Letramento E Alfabetização
Exames: Letramento E Alfabetização. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lucimar04 • 11/9/2014 • 1.746 Palavras (7 Páginas) • 261 Visualizações
Projeto: uma nova cultura de aprendizagem
Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida
A prática pedagógica por meio do desenvolvimento de projetos é uma forma de conceber educação que envolve o aluno, o professor, os recursos disponíveis, inclusive as novas tecnologias, e todas as interações que se estabelecem nesse ambiente, denominado de aprendizagem Fundamenta-se nas ideias piagetianas sobre desenvolvimento e aprendizagem, inter-relacionadas outros pensadores dentre os quais destacamos Dewey, Freire e Vygotsky. Trata-se de uma nova cultura do aprendizado que não se fará por reformas ou novos métodos e conteúdos definidos por especialistas que pretendam impor melhorias ao sistema educacional vigente. É uma mudança radical que deve tornar a escola capaz de:
atender às demandas da sociedade;
considerar as expectativas, potencialidades e necessidades dos alunos;
criar espaço para que professores e alunos tenham autonomia para desenvolver processo de aprendizagem de forma cooperativa, com trocas recíprocas, solidariedade e liberdade responsável;
desenvolver as capacidades de trabalhar em equipe, tomar decisões, comunicar se com desenvoltura, formular e resolver problemas relacionados com situações contextuais;
desenvolver a habilidade de aprender a aprender, de forma que cada um possa reconstruir o conhecimento, integrando conteúdos e habilidades segundo o seu universo de conceitos, estratégias, crenças e valores;
.incorporar as novas tecnologias não apenas para expandir o acesso à informação atualizada, mas principalmente para promover uma nova cultura do aprendizado por meio da criação de ambientes que privilegiem a construção do conhecimento.
O professor é o consultor, articulador, mediador, orientador, especialista e facilitador do processo em desenvolvimento pelo aluno.
O professor que trabalha com projetos de aprendizagem respeita os diferentes estilos e ritmos de trabalho dos alunos desde a etapa de planejamento, escolha do tema e respectiva problemática a ser investigada. Não é o professor quem planeja para os alunos executarem, ambos é parceiros e sujeitos de aprendizagem, cada um atuando segundo o seu papel e nível de desenvolvimento.
Pedagogia de projetos e integração de mídias
Texto de Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida e Maria Elisabette Brisola Brito Prado
Essa diversidade de projetos que circula frequentemente no âmbito do sistema de ensino, muitas vezes, deixa o professor preocupado para saber como situar a sua prática pedagógica em termos de propiciar aos alunos uma nova forma de aprender integrando as diferentes mídias nas atividades do espaço escolar.
Existem, em cada uma dessas instâncias do projeto, propostas e trabalhos interessantes; a questão é como conceber e tratar a articulação entre as instâncias do projeto, para que de fato seja reconstruída na escola uma nova forma de ensinar, integrando as diversas mídias e conteúdos curriculares numa perspectiva de aprendizagem construcionista. Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, de levantar dúvidas, de pesquisar e de criar relações, que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento.
E, portanto, o papel do professor deixa de ser aquele de ensinar por meio da transmissão de informações - que tem como centro do processo a atuação do professor-, para criar situações de aprendizagem cujo foco incide sobre as relações que se estabelecem neste processo, cabendo ao professor realizar as mediações necessárias para que o aluno encontre sentido naquilo que está aprendendo.
O fato de a pedagogia de projetos não ser um método para ser aplicado no contexto da escola dá ao professor uma liberdade de ação que habitualmente não acontece no seu cotidiano escolar.
Essa situação pode provocar um desconforto, pois seus referenciais norteadores do desenvolvimento da prática pedagógica não se encaixam nessa perspectiva de trabalho. Assim, surgem entre os professores vários tipos de questionamentos que representam uma forma interessante na busca de novos caminhos. Mas, se o trabalho por projetos for visto tanto pelo professor como pela direção da escola como uma camisa-de-força, isto pode paralisar as ações pedagógicas e o seu processo de reconstrução.
Se fizermos do projeto uma camisa-de-força para todas as atividades escolares, estaremos engessando prática pedagógica. (Almeida, 2001)
Ser criança não significa ter infância.
Para as crianças inventa-se a infância quando se decide deixá-las brincar, irem à escola e ”ser criança”.
As crianças precisam viver a sua infância.
Nossa sociedade tem uma visão adultocêntrica da criança, isto é, uma visão redutora da criança, a criança como um – vir a ser – um ser inacabado e incompleto que precisa amadurecer e evoluir. Que precisa se educar segundo nossos próprios modelos. Foi assim que fomos apagando a infância de nossas crianças e caindo nas armadilhas culturais de nosso tempo.
Hoje o que se vê são crianças sobrecarregadas de atividades, aulas de balé, inglês, natação, futebol, computação, sem tempo para brincarem. E nas famílias mais pobres, as crianças são vistas como uma força de trabalho a mais, abstendo-se de viver a infância de fato. Por conta disso, temos crianças hiperativas (déficit de atenção), agressivas, estressadas, tristes e apáticas, impactando diretamente no trabalho docente. A antecipação da idade para as crianças entrarem no Ensino fundamental, com a priorização da leitura e da escrita desde o maternal com crianças de 2 anos, demonstram também a cumplicidade da escola com o fim da infância.
Acreditamos que se lutarmos pelos direitos da criança, se defendermos a infância, teremos um mundo mais humano. A infância precisa ser respeitada. O sentimento de infância não significa o mesmo que o sentimento de afeição pela criança, mas sim, o sentimento da particularidade infantil, onde a criança é vista como um ser diferente do adulto e considerada capaz de se desenvolver.
Projeto: Bullying: Eu não pratico!
Público Alvo: Ensino Fundamental I, II.
Justificativa
Diante da realidade atual nas escolas, onde o respeito se apresenta
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