Instrumentos De Orquestra
Monografias: Instrumentos De Orquestra. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: brunapereiraqb • 2/12/2013 • 2.719 Palavras (11 Páginas) • 578 Visualizações
Violino
Sua história:
Não se sabe ao certo quando terá surgido o violino, mas poderá ter surgido no século XVI. Por volta dessa altura havia outros instrumentos de cordas friccionadas com particularidades semelhantes às do violino: a Rabeca, a Viela Renascentista e a Lira da Braccio.
A representação do violino no seu estado primitivo é atribuída a Gaudenzio Ferrari (1480- 1546), bem como o processo de evolução deste instrumento. Crê-se que em 1530 já existiria o violino. Já no século XVI é fundada uma das mais importantes escolas de Luthiers: em Cremona com Andrea Amati, responsável mais tarde pela definição da forma clássica. O mais importante dos Luthiers é Antonio Stradivari (1644-1737) que se pensa ter construído mais de mil instrumentos dos quais hoje se conhece cerca de 400 violinos.
O arco inicialmente era convexo e as cerdas estavam mais afastadas do arco que actualmente. Hoje em dia o arco é côncavo e este aperfeiçoamento deve-se a François Tourte em 1780, a quem se deve também a estandardização do tamanho do arco.
Partes do Violino:
O violino é constituído por uma caixa de ressonância, que permite amplificar o som produzido pelas cordas que estão presas no estandarte e assentes no cavalete e esticadas ao longo do braço. Para afinar o violino é necessário esticar ou encurtar as cordas por acção das cravelhas e por pequenos parafusos situados no estandarte – o afinador. O cravelhame termina com a voluta (forma escultórica). No tampo da caixa de ressonância existem duas aberturas em forma de “F” que permitem o contacto entre o ar que vibra no interior e o ar exterior. A barra e a alma são dois elementos importantes para a robustez do tampo e para a afinação e sonoridade do próprio violino. O cavalete encontra-se na parte exterior do tampo entre os dois ”ff”. É um elemento importante para a sonoridade e para a execução. Para facilitar a execução existe ainda outra peça: a mentonniére que permite que o executante prenda o violino entre o ombro e o queixo.
Viola
No início do século XVII a viola era chamada de violino e o violino regular era chamado de violino piccolo, e durante o século XVIII era chamada violeta enquanto que o nome viola era aplicado à viola da gamba.
A viola mais antiga que se conhece foi construída por Andrea Amati e é maior do que a actual. Também se construíram violas com o tamanho maior do que o actual, sendo utilizado o nome de tenor (afinado uma oitava abaixo do violino) que desapareceram no século XVIII.
Ao longo do tempo, vários construtores tentaram construir uma viola com um melhor equilíbrio sonoro regulando o tamanho do braço e da caixa.
Durante muito tempo, o papel da viola era muito reduzido até que J.S.Bach e Haendel escreveram obras com partes mais importantes para a viola. Até 1770 a viola não tinha o papel de solista, tendo sido importante o compositor, violinista e violetista Carl Stamitz.
Nos quartetos de cordas de Haydn e Mozart a viola já aparece com um grande desenvolvimento técnico com uma parte mais complexa. Só nos séculos XIX e XX é que aparecem mais compositores interessados neste instrumento
Violoncelo
Segundo alguns autores, o violoncelo surgiu para colmatar a necessidade de ter um instrumento com notas graves para tocar nas procissões. Desta forma, encontramos violoncelos com orifícios nas costas por onde passavam cordas de forma a segurar o violoncelo ao pescoço do músico que assim ficava com as duas mãos livres para tocar. Alguns dos mais antigos violoncelos que se conhece foram construídos por Andrea Amati. Ao longo do tempo, o violoncelo teve diversas designações. Devido ao seu som demasiado potente para a época, só muito tarde é que veio a ser aceite. No século XVIII em França Hubert Le Blanc chegou a chamar ao violoncelo “pobre diabo” e “miserável cancro”. Durante o século XVIII construíram-se vários tipos de violoncelos tanto de tamanho maior como mais pequeno. No século XIX Servais inventou o espigão que permite apoiar o violoncelo no chão. O uso do violoncelo como solista só foi aceite em meados do século XIX.
Uma das melhores violoncelistas Portuguesas foi Guilhermina Suggia que defendeu e demonstrou as capacidades do violoncelo.
Harpa:
Sua história:
Durante o crescimento do islamismo, durante o século VIII, a harpa viajou do norte da África até a Espanha e rapidamente se espalhou pela Europa. Em torno de 1720 foi inventada a harpa com pedais, um desenvolvimento muito importante para o instrumento. Acredita-se que tenha sido inventada por Celestin Hochbrücker, tendo sido aperfeiçoada mais tarde pelo francês Érard em 1810. Actualmente a harpa sinfônica tem 46 ou 47 cordas paralelas e sete pedais, um correspondente a uma nota para todas as oitavas. As cordas da harpa estão em escala diatônica.
Tem-se conhecimento através de fábulas épicas, poesias e trabalhos de arte, que as harpas existiam séculos antes deCristo, na Babilônia e Mesopotâmia. Foram encontrados desenhos de harpas na tumba do Faraó Egípcio Ramsés III(1198-1166 a.C.), em esculturas da Grécia antiga, em cavernas do Iraque que datam desde2900 a.C. e textos religiosos judaico-cristãos afirmam que a harpa e a flauta existiam antes mesmo do Dilúvio. A harpa rudimentar já era conhecida pelos caldeus, egípcios, gregos e romanos e até hoje, representa um importante papel na cultura de alguns povos africanos da região do Saara, especialmente os Bwiti.
Partes da Harpa
Harpa de pedais (ou sinfônica)
É a harpa tocada em orquestras. Ela possui cordas afinadas diatonicamente. Mas possui pedais que alteram cada um, o tom da nota (bemol, natural ou sustenido)sendo quatro pedais do pé direito (E (mi), F (fá), G (sol), A (lá)) e três do pé esquerdo (D (ré), C (dó) e B (si)). Por exemplo, ao abaixarmos totalmente um pedal, todas aquelas notas serão sustenidos. Se deixarmos um pedal na posição do meio, logo todas aquelas notas do instrumento serão naturais. Mas se deixarmos um pedal totalmente levantado, todas as notas aquelas notas serão bemol. Uma vez respeitando o círculo de quintas em relação a determinar tom desejado com pedais, a harpa tem uma tessitura de seis oitavas e uma quinta maior, exceto para ré maior ou ré bemol maior, onde sua extensão é de
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