LETRAMENTO E ALFABETIZAÇAO
Exames: LETRAMENTO E ALFABETIZAÇAO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Merluza • 18/5/2013 • 1.013 Palavras (5 Páginas) • 1.511 Visualizações
SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. 26ª Reunião Anual da ANEP-GT Alfabetização, Leitura e Escrita.. Poços de Caldas- MG, 7de outubro de 2003
Magda Soares nasceu em Minas Gerais, é professora titular emérita(1998) da Faculdade de Educação da UFMG e pesquisadora do CEALE (Centro de alfabetização, Leitura e Escrita). Consultora: CNPq, CAPES, FAPEMIG, FAPESP, FACEPE, FAPEAL. É autora de vários livros, capítulos de livros e artigos sobre o ensino da língua escrita, é também autora de coleções didáticas para o ensino de Português, sendo a mais recente: "Português- uma proposta para o letramento (8 volumes para o ensino fundamental, Editora Moderna)".
Letramento ou alfabetização qual o melhor caminho?
No texto: “Letramento e alfabetização: as muitas facetas” , a autora Magda Soares quer demonstrar que a alfabetização e o letramento são processos indissociáveis, porém distintos. Destaca a importância dos métodos no ensino na alfabetização e dá ênfase à verdadeira ideia de letramento.
Para a autora é muito importante essa distinção e clareza da especificidade de cada um desses conceitos uma vez que afirma a ocorrência de uma falsa compreensão dos dois no sistema educacional brasileiro, e isso está criando altos índices de fracasso escolar no que diz respeito à aquisição da leitura e da escrita.
Para Soares esse fato deve-se, sobretudo à má interpretação da ideia de letramento, ou seja, o professor deixa de “alfabetizar para letrar”.
As escolas, com a chegada das discussões sobre o letramento, deixaram de trabalhar as questões relacionadas à alfabetização, contemplando apenas o trabalho com gêneros textuais. Os professores começaram a achar que o educando se alfabetizaria apenas pelo contato com os textos que circulam na sociedade, sem que para isso fosse mais preciso trabalhar de forma sistemática a escrita alfabética. Soares afirma que esses dois processos, mesmo sendo indissociáveis, perderam suas especificidades, gerando então o fracasso na aprendizagem de ambos. Devemos estar cientes de que a aquisição e domínio da linguagem escrita ocorrem quando as técnicas da escrita alfabética são dominadas, assim, o educando estará alfabetizado e poderá então ser inserido no mundo do letramento.
Em países de primeiro mundo encontramos altos índices de analfabetismo, países como os Estados Unidos, França, Inglaterra, onde a escolaridade básica é “obrigatória” e onde portanto quase toda a população conclui o ensino fundamental, que por sinal, a duração, é maior que em nosso país. No entanto, existe uma grande preocupação com os níveis de letramento, com a dificuldade que jovens e adultos têm ao fazer o uso adequado da leitura e da escrita: sabem ler e escrever , mas enfrentam dificuldades para elaborar um simples ofício ou preencher um formulário.
Porém, ao contrário do que ocorre no Brasil, os países de “1º Mundo” não enfrentam um caos educacional como no Brasil onde ainda é confusa a idéia de letramento. Vivemos em uma sociedade que há muito tempo prioriza o aprendizado dos códigos alfabéticos, no entanto temos conhecimento sobre o alto índice de “analfabetismo” que enfrentamos. Com isso, gerou-se uma grande preocupação em controlar essa questão, objetivando a erradicação desse grave problema social.
A falta de conhecimento sobre leitura e escrita intensificou a preocupação para que se gerasse questionamentos e discussões sobre os fatores que estavam gerando o problema do analfabetismo. Logo em seguida, perceberam que não bastaria apenas ler e escrever, mas usar esses conhecimentos adequadamente de maneira interpretativa.
A escola por meio de seus educadores tem a função de ampliar as possibilidades dos usos linguísticos da escrita dos alunos,
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