João Amós Comênio (1592 - 1657)
Tese: João Amós Comênio (1592 - 1657). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gigicalg • 6/9/2014 • Tese • 1.959 Palavras (8 Páginas) • 322 Visualizações
João Amós Comênio (1592 – 1657)
Educador e bispo protestante, pai da Didática Moderna. Entre suas idéias destacam o respeito aos estágios de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem e construção do conhecimento através de experiências, da observação e da ação, uma educação sem punição e sim do diálogo, exemplo e ambiente adequado à aprendizagem.
Elaborador do plano da escola maternal, responsabilizou aos pais responder pela educação da criança antes do sete anos de idade, afirmando “que o nível inicial de ensino era o colo da mãe e deveria ocorrer dentro dos lares” (OLIVEIRA, 2007 p. 64). Recomendava o uso de ricos materiais pedagógico e ambiente propício à educação das crianças, partindo do princípio de que é da infância que se inicia a formação e do ser humano.
Comênio afirma que “o cultivo dos sentidos e da imaginação precedia o desenvolvimento do lado racional da criança. Impressões sensoriais advindas da experiência com manuseio de objetos seriam internalizados e futuramente interpretados pela razão”. Evidenciando desse modo os propósitos de desenvolvimento do raciocino lógico e do espírito científico, que implicaria na formação do homem religioso, social, político, racional, afetivo e moral (OLIVEIRA, 2007, p. 64).
Defendia que, desde a infância deveria ser trabalhado tudo, de modo que a criança pudesse aprender dentro de um campo amplo de conhecimento.
É possível constatar que as preocupações do pai da didática com relação ao desenvolvimento e aprendizagem da criança de 0 a 6 anos foram inúmeras, destacando aspectos importantes do plano da escola Materna, que até hoje são fundamentais para o bom desenvolvimento educativo da criança.
Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827)
Seguidor do protestantismo e das idéias de Rousseau, seu pensamento tem como base a crença na manifestação da bondade do ser humano e na caridade praticada principalmente em favor dos pobres. Tornou-se adepto da educação em especial a pública, e seu entusiasmo influenciaram empresários construir creches para filhos dos operários. Suas idéias tiveram impacto na Europa e Norte da América onde abriu caminho nas várias iniciativas de integrar cuidado e educação da criança em ambientes extrafamiliar.
Antecipando as concepções da Escola Nova, Pestalozzi pregou que a função principal do ensino é levar as crianças a desenvolverem habilidades naturais e inatas. Considerou que o ato de educar “deveria ocorrer em um ambiente o mais natural possível, num clima de disciplina estrita, mas amorosa, e pôr em ação o que a criança já possui dentro de si, contribuindo para o desenvolvimento do caráter infantil”. Seu projeto educativo tinha também, a “intuição” como fundamento básico para se atingir o conhecimento. Assim sendo, sua educação se fundamenta na percepção, no desenvolvimento dos sentidos da criança e o ensino deveria priorizar a utilização de objetos, não de palavras (OLIVEIRA, 2007, p. 66)
Friedrich Fröebel (1782 – 1852)
Educador alemão, considerado o primeiro educador a enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica e o apreender do significado da família nas relações humanas. Sua teoria salientou a importância do desenho e das atividades que envolvessem movimentos e ritmos.
“Influenciado por uma perspectiva mística, uma filosofia espiritual e um ideal político de liberdade inspirada no amor a criança e a natureza, criou um kindergarten (jardim-de-infância)”. No campo das relações humanas defendia que o indivíduo é uma unidade, quando considerado em si mesmo, mas mantém uma relação com o todo, quando se incorpora aos outros para atingir certos objetivos. Com este conceito, para a criança se conhecer, o primeiro passo seria conhecer as partes de seu próprio corpo e só depois chegar aos movimentos das partes do corpo como um todo (OLIVEIRA, 2007, p. 67).
Inspirado pelo amor as crianças e a natureza, sua idéia de atividade e liberdade reformularam a educação, embora seja conhecida apenas como fundador dos jardins da infância ou por sua metodologia de educação infantil.
Apesar de ter trabalhado com Pestalozzi, de forma independente e crítica, formalizou seus próprios princípios educacionais enfocando o período da infância, insistindo para que as necessidades infantis fossem plenamente desenvolvidas. Ao abrir o primeiro jardim de infância, as criança poderiam se expressar por meio de diferentes atividades envolvendo percepção sensorial, linguagem oral associada a natureza e à vida e dos brinquedos. Paralelamente dedicou-se a fundação de outros jardins, à formação de professores e elaboração de métodos e equipamentos pedagógicos.
Essas idéias e os diferentes matérias desenvolvidos tinham uma aplicação prática na primeira infância, mas considerava-se que elas se estendiam a todos os níveis educacionais pois, para ele o conhecimento se dá por meio do: Manuseio de objetos e a participação em atividades diversas de livre expressão por meio da música (...) possibilitariam que o mundo interno da criança se exteriorizasse, a fim de ela que pudesse, então, ver-se objetivamente e modificar-se, observando, descobrindo e encontrando soluções. Apud (OLIVEIRA, 2007 p. 68)
Ovide Decroly (1871 – 1932)
Médico belga, sua obra educacional destaca-se pelo valor que colocou as condições do desenvolvimento infantil, da atividade da criança e a função global do ensino. Ao trabalhar com crianças excepcionais, Decroly foi ao mesmo tempo educador, psicólogo e médico, criou metodologia com base no interesse e na auto-avaliação.
Sua teoria fundamentada em princípios psicológicos e sociológicos destaca-se a promoção do trabalho em equipe e individual do ensino, com o fim de preparar o indivíduo para a vida. Como pressuposto básico acreditava que a necessidade gera o interesse, veículo de direção ao conhecimento, e caso despertado, seria a base de toda atividade que incitaria a criança a observar, associar e expressar-se. Para ela a educação não se constituía em uma preparação para a vida adulta, porque a criança deve aproveitar a infância e a juventude para resolver as dificuldades compatíveis ao seu momento de vida.
Considerando seu interesse pelo intelectual, preocupava-se com o domínio de conteúdos, contudo defendia e tentava viabilizar formas de apresentá-los mediante interesse do aluno. Seu método destinado às crianças das classes primárias, tentava romper com o modelo disciplinar e as deficiências do sistema educativo vigente da época.
Maria
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