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Libras - Língua Brasileira De Sinais

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Por:   •  5/6/2014  •  1.728 Palavras (7 Páginas)  •  699 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

LIBRAS-Língua Brasileira de Sinais

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina de “Língua Brasileira se Sinais”, sob orientação do professor-tutor a distância Rejane Duarte.

JOINVILLE

2013

O presente relatório de Atividade Prática Supervisionada da disciplina de Língua Brasileira de Sinais tem inicio na reflexão a cerca da surdez em sua perspectiva social e cultural em seus diferentes aspectos.

Em um breve retrospecto histórico sobre a educação dos surdos percebe-se que já no Egito antigo os mesmos eram tratados como místicos em virtude de seu “silêncio”, na Grécia antiga os filósofos acreditavam que os pensamentos só poderiam ser expressos através de palavras faladas, desta forma acreditavam que os surdos e mudos eram burros e ignorantes e viam a educação dos surdos como impossível.

No decorrer da história da educação dos surdos surgiram duas concepções de surdez. Do pondo de vista da concepção clínico-patológica a surdez é encarada como uma deficiência e o surdo como deficiente, deve se tratar a doença com o uso de aparelhos de amplificação sonora. Já na visão socioantropológica os surdos são considerados membros de uma comunidade minoritária, com direito a língua e cultura diferentes e não anormais.

Entre os séculos XVI e XVIII as crianças surdas de famílias ricas eram educadas por tutores de maneira individual e planejada pela família, neste período as crianças deveriam aprender a leitura labial para se comunicarem. No final do século XVIII surge na França a primeira escola para surdos no mundo seu fundador foi o abade Charles-Michel de L’Epée, ele defendia o método visual, este método de ensino baseia-se no uso dos sinais, do alfabeto manual, dos gestos e da escrita na educação dos surdos. As escolas para surdos fundadas na Inglaterra por Samuel Heinicke levavam o método oral, que era contra a linguagem de sinais, e acreditava que somente com a fala articulada as pessoas teriam um papel na sociedade. O método oral foi dominando as escolas para surdos até que foi reconhecido no II Congresso Internacional de Educação do Surdo em 1880 em Milão na Itália, como método exclusivo.

A proibição da língua de sinais trouxe consequências como baixo rendimento escolar impossibilitando o progresso escolar para nível médio e superior. Na década de 1960 percebeu-se que crianças surdas filhas de pais surdos obtinham superioridade acadêmica em relação às filhas de pais ouvintes, desta pesquisa realizada por Stokoe sobre a Língua de Sinais Americana, adotou-se o modo de comunicação total.

Na década de 1980 os surdos iniciaram um movimento que exigia respeito a seus direitos de cidadãos e exigia o reconhecimento da Língua de Sinais para a educação de crianças surdas. A partir dai surge uma nova proposta de trabalho o bilinguismo, este método propõem que o ensino de duas línguas para os surdos, a primeira, a língua de sinais que preparará pra a segunda, a língua majoritária da comunidade ouvinte, de preferência na modalidade escrita.

A primeira escola para surdos do Brasil foi criada em 1857 no Rio de Janeiro. O professor foi E. Huet, que trouxe para o Brasil a língua de sinais francesa, esta mesclou-se com a língua de sinais utilizada pelos surdos brasileiros e formou-se a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Atualmente o Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES utiliza a proposta de educação bilíngue para os estudantes surdos, e é a única instituição federal que atende alunos surdos.

Como foi dito anteriormente o método do bilinguismo na educação dos surdos é o defendido na atualidade. Crianças filhas de pais surdos usuários da língua de sinais, geralmente a aprendem na mesma faixa etária que as crianças ouvintes. Quando essas crianças chegam à escola já possuem uma língua a partir da qual poderão aprender a língua majoritária. O mesmo não acontece com crianças surdas filhas de pais ouvintes que não usam a língua se sinais, essas crianças quando chegam à escola ainda não possuem uma língua constituída, dificultando o processo ensino-aprendizagem da língua majoritária.

Pelo fato da língua de sinais possibilitar o desenvolvimento de pessoas surdas em todos os seus aspectos, as comunidades surdas estão reivindicando o modelo bilíngue na educação de estudantes surdos (a primeira língua é a de sinais, a segunda língua na modalidade escrita). O contato com os adultos surdos se dará com professores e profissionais surdos usuário de libras e, ou por professores ouvintes fluentes em libras. Este contato com os adultos surdos é de extrema importância para a criança entender e se identificar com a cultura surda e desenvolver a língua através da interação e diálogo de suas vivencias, construindo sua identidade surda.

É importante se ter clareza que a LIBRAS não é língua portuguesa em gestos, mas sim outra língua com toda uma estrutura complexa e bem estabelecida, com seus aspectos linguísticos, fonológicos, morfológicos e gramaticais. É um meio de comunicação social com diversas características de comportamento. Deste modo podemos afirmar que em nosso país existem duas línguas, sendo estas, Língua Portuguesa e Língua Brasileira de Sinas – LIBRAS. A lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 esclarece o conceito de LIBRAS e sua obrigatoriedade de ensino nos cursos de fonoaudiologia e magistério, assim como a inclusão de estudantes surdos em escolas de âmbito federal, estadual e municipal.

Os surdos formam uma comunidade minoritária, para que a identidade surda aconteça é necessário o convívio com adultos surdos, porém, é preciso ressaltar que o grupo de surdos não é uniforme, assim como os ouvintes existem surdos de diversas classes sociais, homens, mulheres, urbanos, rurais, etc. A identidade surda está ligada a cultura surda, está como as demais compartilha valores e comportamentos. Para pertencer à comunidade surda é preciso ter domínio da língua de sinais, ter sentimento de identidade grupal, esses fatores levam a ver a surdez como diferença e não deficiência.

O conhecimento cultural dos surdos é tão vasto quanto o dos ouvistes, possuem seus valores, costumes, grupos e pontos de encontro, possuem diversas expressões artísticas como história

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