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Letramento E Alfabetização

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Por:   •  17/3/2015  •  773 Palavras (4 Páginas)  •  350 Visualizações

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Alfabetização: a (des) aprendizagem da funções da escrita

Na década de 60, Rodrigues ao apontar as “tarefas da linguísticas no Brasil“, incluía estudos e pesquisas sobre alfabetização, é bastante recente o interesse dos linguistas por esse tema. Esse interesse vem do fracasso da escola brasileira em alfabetizar.

São de natureza sociolinguística pois o fracasso escolar em alfabetização concentrado às camadas populares, esse fracasso se deve aos problemas da distancia, entre a escrita do dialeto padrão e os dialetos não padrão de que são falantes. Esses estudos têm sido estruturais, voltado para a descrição das gramáticas da língua escrita (entre as gramáticas da fala e da escrita), diferenças morfológicas, sintáticas e sobretudo as diferenças entre o sistema fonológico e o sistema ortográfico. São estudos sobre a aquisição da língua escrita.

Estudos e pesquisas sobre alfabetização numa perspectiva funcional, pode-se entender de duas maneiras depende da interpretação que se dê a expressão “função da língua escrita”.

Em primeiro lugar, à palavra tem função o sentido de uso, então a expressão “função da língua escrita”, designaria os usos da escrita em determinada estrutura social, isto é, a função social da escrita. Sob essa perspectiva, os estudos se voltam para as características do uso da escrita em determinada sociedade.

A outra maneira de entender uma perspectiva funcional é a que decorre de uma segunda interpretação que se pode dar à expressão “função da língua escrita”, entendendo a palavra função como finalidade, a expressão “funções da língua escrita” finalidade atribuída à enunciação, em situações de interação. Na expressão de Halliday, referencial, reguladora, imaginativa, pessoal, instrumental.

Para Labov e Bernstein as crianças de classes mais favorecidas atribuem funções diferentes à escrita do que as crianças das camadas populares. A escola privilegia a linguagem das classes mais favorecidas, uma linguagem universalista, impessoal, generalizada, artificial. A criança das classes menos favorecidas não aprendeu o jogo da escola, utiliza uma linguagem particularista, fala de si mesma. A escola ensina a reprodução do modelo escolar de texto, nega a subjetividade do autor e do leitor. Enquanto que a criança aprende a usar a escrita com as funções que a escola atribui a ela, e que a transformam em uma interlocução artificial, a criança desaprende a escrita.

Alfabetização: em busca de um método?

Trata da mudança do padrão de estudos, nos últimos anos sobre as concepções psicológica metodológicas a concepção associacionista e a concepção psicogenética da concepção associacionista volta-se para o método é fator essencial do processo de aprendizagem da língua escrita, influenciada pela vertente skinneriana, e a concepção psicogenética considera o aprendiz como centro do processo; a aprendizagem se dá por uma progressiva construção de estruturas cognitivas. Se é a criança que faz a aprendizagem, porque se questiona o método? Soares acredita que sem proposições metodológicas claras, corre-se o risco de ampliar o fracasso escolar, ou porque se rejeita os tradicionais métodos, ou porque não saberemos resolver o conflito

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