JOGOS DIDÁTICOS: UMA PROPOSTA ALTERNATIVA PARA A RENOVAÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA
Exames: JOGOS DIDÁTICOS: UMA PROPOSTA ALTERNATIVA PARA A RENOVAÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: pauloarana • 12/10/2014 • 2.625 Palavras (11 Páginas) • 603 Visualizações
I SEMINÁRIO DE ENSINO DE CIÊNCIAS, BIOLOGIA E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Universidade Estadual de Maringá
Maringá, 9 e 10 de Outubro de 2014
ISSN: 2358-6435
JOGOS DIDÁTICOS: UMA PROPOSTA ALTERNATIVA PARA A RENOVAÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA
Paulo Henrique Arana Moreira (paulo_henrique_107@hotmail.com)
Jéssica Laguilio Rodrigues (Universidade Estadual de Maringá; jessica_laguilio@hotmail.com)
Resumo
A tradicional transmissão de conteúdos é uma realidade no ensino de biologia, fato este que contribui para a dificuldade na construção de conhecimentos efetivos pelos alunos. O professor é parte fundamental desse fenômeno e deve superar este método com a promoção de um ensino diferenciado, minimizando o distanciamento e desinteresse dos alunos em relação à biologia. Como parte disso, o recurso lúdico pode ser utilizado para facilitar a aprendizagem de conteúdos de diversas complexidades, auxiliando na melhoria do desempenho cognitivo dos estudantes. Desta forma, este trabalho têm como objetivos apresentar a proposta do jogo “Baralho Celular”, aplicado pelos estagiários de biologia durante a realização do período de regência para uma turma do primeiro ano do ensino médio de um colégio do município de Maringá – PR, além de discutir sobre os dados do diagnóstico de interesse e apreciação dos estudantes pela disciplina de biologia e também sobre a atividade lúdica aplicada.
Palavras chave: estágio supervisionado, atividades lúdicas, jogos didáticos, alternativas de ensino.
INTRODUÇÃO
Na disciplina de biologia, os conteúdos estruturantes contemplam diferentes níveis de relações conceituais que exigem a realização de abstrações e generalizações a cerca da compreensão dos fenômenos, o que, muitas vezes, dificulta a assimilação e construção do conhecimento pelo aluno, principalmente, quando este é trabalhado de forma expositiva e não dialogada. Uma mudança de postura em relação às finalidades da educação requer, entre outros fatores, a transcendência das limitações da tradicional transmissão de conteúdos para um ensino promotor de significados, minimizando o distanciamento e o desinteresse dos estudantes em relação à biologia (PEDRANCINI et al., 2007; CACHAPUZ et al, 2005). Frente às necessidades de superação do sistema tradicional de ensino, a busca de novas e adequadas formas de ensinar e avaliar a aprendizagem dos alunos constitui-se em desafio para os professores.
Nesta perspectiva, entre os diversos procedimentos didático-pedagógicos recomendados, as atividades lúdicas consolidam-se como recursos que podem contribuir, de forma atrativa e prazerosa, para o estabelecimento de relações entre conceitos, compartilhamento de informações e conhecimentos, e para a ampliação da rede de significados construídos pelos alunos.
Como um dos recursos lúdicos, o jogo pode ser utilizado para facilitar a aprendizagem de conteúdos de diversas complexidades, auxiliando a realização de determinados objetivos pedagógicos que visam à melhoria do desempenho cognitivo dos estudantes (GOMES; FRIEDRICH, 2001). Para Kishimoto (1996), o jogo, além de estimular as funções cognitivas, contribui também para o desenvolvimento da afetividade, percepção, psicomotricidade e para o estabelecimento de relações socioculturais entre os estudantes.
Diante das potencialidades das atividades lúdicas, este trabalho, realizado pelos acadêmicos do 5º ano o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), teve como objetivo apresentar a proposta do jogo “Baralho Celular”, aplicado para uma turma do primeiro ano do ensino médio de um colégio público do município de Maringá – PR, durante a realização do período de regência, sob a orientação do professor de estágio supervisionado e instrumentação para o ensino de Biologia.
Dentre os conteúdos trabalhados no primeiro ano de Ensino Médio, o contemplado para o período de regência foi a Citologia. Logo, esse jogo foi proposto devido ao processo de avaliação dos graduandos perante as disciplina de instrumentação e estágio supervisionado, que por fim, além de contribuir para a formação inicial dos graduandos, também almeja contribuir no processo de ensino e aprendizagem sobre a célula e seus componentes.
Outra característica valiosa desse jogo é a da busca de associações que caracterizam as estruturas celulares, em uma tentativa de aproximação de elementos do cotidiano dos alunos com as informações científicas. Isso fica evidente em uma das cartas que estabelece a relação entre a composição da parede celular com a produção de papéis (Figura 1).
Figura 1. Cartas do baralho celular mostrando a associação entre a composição da parede celular e a produção de papel.
A conclusão do presente trabalho é compreendida pelo relato da experiência durante a aplicação e a investigação do potencial didático-pedagógico do Baralho Celular, além da discussão sobre o diagnóstico do interesse e apreciação dos estudantes pela atividade lúdica.
O BARALHO CELULAR
Este jogo tem como finalidade promover o ensino sobre os elementos da estrutura celular básica pelo alunado em um contexto de aprendizagem diferenciada. As informações concebidas pelos alunos, em exposição dialogada do conteúdo, deverão ser relacionadas à morfologia e localização de diferentes tipos de células e suas organelas, assim como também relacionar as respectivas funções para o organismo. Como o jogo utiliza de recursos visuais, como imagens, ilustrações, o aluno poderá realizar associações com e entre as descrições morfológicas, funcionais e contextualizadas das respectivas imagens contidas no baralho. Esta atividade lúdica exigirá do aluno o desenvolvimento do pensamento estratégico para selecionar informações próprias de um tipo celular ou estruturas, de modo à reunir os dados relevantes e descartar aqueles dados que não estão relacionados ao seu conjunto de cartas.
MATERIAIS E MÉTODOS
O baralho foi confeccionado com 52 cartas, impressas em folha sulfite e encapadas com contact transparente, de modo que estas pudessem ser divididas em 10 conjuntos de cinco cartas, sendo
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