Ludicidade: um resgate na história do brincar
Seminário: Ludicidade: um resgate na história do brincar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Joycefre • 22/9/2013 • Seminário • 4.108 Palavras (17 Páginas) • 630 Visualizações
Ludicidade: um resgate na história do brincar
Ludicidad: un rescate en la historia del jugar
*Doutoranda em Educação, UFSM. Prof. da Universidade de Cruz Alta
**Especialista em Psicopedagogia. Oficial do Exército Brasileiro
Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas, EASA
***Pedagoga formada na Universidade de Cruz Alta
(Brasil) Vaneza Cauduro Peranzoni*
vaneza.cauduro@terra.com.br
Lincoln Nogueira Andrade**
mormai66@hotmail.com
Adriane Zanetti***
adriane.zanetti@hotmail.com
Resumo
Através desta pesquisa pretendeu-se investigar a importância dos jogos e da ludicidade no processo ensino aprendizagem das crianças. O lúdico está presente no dia-a-dia da criança, contribuindo para o seu desenvolvimento integral, sendo uma atividade vital, que possibilita a ela conhecer a si mesma e formar conceitos sobre o mundo. Sendo o lúdico algo que toda criança gosta, acaba virando um recurso a mais para o educador transformar sua aula mais prazerosa, atraente e uma forma gostosa de aprender. Cabe à escola, procurar cada vez mais reformular e ampliar seus programas e seus objetivos de currículo incluindo essa forma das aulas serem dinamizadas. Dessa maneira esse estudo teve por finalidade analisar a importância da ludicidade fazer parte no dia-a-dia do currículo escolar.
Unitermos: Jogo. Brinquedo. Brincadeira.
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 167, Abril de 2012. http://www.efdeportes.com/
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Para entender e compreender a originalidade dos jogos tradicionais infantis é necessário uma pesquisa bibliográfica em cima das raízes folclóricas que são consideradas responsáveis pelo surgimento.
Com a mistura de três raças que teve a determinação da origem brasileira. A mistura do índio, do negro ao branco, que fez prevalecer como núcleo primitivo para a formação da nacionalidade brasileira. Quando os estrangeiros chegaram ao Brasil já existia o núcleo primitivo da população no qual eram índios.
Segundo Kishimoto (1998, p. 17-18):
Foi graças a esse cruzamento, estimulado pela ausência de preconceitos raciais, que no Brasil se misturaram as raças brancas, ameríndias e africanas na formação do povo brasileiro. Posteriormente, continuou o cruzamento com povos europeus e asiáticos, produzindo a grande heterogeneidade da composição populacional de hoje em dia.
Foi com a mistura de raças que surgiu o folclore, que com o passar dos anos foi ganhando novas cores, novos caminhos, novo estilo. Foi com os primeiros colonizadores que surgiu o folclore lusitano, junto também surgiram os contos, valores, lendas, superstições, festas, jogos e histórias. Devido à ampla miscigenação étnica a partir do primeiro grupo de colonizadores, ficou difícil saber a contribuição especifica de índios, brancos e negros nos jogos tradicionais infantis atuais do Brasil.
Segundo Kishimoto (1998, p.18):
Essa tradição milenar do folclore transmitido pela oralidade de personagens anônimos pode ser constatada na veiculação dos jogos tradicionais infantis como a pipa. Introduzida no Maranhão pelos portugueses no século XVI, a pipa parece ter procedência oriental.
Um dos primeiros brinquedos a ser inventado foi à pipa, mas foi usada primeiramente pelos adultos, para fins práticos e nos serviços militares, só depois de certo tempo que virou brinquedo de criança, depois surgiu o papagaio de papel que também serviu o homem para depois virar brinquedo de criança.
Os portugueses tiveram bastante influência no folclore com seus versos, adivinhas e parlendas, alguns são, o lobisomem, a Moura Encantada, as três cidras do amor, toda a coleção de histórias de bruxas, fadas, assombrações, príncipes, tesouro encantado, versos da mula-sem-cabeça e da cuca ou bicho papão.
Segundo Kishimoto (1998, p.22) registro de Amadeu Amaral:
Vai-te papão
Vai-te embora
De cima desse trabalho
Deixa dormir o menino
Um soninho descansado.
Lindolfo Gomes, (apud KISHIMOTO 1998, p.22) outro mestre, registra a versão mineira:
Vai-te cuca, sai daqui
Para cima do telhado,
Deixa dormir o menino
O seu sono sossegado.
Cantadas pelas avós e pelas amas de sinhozinhos, logo depois surge vários jogos como o de bolinha de gude, jogos de bater palmas, amarelinha, jogo de botão, pião e outros.
Segundo Kishimoto (1998, p.25):
A antiguidade de muitos jogos tradicionais infantis é destacada pela obra do rei de Castilhe Allphonse X que, em 1283, dirigiu o primeiro livro sobre os jogos na literatura européia. Nesta obra, segundo Grunfeld (1979, p.9), o Rei descreve diversos jogos presentes até os tempos atuais, como o pião, a amarelinha, o jogo de ossinho ou saquinhos, o xadrez, tiro ao alvo, jogo de fio ou cama de gato, jogos de trilha, o gamão, entre outros.
Jogos esses que existem até nos dias atuais levando em conta que receberam novas influências, juntando-se com outros elementos folclóricos.
Os povos Africanos também deixaram sua marca. A mãe – preta não deixava de transmitir às crianças as histórias de sua cultura, as lendas, os contos, os mitos. O brinquedo que mais marcou foi a espingarda feita de talo de bananeira. Naquela época os jogos infantis não despertavam interesse dos estudiosos eles sempre estavam interessados nos aspectos sociais, religiosos e superstições.
No entender de Cascudo (apud KISHIMOTO 1998, p.29), “a criança africana aceitava depressa o lúdico que o ambiente lhe permitia. Servia-se do material mais próximo e brincava”.
Eles utilizavam
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