LIDERANÇA E VISAO SISTEMICA
Dissertações: LIDERANÇA E VISAO SISTEMICA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: samanthacacilha • 23/3/2015 • 1.542 Palavras (7 Páginas) • 669 Visualizações
2. LIDERANÇA
Conforme Hemphill e Coons (apud Bitencourt, 2010, p.201) “liderança é o comportamento de um indivíduo quando está dirigindo as atividades de um grupo em direção a um objetivo comum”. Corroborando com esta colocação, temos o entendimento de Bowditch e Buono (apud Bitencourt, 2010, p.201), assinalando que “a liderança pode ser considerada como um processo de influência, geralmente de uma pessoa, através do qual um indivíduo ou grupo é orientado para o estabelecimento e alcance das metas.” Segundo Chiavenato (1992) a liderança é um fenômeno social caracterizado pela influência interpessoal, onde uma pessoa influencia o comportamento das outras para atingir algum objetivo, de forma intencional, muito ligada ao conceito de poder e autoridade.
LÍDER E SUAS CARACTERÍSTICAS
Lacombe (2011, p.245) salienta que “o líder não é um gerente no sentido formal, mas alguém que é considerado o principal responsável pela realização dos objetivos do grupo”. O líder nem sempre está hierarquicamente colocado acima de sua equipe. Algumas pessoas naturalmente apresentam características que as diferem do padrão, inspirando confiança e respeito, e fazendo com que os demais busquem em sua atuação uma fonte de inspiração no ambiente de trabalho. Líderes são identificados em todos os níveis da organização, e sua influência tem fundamental importância no alcance dos objetivos organizacionais. É o líder quem conduz a equipe na realização das tarefas, cabendo a ele, frequentemente, tomadas de decisão importantes no processo. Chiavenato (1992, p.136) propõe que “o líder nem sempre é um dirigente ou gerente. Na realidade, os líderes devem estar presentes no nível de direção, no de gerência e em todos os demais níveis da organização.” De acordo com Lacombe (2011, p.250), “a influência que um líder exerce, alterando a maneira de pensar e agir, evocando imagens concretas e estabelecendo objetivos, determina a direção que o negócio deve seguir”. Todas as pessoas que tomam decisões são suscetíveis a cometer erros. É importante assumir a responsabilidade pelos seus próprios erros e pelos erros de seus seguidores, caso sejam consequência destes. Esse é um risco que o líder deve assumir, é considerado ônus da liderança. Entretanto, isso não diminui o respeito que seus seguidores nutrem por ele. Podemos identificar simpatia a essas colocações nas palavras de Lacombe (2011, p.251), ao comentar que “líderes são agentes de mudança, desafiam o estabelecido, e isso não se faz sem risco. Os líderes trabalham a partir de uma posição de alto risco”. A responsabilidade pela tomada de decisões, a influência exercida, a direção da equipe, o relacionamento interpessoal necessário transformam-no em uma espécie de cimento que une diferentes componentes da organização e solidifica a operação.
Essa colocação encontra fundamento no esclarecimento de Antonio Meneghetti, que dispõe que o líder apresenta-se como o remédio infalível para a organização, referindo-se ao fato de que o mesmo possui visão sistêmica e é capaz de concatenar fatos dispersos e “colocar em sintonia aquelas presenças distônicas que causavam a impossibilidade econômica” (MENEGHETTI, 2003, p.129). O caráter proativo e dinâmico, e também o constante uso de insights (ideias espontâneas que surgem no exato momento em que se toma conhecimento de certo fato) é característico de seu comportamento. Ele não é acomodado, muito pelo contrário: ao identificar a necessidade de ação, toma decisões e coloca em prática as ações necessárias. Meneghetti enfatiza essa característica do líder: O líder vê, e faz. Veni, vidi, vici. Eu vim, me encontrava aqui, vi e fiz. É indução, e dessa inevitavelmente se deduz. [...] Essa é uma capacidade que se tem, ou não se tem; quando se é assim (ou se tem alguém que é assim), tudo funciona, de outra forma, a própria empresa, o dinheiro, as iniciativas, os diplomas, os cursos, não valem de nada; encontramos-nos [sic] em um “tabuleiro de xadrez” a perder (MENEGHETTI, 2003, p.130). É necessário total conhecimento sobre a equipe liderada, a fim de conduzir e solucionar possíveis adversidades. Nesse estilo de liderança em que todos são tratados de forma justa e igual, cria-se uma sensação de segurança, o que é extremamente construtivo e promove o nivelamento da equipe. Esta é uma grande qualidade de um líder eficaz. Lacombe (2011, p.251) propõe que o líder deve ser capaz de “operar acima das brigas e conflitos”, “cooptar os não comprometidos”, e “’cozinhar” os conflitos: administrar conflitos é um dos maiores desafios de um líder. A visão sistêmica da organização deve ser acompanhada da visão sistêmica dos processos, ou seja: o líder deve ter a capacidade de avaliar as situações do ponto de vista da organização e também do colaborador. Entender os dois lados facilita a direção da equipe, subsidiando melhores estratégias em busca do atingimento dos objetivos organizacionais.
VISAO SISTEMICA
Não basta fazer planejamento financeiro, nem fazer planejamento estratégico. Também não adianta somente criar um ritmo organizacional eficaz ou fazer medições competentes. É preciso levar para toda a organização o que significa pessoas e processos que fazem parte dela até clientes e a sociedade propriamente dita padrões de altíssima qualidade que fazem parte de um modelo de excelência em gestão.
Isso só acontece quando as pessoas envolvidas nos processos têm uma visão sistêmica do negócio. Ou seja, quando conseguem literalmente ver a empresa como um todo, em todas as suas partes, interna e externamente, seja qual for seu tamanho ou setor.
Visão Sistêmica é isto: a forma de entender a organização como sendo um sistema integrado inclusive à sociedade. Justamente por ser um sistema integrado, o desempenho de um componente pode afetar não apenas a própria organização, mas todas as suas partes interessadas.
É importante enfatizar
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