Lingua Brasileira De Sinais

SURDEZ EM SEU ASPECTO MÉDICO, CULTURAL, E SOCIAL, E SOBRE LIBRAS E A CULTURA SURDA EM SEUS ASPECTOS.

Comunidades Surdas no Brasil e no mundo estão modificando o modo de ver e pensar das pessoas com sua liberdade de expressão, esta comunidade afetou mundialmente a cultura e hábito definindo sua identidade que foi conquistada a partir de enfrentamento social, político e cultural quebrando barreiras e o sentimento de invalidez por causa da deficiência, adquirindo assim seu espaço. Mas antes de darmos continuidade vamos entender um pouco mais sobre a surdez.

No âmbito da medicina, surdez é a perda parcial ou total da percepção auditiva. Ela pode ser congênita, ou seja, a criança adquire durante a gestação devido ao uso de medicamentos indevidos tomados pela gestante, ou por doenças adquiridas por ela como, toxoplasmose, sífilis, rubéola, pressão alta e diabetes. A surdez causada por essas doenças é chamada de surdez de percepção ou neurossensorial, a doença atinge o nervo auditivo e dificilmente tem tratamento.

Existe também a perda auditiva por condução, que é o bloqueio do som, geralmente ocorre pelo rompimento do tímpano, esse tipo de surdez pode ser revertido com medicamentos ou intervenção cirúrgica.

Outro tipo de surdez é a chamada surdez central, que ocorre quando envelhecemos, é um processo natural do corpo.

No aspecto cultural, a surdez é mais que uma deficiência, é um modo de vida. O sentido da cultura é mais forte entre aquele que usam a linguagem gestual para se comunicar, sendo assim a cultural é um conjunto de valores, comportamentos, regras, linguagem, tradição, união e partilha de ideais em comum deixando a vista que a comunidade dos surdos não são somente eles, mas também a família, amigos, e professores que compartilham esses valores.

Hoje no Brasil existem cerca de 5,7 milhões de deficientes auditivos, que utilizam a língua Brasileira de Sinais como forma de comunicação. A língua de sinais surgiu para estabelecer boa comunicação entre surdos e ouvintes, ela pertence à modalidade gestual-visual. Existem algumas associações de surdos que usam a língua de sinais para capacitar os deficientes auditivos a se comunicar, aumentando assim o desempenho social, sua autoestima, quebrando preconceitos por serem chamados de incapacitados e excluídos da vida social.

Até o final do século XV, os surdos eram considerados pessoas impossíveis de educar. Em 26 de setembro de 1857 foi fundada no Rio de janeiro a primeira escola para surdos do Brasil, pelo professor francês Ernesto Huet, o Instituto de educação de Surdos (INES), ainda existe o Instituto que oferece aos surdos, educação precoce (dos zero aos três anos), ensino fundamental, médio e superior.

O ENSINO E VIDA INCLUSIVA.

Para nós a inclusão de pessoas com necessidades especiais, gera um aperfeiçoamento para nos darmos com cada necessidade. A cultura surda abrange as expressões faciais e corporais bastante utilizadas em Libras. As expressões assumem o papel de emissor de intensidade do que se fala.

No aspecto linguístico, inclui a língua dos sinais, ou sinais caseiros que são as mímicas, ou a escrita da língua dos sinais, que é a forma escrita. Esta forma também nos fundamenta na inclusão destes no ambiente educacional.

A Família também precisa estar junto ao educador participando, conhecendo, aprendendo, acompanhando o processo de aprendizagem exercendo uma relação afetiva e troca de saberes.

A literatura surda refere-se aos registros de histórias contadas por surdos

No contexto social, casamentos, esportes, concursos, são algumas das conquistas.

Prática pedagógica inclusiva

A criança surda deve estar inserida desde bebê em um contexto sociolinguístico que privilegie o canal visual-gestual como meio de comunicação, nesse contexto a língua de sinais é fundamental pra facilitar a comunicação.

A expressão corporal e facial também é um método que o surdo usa para se comunicar e expressar suas emoções. Para que o surdo possa ter um melhor entendimento é necessário que fale de frente para ele para que o mesmo possa entender, pois o surdo muitas vezes usa a leitura labial.

A didática é ensinar os números e o alfabeto usando recursos visuais que facilitam a compreensão e a aprendizagem como desenhos, esquemas, diagramas, trabalhar com ilustrações, filmes com legendas ou com intérpretes em Libras. Envolver o aluno surdo em atividades com aluno ouvinte para que haja uma interação. A utilização de fichários visuais, dicionários, histórias em quadrinhos, calendários, alfabetos datilológicos, quebra-cabeças, jogos da memória, caça-palavras entre outros.

Deste modo teremos uma aula diversificada onde a expressão visual falará o que os ouvidos ouviriam. Nessa troca de informações aplicaremos a didática dos sinais e trabalharemos a inserção dos alunos surdos com os ouvintes sem separação de valores. Libras também é essencial para esta interação em sala de aula e o meio educacional.

INCLUSÃO DAS CRIANÇAS SURDAS EM MEIO AOS OUVINTES

Para que possamos falar em educação inclusiva é essencial que a escola e o educador estejam preparados. Foi baseado nesse problema surgiu a proposta de inserir a educação bilíngue no ambiente escolar. É um projeto de escolarização que propõe aos educadores o domínio da língua portuguesa e da língua brasileira de sinais. Esse domínio é fundamental para possibilitar ao surdo o acesso ao conhecimento e possa trabalhá-los em ambas as línguas.

Porém a falta de professores habilitados, o preconceito, a dificuldade de aceitar a comunidade surda como comunidade linguística, traz grandes obstáculos e problemas para que esse projeto siga a diante, por isso iniciou-se um processo de discussão a cerca da qualidade de serviços educacionais especiais a fim de promover o bem estar de crianças surdas junto