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Logistica Empresarial

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Por:   •  20/11/2013  •  9.245 Palavras (37 Páginas)  •  331 Visualizações

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LOGÍSTICA EMPRESARIAL – Prof. Jorge Mendes – Turmas 01-A e 01-B

1. INTRODUÇAO À LOGÍSTICA

Nesses quase 60 anos decorridos desde a segunda guerra mundial, a logística apresentou uma evolução continuada, sendo hoje considerada um dos elementos-chaves na estratégia competitiva das empresas. No início era apenas confundida com o transporte e o armazenamento de produtos; hoje é o ponto nevrálgico da cadeia produtiva integrada, procurando atuar de acordo com o moderno conceito de SCM – Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos).

Na sua origem, o conceito de logística estava essencialmente ligado às operações militares, pois ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais procuravam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, víveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha. Tratando-se de um serviço de apoio, sem o perfil de estratégia bélica e o prestígio das grandes batalhas, os grupos logísticos trabalhavam quase sempre em silencio.

Podemos fazer um paralelo entre o que ocorreu com as indústrias durante um período muito grande, pois era preciso transportar seus produtos das fábricas para os depósitos ou para os pontos de vendas, transportar matéria-prima em quantidade suficiente para garantir os níveis de produção desejados e necessários, ou ainda, manter produtos acabados em estoque em função da descontinuidade entre o consumo e a demanda.

Historicamente, a maioria das indústrias surgiu no chão de fábrica, girando em torno dos processos de produção de poucos produtos, com o restante da organização gravitando em torno da manufatura, focalizando a predominância do processo de produção e delegando para as atividades de logística um plano secundário.

1.1 Cronologia do processo de comercialização, suas origens e suas práticas.

No começo as mercadorias eram diretamente trocadas nos postos de distribuição em uma época em quem as moedas não tinham credibilidade financeira. Era a fase do escambo, limitando a utilização do ouro como elemento de pagamento nas proximidades das jazidas.

Seguiu-se a fase de colonização, onde os aventureiros do meio-oeste norte-americano necessitavam de um sem número de mercadorias, predominando nesta época, os armazéns gerais (general stores), com as seguintes práticas:

- Comercialização feita basicamente a dinheiro;

- Oferta extensiva de mercadorias (sapatos, ferramentas, roupas, produtos não perecíveis, etc);

- O comerciante tentava adivinhar as necessidades e os gostos dos clientes e encomendavam as mercadorias, que permaneciam nas prateleiras até serem vendidas, não havendo retorno das mesmas ou qualquer processo de liquidação para otimizar estoques;

- Não havia variedade de produtos, traduzida em qualidade e tamanhos diferentes, marcas diversas, etc.

No final do século XVIII, devido à falta de variedade e estilos diferenciados nas roupas e sapatos, objetos de toucador e decoração das casas, dificilmente amparado pelos caixeiros viajantes que transitavam pelos armazéns gerais a procura de pedidos, este estilo de comercialização começou a se exaurir com o tempo, abrindo espaço para o sistema de vendas por catálogos e encomendas postais, que aproveitou o impulso do sistema postal norte-americano, que atendia razoavelmente bem as regiões no interior e criara um incentivo especial para as zonas rurais, com tarifas subsidiadas objetivando a fixação do homem no campo.

A aquisição por catálogos não satisfazia plenamente as necessidades de compra pessoal (a visualização dos produtos através de desenhos ou fotos, por melhor que fosse, não substituía o contato direto), problemático em função da grande variedade de componentes logísticos envolvidos e um elevado grau de confiabilidade exigido pelas transportadoras para administrar os problemas com extravios, produtos violados, quebrados ou faltando partes, sem falar no retorno das mercadorias devolvidas aos varejistas.

Em 1872 surgia a primeira empresa de comércio de produtos por catálogo, a Montgomery Ward, logo copiada por Richard Sears, que inovou o processo com a centralização de estoques em alguns pontos do território, o que possibilitou:

- Maior rapidez na distribuição dos produtos ao consumidor final;

- Maior variedade de tipos, marcas, cores e tamanhos;

- Eliminação de intermediários (caixeiros-viajantes, lojistas, atravessadores);

- Possibilidade de redução de preços e a conseqüente absorção de maior fatias do mercado.

Nesta época, em função do crescimento e do nível de sofisticação em demanda, surgiram em paralelo as lojas especializadas em linhas específicas de produtos (limited line stores), centradas inicialmente na comercialização de roupas, calçados, móveis, utensílios domésticos e outras especialidades, tornando-se sérias candidatas a se instalarem nas áreas centrais das cidades, com a introdução dos meios de transporte por bondes e ônibus, que criaram condições especiais, embora parciais, para maior concentração espacial dos negócios.

Em pleno século XIX, com o crescimento e a diversificação da demanda, surgiram nos Estados Unidos as drugstores, que incorporavam em uma farmácia tradicional, pontos de comercialização mista, oferecendo uma grande variedade de produtos de pequeno valor unitário, como filmes fotográficos, jornais, revistas e guloseimas, além é claro, dos produtos de beleza e de toucador, aproveitando os conhecimentos de química e o instrumental disponível aos farmacêuticos da época.

No final do século XIX e início do século XX, popularizaram-se nos Estados Unidos as lojas de departamentos (department stores), estabelecimentos varejista que na época localizaram-se apenas nos centros comerciais das cidades, que, em um único prédio congregavam setores diversos (departamentos), especializados em diversos produtos, como eletrodomésticos, móveis, roupas, calçados, brinquedos, etc.

No caso dos gêneros de primeira necessidade e produtos alimentícios, devido os hábitos domésticos tradicionais, o uso restrito das geladeiras (limitado somente às famílias ricas) e o baixo nível de acesso ao automóvel que restringia o deslocamento a pequenas distancias, as pequenas vendas,

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