações e adequações. É algo possível, viável, mas que exige pensar, querer e encarar o árduo caminho para mudar.
Cabe também ressaltar que, nos últimos anos, essa postura vem sendo
progressivamente buscada e começa ser alcançada como resultado de um aumento
expressivo de estudos na área e da aprovação de legislações, voltadas para assegurar direitos e disciplinar o atendimento dessa clientela. Em conseqüência disso, o aluno com necessidades educacionais especiais está sendo mais facilmente aceito nas escolas e começa a ser considerado como pessoa que apresenta ritmos, características, aprendizagens e emoções, às vezes diferenciadas, requerendo apenas um novo olhar e um novo direcionamento da escola.
Desse modo, as leis estimulam a formação de um cidadão participativo e
responsável diante das demandas da sociedade. Também reconhecem a importância dos estabelecimentos de ensino e dos docentes, nessa função, quando determina a escola como “lócus privilegiado da educação e (oferece) um crédito de confiança na competência técnica e política dos profissionais que nela atuam”.
A proposta inclusiva é completamente inovadora e nada tem a ver com o passado; ela inaugura uma nova etapa na educação mundial: a educação para todos, diante da construção de uma sociedade inclusiva. Trata-se, desta forma de um novo paradigma em ascensão e que deverá evoluir na direção de sua concretização plena, haja vista ser uma concepção que se desdobra em práticas produtivas, agregadoras, éticas, solidárias e respeitosas e que colaboram com o desenvolvimento da escola.
Neste sentido, Goffredo (1999), reitera que é a escola a principal instituição
responsável por tal processo e deve considerar como sendo um desafio seu, o sucesso de todos os seus alunos, sem exceção. Não há dúvida de que a qualidade do ensino, a renovação pedagógica, a reformulação de políticas, metas e programas são procedimentos eficientes e estimuladores ao processo. Essas novas mudanças têm evocado, segundo Baptista (2006, p.7), debates em diferentes campos disciplinares, exigindo que sejam revistas concepções sobre os sujeitos e sobre as instituições envolvidas.
O conhecimento é algo que se encontra em constante transformação, revisão, superação. E, particularmente no campo da educação especial, as descobertas e
inovações trazidas pela ciência e a tecnologia, abrem continuamente novas
possibilidades, cobrando dos profissionais, investigação e a abertura para o novo. Sob este aspecto, o espaço para pesquisa e para a produção do conhecimento deve formar o eixo motivador de um trabalho o mais interdisciplinar possível, articulando docentes e aluno nessa tarefa de construção social do saber.
E, nessa tarefa não basta atribuir um novo papel a um aluno. É preciso fornecer-lhe os recursos necessários para pôr em prática suas tentativas, ajudando-o a
adquirir os saberes e as habilidades sem as quais fracassaria. É preciso dar-lhe o direito de escrever (a sua história) por si mesmo.
Goffredo (1999), num estudo sobre a formação destes profissionais que atuam na área detectou um percentual significativo deles que não tiveram em seus cursos, qualquer disciplina e/ou tópico concernente à educação especial ou sobre estudo
das deficiências.
Mantoan (1997), avaliando as grades curriculares desses cursos, verificou que as disciplinas voltadas para essa questão, de um modo geral, trabalham a teoria, a didática, mas não preparam os alunos para a prática. Ainda nesse contexto da formação e capacitação dos professores, Jiménez (1997) destaca que toda a qualificação profissional na perspectiva inclusiva deve estar empenhada na oferta de condições que favoreçam o desenvolvimento de uma competência voltada para a aceitação da diversidade apresentada pela clientela escolar, bem como pelo entendimento dos caminhos que o aluno percorre no processo de construção de conhecimentos. É só a partir da compreensão desse processo que o profissional da educação poderá construir sua prática, desenvolvendo novas formas de ensinar e difundindo conhecimentos que atendam à pluralidade do alunado sob sua responsabilidade.
Carvalho (2004, p. 159-162), complementando a discussão,
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