Institucionalização E Profissionalização Do Serviço Social Na Europa E Nos Estados Unidos

Processo de Institucionalização e profissionalização do Serviço Social na Europa e nos Estados Unidos

Na Europa, a burguesia, a igreja e o estado se uniram objetivando impedir as manifestações da classe dos trabalhadores, pois as condições de trabalho com o inicio da Revolução Industrial (que teve inicio na Inglaterra em meados do século XVIII) eram insalubres, havendo a partir daí necessidade de intervenção, pois as reivindicações operárias estavam causando constantes prejuízos aos industriais.Com isso, nasce também em Londres, Inglaterra em 1869 , a sociedade de organização da caridade(COS) resultante da união da igreja , burguesia e Estado, direcionou-se a assistência para a “reforma do caráter”, visando assim um ajustamento no caráter do individuo revoltoso. O operário era acompanhado de perto, nisso a visita domiciliar foi um meio de conhecer melhor as condições de moradia e saúde a qual se encontrava o operário, e assim mostrar vantagens em não reivindicar, pois o motivo crucial desta visita era de socializar o modo capitalista de pensar.

O capitalismo monopolista nesse momento teve forte influência no surgimento do serviço social, pois com a expansão do capitalismo a desvalorização do ser humano instaurou-se de tal forma que a generalização da miséria propagou-se extensivamente na classe trabalhadora, nisso constituiu-se uma Questão Social. Os operários revoltavam-se contra a submissão da vida humana, a humilhação rotineira a qual lhes eram impostas, eles se mostravam _obviamente_ contrários a prática comum de serem introduzidos nas fábricas crianças, jovens e mulheres, com esses motivos ao decorrer do século XIX, crescentes ondas de manifestações surgiram para que fossem atendida as reivindicações, feitas por esses operários. Aproveitando o gancho dos fatos anteriores descritos, percebemos que a igreja católica influenciou muito, no surgimento dos primeiros agentes sociais. A burguesia financiava o assistencialismo exercido pela igreja, como descreve o livro de fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social I, segue o seguinte “Suas ações tinham o apoio irrestrito da burguesia, pois as práticas assistencialistas inibiam as constantes investidas da classe trabalhadora, desestabilizando-as e desmobilizando suas reivindicações coletivas.” Pode-se perceber que o poder influenciador da igreja católica na Europa era ainda mais poderoso com o apoio irrestrito da burguesia. O serviço social mantinha-se sob forte vinculo com a religião; teve a prática social desenvolvida com a preocupação na pobreza; procurava ajustar o pobre a ordem social vigente; há vinculo com a sociologia, além de se basearem em teorias neotomistas(idéias de São Tomas de Aquino) e pregarem a profissão a partir das encíclicas papais: Rerum Novarum e Quadragésimo Anno.

Devo citar que, foi criada em Paris uma escola de serviço social, em 1911, de orientação católica e outra de orientação protestante, em 1913, apesar de o protestantismo ter marcado presença, com a influência do catolicismo na França iniciou-se logo após a fundação da escola de Paris, a criação de pequenos núcleos associativos de assistentes sociais católicos, que se dedicavam a reflexão sobre a “questão social” sobre a doutrina social da igreja católica e sobre suas implicações para a prática profissional. Desses pequenos núcleos associativos nasce em 1925 a UICSS (UNIÃO INTERNACIONAL CATÓLICA DE SERVIÇO SOCIAL). Contando – é claro – com um amplo apoio da igreja e da burguesia, esse organismo se transformou em um núcleo de sensibilização e mobilização de leigos para a ação social,influenciando também o serviço social latino americano. À partir da década de 30 a liderança do processo de formação profissional passa é ser responsável pela UCISS, onde a formulação de ensino abrangia: A formação

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