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Linguagem natural

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Por:   •  3/11/2014  •  Tese  •  1.410 Palavras (6 Páginas)  •  463 Visualizações

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Língua natural

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Noam Chomsky, linguista e estudioso das línguas naturais. Segundo ele, deve haver uma gramática universal regendo as línguas em suas formas sistêmicas segundo princípios passíveis de serem explicitados.

Língua natural (língua humana ou somente língua) é qualquer linguagem desenvolvida naturalmente pelo ser humano, de forma não premeditada, como resultado da facilidade inata para a linguagem possuída pelo intelecto humano. Vários exemplos podem ser dados como as línguas faladas e as línguas de sinais. A linguagem natural é normalmente utilizado para a comunicação. As línguas naturais são diferentes das línguas construídas e das línguas formais, tais como a linguística computacional, a língua escrita, a linguagem animal1 e as linguagens usadas no estudo formal da lógica, especialmente da lógica matemática.

As línguas de sinais ou línguas gestuais são também línguas naturais, visto possuírem as mesmas propriedades características: gramática e sintaxe com dependências não locais, infinidade discreta, generatividade e criatividade. Línguas de sinais ou gestuais como a norte-americana, a francesa, a brasileira ou a portuguesa estão devidamente documentadas na literatura científica.

Índice [esconder]

1 Definição

2 Origens

3 A linguagem e o cérebro

4 O funcionamento das linguagens naturais

4.1 A fala

4.2 A língua de sinais

5 Ver também

6 Referências

7 Ligações externas

Definição[editar | editar código-fonte]

Línguas naturais são, grosso modo, o contrário de línguas artificiais ou construídas, como linguagens de programação de computador, assim como de sistemas de comunicação existentes na natureza, como a dança das abelhas. Embora exista uma grande variedade de línguas naturais, qualquer criança humana normal é capaz de aprender qualquer língua natural.2 O estudo das línguas nos permite identificar muito sobre seu funcionamento (sintaxe, semântica, fonética, fonologia, etc.), mas também sobre como a mente e o cérebro humanos processam a linguagem. Em termos linguísticos, a língua natural é uma expressão que apenas se aplica a uma linguagem que evoluiu naturalmente, como a fala nativa (primeira língua) de um indivíduo. A fala, assim como outros tipos de língua natural, é formada por unidades menores (palavras) que possuem significados, e essas unidades, por sua vez, são formadas por unidades ainda menores (como vogais e consoantes).

É comumente alegado que o francês, o inglês e o português falados são "línguas". No entanto, sabemos que o inglês americano não é exatamente igual ao inglês antilhano ou britânico e, ainda, que dentro dessas regiões (como nos limites da Inglaterra) existem variedades ainda numerosas de inglês, normalmente chamadas de "dialetos". Do ponto de vista estritamente científico, contudo, não existe um limite objetivo entre o que seriam línguas e o que seriam dialetos; como escreveu o cientista Hermann Paul, "com efeito, podemos distinguir tantas línguas quanto indivíduos". Portanto, quando falamos do inglês, do francês e do alemão estamos tratando de abstrações que não correspondem exatamente à realidade.3

Atualmente é aceito pela academia que línguas são sistemas. Todos os elementos de uma língua estão ligados entre si a partir de uma variedade de relações. Essa compreensão das línguas foi, inicialmente, instituída por Ferdinand de Saussure. Saussure falou das línguas como sistemas de signos onde, para cada signo linguístico, haveria um significante e uma referência (significado): seu equivalente na língua (a palavra menina) e um conceito que a língua pretende expressar (o conceito de menina).4 A teorização de Noam Chomsky, segundo a qual "língua é um conjunto de sentenças (finitas ou infinitas), cada uma finita em extensão e construídas a partir de um conjunto finito de elementos", é uma das mais aceitas hoje. Chomsky postulou a existência de uma Gramática Universal, comum a todas as línguas, que seria herdada geneticamente.5

Origens[editar | editar código-fonte]

Não existe consenso entre os antropólogos acerca de quando e como teria surgido a linguagem nos seres humanos (ou em seus ancestrais). As estimativas variam consideravelmente, sendo que alguns cientistas apontam para a existência de linguagem há 2 milhões de anos entre os Homo habilis, enquanto outros preferem localizá-la há quarenta mil anos apenas, no tempo do homem de Cro-magnon. No entanto, evidências recentes indicam que a linguagem humana foi inventada (ou evoluiu) na África antes da dispersão dos humanos pelo globo a partir dessa região há cerca de 50 mil anos. Além disso, é lógico supor que, como todos os grupos humanos conhecidos possuem línguas, a língua natural deve ter figurado entre os ancestrais de todos esses grupos.6

A linguagem e o cérebro[editar | editar código-fonte]

A área de Wernicke, em verde, e a área de Broca, em azul claro. Alguns cientistas argumentam que essas áreas possuem forte relação com a linguagem humana

Muito pouco se sabe, na realidade, sobre a relação entre a linguagem (como a percebemos) e o cérebro humano. Embora uma grande maioria de estudiosos da neurolinguística afirme que o crescimento do cérebro (sobretudo do córtex) está relacionado ao surgimento da linguagem, as informações que temos sobre o assunto ainda são muito limitadas.7 Sabemos, por exemplo, que o hemisfério esquerdo do cérebro “envolve” a compreensão e produção da fala. O estudo das lesões cerebrais em pacientes que perderam a fala (ou sofreram alterações visíveis na forma de articular a fala, ou de pronunciar sentenças) indica que duas áreas do cérebro, a área de Broca e a área de Wernicke, são responsáveis respectivamente

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