Logistica
Casos: Logistica. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: blastodark • 7/3/2015 • 924 Palavras (4 Páginas) • 240 Visualizações
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onde atuam cerca de 300 distribuidoras. “Queremos ter 20% de participação nos próximos cinco anos”, diz
Paulo Panarello Neto, 51 anos, fundador e presidente da empresa. No curto prazo, sua meta é faturar o
primeiro bilhão de dólares ainda em 2001. Nascido em São Caetano do Sul, no ABC paulista, Panarello
começou a dar duro desde cedo. Órfão de pai, teve de ajudar nas finanças da família desde os 8 anos,
vendendo nas feiras livres pirulitos produzidos pela mãe. Seu primeiro negócio foi uma oficina mecânica.
Comprava carros batidos, consertava e os vendia com bom lucro. Trocou a oficina por uma frota de 37 táxis
DKW-Vemag. Mais tarde abriu um restaurante e, em seguida, uma construtora para clientes de baixa renda.
“Fiz mais de 100 casas de padrão popular”, diz Panarello. Nada mau para quem ainda não chegara aos 25
anos e começou como ele. Mas Panarello tirou a sorte grande quando uma cunhada se casou com Emiliano
Sanches, fundador do laboratório EMS, atualmente o maior do País na produção de remédios genéricos. Em
1975, Sanches o nomeou representante do EMS em Goiânia. Panarello trocou, então, o ABC pelo Planalto
Central e abriu a distribuidora, cuja frota se resumia a apenas três picapes Ford usadas. Mas logo ele
ganharia concessões de outros laboratórios, iniciando a expansão dos negócios. Primeiro, Panarello atacou o
interior do Estado.
Nas cidades mais importantes, como Anápolis e Rio Verde, instalou escritórios regionais que funcionam como
centros avançados de distribuição – sem estoques, fazem apenas o transbordo das mercadorias das carretas
para os veículos de entrega. Consolidada a posição em Goiás, foi a vez de abrir depósitos em Minas Gerais e
no Rio de Janeiro. O processo foi repetido à exaustão: na metade dos anos 90, a Panarello fincara sua
bandeira em 21 Estados, cobrindo as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do País. O Norte, à
exceção do Tocantins, está fora dos seus planos. “Chegar aos confins do Amazonas é muito difícil e
antieconômico”, afirma Panarello. Mesmo assim, a empresa tornou-se a de maior penetração geográfica entre
as distribuidoras de medicamentos. Trata-se de uma vantagem competitiva e tanto. “Existem mais de 50.000
farmácias no Brasil, o que torna astronômico o custo da distribuição direta”, diz Jailton Batista,
superintendente do laboratório Teuto, de Goiás. “É isso que faz do Panarello um parceiro estratégico.” Com
uma equipe de 900 representantes, o forte da Panarello são os serviços prestados aos laboratórios, como o
de lançamento de novos medicamentos (as vendas, na verdade, são feitas por telemarketing e pelo comércio
eletrônico). “Nos lançamentos chamamos primeiro a Panarello”, diz Nelson Libbos, presidente do laboratório
paulista Farmasa. “É uma garantia de que não haverá falta do produto na prateleira.” Além da presença
nacional de sua força de vendas, a Panarello deve muito de seu crescimento a dois outros fatores. O primeiro
foi a inflação dos anos 80 – graças a uma política de estoques altos e prazos elevados para pagamento dos
fornecedores, a distribuidora ganhava com as aplicações no mercado financeiro. Outra forma de engordar os
lucros veio dos generosos benefícios fiscais concedidos pelo governo de Goiás. Na década seguinte, com
muito dinheiro em caixa, a distribuidora ganhou musculatura para negociar com os laboratórios em melhores
condições do que a concorrência. Outro ponto forte é a parceria com as farmácias. A Panarello banca os
financiamentos e concede prazos maiores de pagamento – são 35 dias contra os 25 praticados em média no
setor.
O Panarello já ostentava todas essas
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