Interferencia Das Crenças Religiosas Islâmicas

INTERFERENÇAS DAS CRENÇAS RELIGIOSAS ISLAMICAS

A partir da proposta de elaboração de relatório de pesquisa, reunimo- nos compondo um grupo de trabalho, abordando o critério de entrosamento, baseando-nos em grupos formados anteriormente para atender diferentes demandas de estudo, para outras disciplinas. A análise da cultura alimentar islâmica, como pesquisa, foi fomentada pela experiência de um dos integrantes do grupo, atuante em restaurante voltado a esse tipo de público, aguçando nossa curiosidade.

Ilustrando a parte prática desta pesquisa, dispomos à degustação o pão e o homus, considerando o horário desta dinâmica, sabor do prato e apropriação. Optamos pela compra destes alimentos devido a falta de tempo para o preparo, em função de nossa agenda particular e para tanto o custo, rateado entre os componentes do grupo, totalizou R$39,80.

Nesta perspectiva, elaboramos este trabalho com o intuito de mostrar como a religião influencia na cultura alimentar da sociedade. O ato de se alimentar não está ligado somente ao paladar e a influencia regional, mas também com as crenças individuais. Relataremos em particular essa influencia na religião islâmica que possui muitas regras alimentares.

Acredita-se que a culinária árabe se desenvolveu a partir das civilizações da Mesopotâmia às margens dos rios, Tigre e Eufrates, se propagando pelos países vizinhos, já que nestes havia a prática da pesca e o cultivo de legumes, cereais e frutas, irrigados pelas águas destes rios, posteriormente ampliando-se a todos os continentes.

A dieta islâmica é rica em variedade, a maioria das refeições são acompanhadas de pães, os temperos combinados com frutas secas, verduras e legumes frescos. As frutas frescas são servidas nos finais das refeições e são bastante utilizadas para fazer doces. A carne de carneiro é a mais popular, suas bebidas consumidas geralmente quente, como os chás, são muito apreciadas, os grãos e cereais são muito utilizados em vários pratos como sopas, saladas e o tradicional homus.

“O momento da refeição é a hora da confraternização familiar, as donas de casa gastam muito tempo no preparo da alimentação, fazendo com que a refeição seja o mais saborosa possível, não é incomodo esse processo, o importante é o momento em que a família estará reunida em comunhão enquanto se aprecia o cardápio.” (LEONARDO, Maria, 2009, p. 3)

No islã denomina-se de Halal o alimento que é permitido e Haran o que não é, estas normas ditadas pelo Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, não se aplicam somente na escolha dos alimentos, mas também ao modo de abate do animal, que exige o dreno total do sangue, por julgar que o mesmo contenha bactérias e toxinas. Este processo tem que ser rápido, sem sofrimento para o animal e de preferencia feito por um muçulmano, sempre pronunciando o nome de Alah.

É proibido o consumo de bebidas alcoólicas, suínos e seus derivados, assim como animais mortos por causas naturais ou confrontos na espécie. Dentre os ritos alimentares do islã está presente o jejum praticado no mês do ramadã, período de oração, jejum e caridade, com a duração de um mês, nesta época, só é permitido comer antes do amanhecer e depois do pôr do sol. Ao término deste mês é feita a festa do quebra jejum