Ludicidade: O Brincar Na Educação Infantil
Monografias: Ludicidade: O Brincar Na Educação Infantil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 18/11/2013 • 6.485 Palavras (26 Páginas) • 55.442 Visualizações
RESUMO
O projeto de ensino elaborado tem como tema a Ludicidade: o brincar na educação infantil, onde o brincar é a principal linha de pesquisa, pois a brincadeira faz parte da vida da criança, sendo parte importante da construção cognitiva da mesma e quando a escola começa a fazer parte da vida dela, essa parte tão importante para seu desenvolvimento tem que acompanha la e continuar a fazer parte da vida dela como instrumento essencial para construção do saber, mas muitas vezes não é usada de forma a trazer um aprendizado significante e só é permitido na hora do intervalo sem um objetivo específico para agregar conhecimento. O objetivo desse projeto é fazer do brincar base para o aprendizado, desenvolver o convívio social, respeitar a natureza da criança entre outras que favoreçam a educação. Os conteúdos abordados são linguagem oral e escrita, matemática, ensino da natureza e sociedade, música e artes. As atividades se desenvolverão no 2º bimestre, sendo uma vez por semana, com recursos recicláveis, jogos, brinquedos e material escolar e a avaliação consiste em um portfólio para comparação dos resultados com o bimestre anterior. O referencial teórico baseia-se na construção do conhecimento, físico, cognitivo e social através de conceitos lúdicos, incluindo jogos, brinquedos e brincadeiras na educação infantil, reforçada teoricamente por autores como: Piaget: trabalha com o jogo pela assimilação ou acomodação, Vygotsky que vê no jogo a possibilidade de sempre estar numa zona pela busca do novo, Kishimoto que todo material pode ter o seu valor lúdico.
Palavras-chave: Ludicidade. Escola. Jogos. Socialização. Criança.
SUMÁRIO
1. Introdução...................................................................................................4
2 Revisão Bibliográfica ..................................................................................6
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino................................17
3.1Tema e linha de pesquisa........................................................................17
3.2 Justificativa..............................................................................................17
3.3 Problematização......................................................................................17
3.4 Objetivos..................................................................................................18
3.5 Conteúdos...............................................................................................18
3.6 Processo de desenvolvimento.................................................................18
3.7 Tempo para a realização do projeto........................................................20
3.8 Recursos humanos e materiais...............................................................21
3.9 Avaliação.................................................................................................21
4 Considerações Finais.................................................................................22
5 Referências................................................................................................23
1 INTRODUÇÃO
O tema do projeto é sobre Ludicidade: o brincar na educação infantil, baseando se na pesquisa referente ao uso de jogos, brinquedos e brincadeiras na educação infantil, para chegar se a conclusão do quanto a escola precisa investir nesse tipo ensino, pois coloca as características naturais da criança como base para o aprendizado cognitivo, físico e social da mesma.
A criança é o foco principal do ensino da educação infantil, por isso é preciso usar de algo que a estimule, que ela já conheça para que ela venha a ter prazer na escola, porque a escola é um ambiente diferente e o professor pode torna lo familiar, através de jogos, brinquedos e brincadeiras, além de todo desenvolvimento que será proporcionado.
Muitas das atividades desenvolvidas dentro da sala de aula são didatizadas, mecânicas, bloqueando a imaginação e criatividade da criança e o lúdico só é proposto na hora do intervalo, hora em que o professor não se faz presente, então não há um aprendizado significativo para as propostas pedagógicas, então o projeto visa trazer a ludicidade para dentro da sala de aula como base de ensino.
Vou elencar três objetivos cognitivo, físico e social. Através de atividades lúdicas, como por exemplo brincar de roda, as crianças desenvolvem seu lado cognitivo ao memorizar cantigas, desenvolvem o físico, através da coordenação motora exigida para rodar enquanto estão de mãos dadas, mantendo um a sincronia e por fim a socialização, que só pelo fato de estarem de mãos dadas e se divertindo, já estão aprendendo a se relacionar socialmente.
Os conteúdos que terão que ser usados neste projeto, são os do eixo do ensino da educação infantil: Linguagem oral e escrita, Ensino da Matemática, Música e Artes e Ensino da Natureza e Sociedade.
O projeto será realizado no 2º bimestre, para poder comparar os resultados com o 1º bimestre. Será desenvolvimento todas as sextas feiras, durante todo período do turno correspondente, sendo utilizado para o ensino dos eixos, apenas atividades lúdicas, como jogos, brinquedos e brincadeiras.
Todo material escolar, além de revistas, jornais, cd, televisão, toca cd, reciclagens (garrafa pet, latinhas, tampinhas de garrafas, bandeja de ovos etc.) e tudo mais que puder ser usado de forma lúdica.
A avaliação consiste na observação e participação, posteriormente sendo tudo registrado em um portfólio para a comparação com o portfólio do bimestre anterior pra se chegar ao resultado final.
O referencial teórico fortalece a proposta ao defender a importância da ludicidade na Educação Infantil, mostrando que ela sendo base para o ensino de crianças em sua primeira fase, enaltece o conhecimento prévio da mesma, dando liberdade para sua auto expressão, criatividade e naturalidade. Na ludicidade, os jogos, brinquedos e brincadeiras exercem seu papel se construtores do conhecimento, desenvolvendo a criança no sentido cognitivo, físico e social e para fortalecer ainda mais, autores como Vygotsky que conceitua o jogo como algo em que a criança sempre esta em busca do novo, pois assim que alcança o objetivo, volta a uma incessante busca pelo novo, já para Piaget a criança pode estar num estado de assimilação, quando ela transforma objetos em algo imaginário ou acomodação, quando ela se modifica, dependendo de sua ação diante do jogo, ela adquira conhecimento e Kishimoto defende que todo material que puder ser usado de forma lúdica, agrega conhecimento como um jogo.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para dar base teórica ao projeto, primeiramente vamos saber o significado da palavra “lúdico”, a sua origem vem da palavra “ludus” que quer dizer jogo, mas essa palavra evolui levando em conta as pesquisas sobre psicomotricidade, de modo que deixou de apenas ter o sentido de jogo. O lúdico faz parte da atividade humana, tendo suas características na espontaneidade, funcionalidade e sendo satisfatório, não importando só o resultado, mas a ação e o momento vivenciado.
Esse projeto visa incorporar ao ambiente escolar atividades lúdicas como base para o desenvolvimento cognitivo, assim:
É fundamental que se assegure à criança o tempo e os espaços para que o caráter lúdico do lazer seja vivenciado com intensidade capaz de formar base sólida para a criatividade e a participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver, e viver, como diz a canção... como se fora brincadeira de roda...(MARCELINO, NELSON C., 1996.P.38)
Como vemos o lúdico é algo prazeroso e intenso, essencial para a base de aprendizado.
A ação de brincar segundo Almeida(1994), “é algo natural da criança e por não ser uma atividade sistematizada e estruturada, acaba sendo a própria expressão de vida da criança”
E RIZZI e HAYDT (1987), convergem para a mesma perspectiva quando afirmam “O brincar corresponde a um impulso da criança, e este sentido, satisfaz um necessidade interior, pois, o ser humano apresenta uma tendência lúdica”.
Podemos ver novamente como o brincar é natural na vida da criança, podendo ser explorado no ambiente escolar, trazendo satisfação nessa nova etapa da vida da criança.
Para ALMEIDA (1997), “O marco da questão da ludicidade é a Grécia, onde Platão já afirmava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos, praticados pelos dois sexos, em jardins de crianças”.
Podemos ver que desde muito tempo o ato de aprender brincando era usado, reforçando ainda mais a importância das atividades lúdicas.
Dessa forma, segundo WARSCHAU ER (1993), “viver o lúdico na sala de aula significa abrir espaço para o prazer, considerando a educação com a vida presente, sendo esta a melhor forma para se preparar para o futuro.”.
A atividade lúdica livre, separada, incerta, improdutiva, governada por regras e caracterizada pelo “faz de conta”. É uma atividade bastante consciente, mas fora da vida rotineira, não séria e que absorve a pessoa intensamente. Ela se processa dentro de seus próprios limites de tempo e espaço de acordo com regras fixas e de um modo ordenado. (BARBANTI, 2003 p. 75)
O brincar dá a criança diversas capacidades fundamentais para o seu desenvolvimento, pois ao brincar ela interage com seu próximo, criando situações de aprendizagem, informações e trocando experiências.
O jogo infantil é caracterizado normalmente pelos sinais de prazer ou da alegria da criança participante, pois ao brincar ela sorri e se diverte, processo esse que traz diversos efeitos positivos para o desenvolvimento corporal, moral e social da criança. (KISHIMOTO, 2002).
A ludicidade trabalha na vida da criança em vários aspectos, não só na questão das matérias do eixo educacional, mas interfere e de forma positiva no seu caráter, como um cidadão educado na sua forma de agir com as pessoas, que respeita o seu próximo, mas é intencionalidade do praticante que determina o caráter lúdico que acredita-se estar presente em todos os jogos e brincadeiras.
Segundo Santos (1999), “é possível perceber que o brincar está em todas as dimensões da existência humana e, principalmente, na vida das crianças.”.
Quando a criança chega à escola, ela traz consigo uma gama enorme de conhecimento oriundo de atividades lúdicas que ela já exercia em seu ambiente familiar e muitas vezes esses conhecimentos prévios não são tratados com a devida atenção e importância que merecem, sendo postos de lado, separando a realidade vivida por ela de seus novos conhecimentos.
Os jogos e brincadeiras são ferramentas de extrema importância para a contribuição do desenvolvimento pleno da criança, mas podemos notar que muitas vezes no decorrer dos anos escolares as atividades que envolvem a ludicidade tem se tornado escassa, sendo supervalorizadas as chamadas”habilidades acadêmicas”, deixando de lado o brincar e crianças em pleno desenvolvimento tem sido “engessadas”, se assim podemos nos expressar. A uma descrição de uma vivência desse modelo de aprendizagem na Educação infantil:
Um caso exemplar pode ilustrar a obsessão da educação infantil com as habilidades acadêmicas: em uma visita a creche (...) pudemos presenciar uma cena representativa da concepção de creche como escola. (...) no berçário, além das pessoas que cuidavam das necessidades corriqueiras das crianças, havia uma professora com a função específica de estimulação, chamada, apropriadamente, “a estimuladora”. Quando entramos na sala, vimos duas crianças (de um ano e um mês e um ano e três meses) sentadas a uma pequena mesa, segurando pincel atômico e riscando um papel. Uma das crianças parou o “trabalho” e olhou para nós. A estimuladora se abaixou, pegou a mão da criança e girou-a parariscar o papel. (LORDELO E CARVALHO, 2003 p.16).
Por muitas vezes tanto as instituições, quanto as famílias criam expectativas de ver a criança nos anos iniciais do ensino fundamental já lendo e escrevendo, acarretando um prejuízo a essa etapa da vida escolar, onde o brincar é importante para o desenvolvimento infantil. No caso acima acredita-se que a ludicidade não se faz presente, assim a criança dificilmente sentirá prazer ao aprender dessa forma.
Ainda podemos chamar a atenção pra o ensino das letras e números usando essas práticas pedagógicas em que brincadeiras aparecem para tal aprendizado, mas que na prática acaba se restringindo ao recreio e atividades ao ar livre.
Compreende-se ainda que:
É preciso respeitar as características do desenvolvimento infantil. O letramento e a aquisição da linguagem requerem a construção de representações mentais, de significações para os códigos escritos. Não é pelo ensino mecânico de símbolos escritos que se chega a linguagem. É preciso que a atividade simbólica, responsável pelas representações construídas nas brincadeiras e atividades, seja experimentada para que a criança possa construir sua linguagem. (KISHIMOTO, 2001 p.9).
Assim pode-se entender que o universo lúdico tem muito a oferecer e faz se necessário que as instituições de ensino valorizem o brincar como uma atividade curricular rica, que possa ser explorada para propiciar a criança diversos aspectos para um desenvolvimento social completo. Não negligenciar essafase e si respeitar, pois é na ludicidade que a criança aprende de forma prazerosa, incentivando seu interesse pela vida escolar.
A finalidade de uma escola lúdica é desenvolver na criança habilidades físicas e intelectuais, tornando-os conscientes, criativos, críticos, promovendo a interação social, despertando assim, acima de tudo um gosto pela escola, pela busca do conhecimento, criando uma ligação forte entre o aluno e a escola.
De acordo com o RCNI (2001), “A ludicidade está diretamente ligada com o educar, cuidar e o brincar. No universo infantil por meio da ludicidade a criança consegue se desenvolver com mais facilidade.”.
Ainda de acordo com o RCNI (2001), “é no brincar que a criança conhece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações.”.
O brincar é como uma necessidade básica da criança, assim como a nutrição, a saúde, a habitação e a educação.
O lúdico é uma maneira que o indivíduo tem de expressar-se e integrar-se ao ambiente que o cerca. Por meio das atividades lúdicas ele assimila valores, adquire conhecimento em diversas áreas do conhecimento, desenvolve o comportamento e aprimora as habilidades motoras. Também aprende a assumir responsabilidades e se torna sociável e mais crítico. Por meio do lúdico o raciocínio é estimulado de forma prazerosa e a motivação em aprender é resgatada. (SANTOS, 1999).
Além de o lúdico contribuir para o aprendizado e construção social da criança, ele pode resgatar no homem a motivação para aprender, então em todas as fases da vida o lúdico pode ser instigado para estimular, desenvolver e ajudar o indivíduo a integrar-se ao meio.
A finalidade da educação infantil consta no artigo 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96):
A educação infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (BRASIL, 1996)
E as diretrizes atuais para a educação infantil enfatiza no artigo 4º da Resolução nº 5/2009 que “as propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas de vivencia”. Desse modo, é preciso compreender que a criança “constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura” (BRASIL, 2009).
Esse texto de BRASIL reforça essa proposta de ensino porque põe a criança como o centro do planejamento curricular e não tem como pensar na criança, sem pensar no brincar, no lúdico.
O brincar é agradável por si mesmo, aqui e agora. Na perspectiva da criança, brinca-se pelo prazer de brincar, e não porque suas consequências sejam eventualmente positivas ou preparatórias de alguma outra coisa. No brincar, objetivos, meios e resultados tornam-se indissociáveis e enredam a criança em uma atividade gostosa por si mesma, pelo que proporcionou no momento de sua realização. Este é o caráter autotélico do brincar. Do ponto de vista do desenvolvimento, essa característica é fundamental, pois possibilita à criança aprender consigo mesma e com os objetos ou pessoas envolvidas nas brincadeiras, nos limites de suas possibilidades e de seu repertório. Esses elementos, ao serem mobilizados nas brincadeiras, organizam-se de muitos modos, criam conflitos e projeções, concebem diálogos, praticam argumentações, resolvem ou possibilitam o enfrentamento de problemas (MACEDO, 2005 p. 14).
Em outras palavras jogos e brincadeiras, não só ensinam, como geram zonas de desenvolvimento proximal porque instiga a criança, cada vez mais a experimentar novas habilidades, controlar seu comportamento, buscando coisas que ainda não aprenderam, operando mentalmente, impulsionando novas funções no pensamento.
...ainda que se possa comparar a relação brinquedo-desenvolvimento à relação instrução-desenvolvimento, o brinquedo proporciona um campo muito mais amplo para as mudanças quanto a necessidade e consciência. A ação na esfera imaginativa, numa situação imaginária, a criação de propósitos voluntários e a formação de planos de vida reais e impulsos volitivos aparecem ao longo do brinquedo, fazendo do mesmo o ponto mais elevado do desenvolvimento pré-escolar. A criança avança essencialmente através da atividade lúdica. Somente neste sentido pode se considerar o brinquedo como uma atividade condutora que determina a evolução da criança (VYGOTSKY, 1991 p. 156).
Se ignorarmos as necessidades da criança e os incentivos que são eficazes para colocá-la em ação, nunca seremos capazes de entender seu avanço de um estágio do desenvolvimento para outro, porque todo avanço está conectado com uma mudança acentuada nas motivações, tendências e incentivos... se não entendermos o caráter especial dessas necessidades, não poderemos entender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade. (VYGOTSKY, 1994 P. 105, 106).
Se observarmos uma criança em seu primeiro ano de vida, chegaremos a conclusão de que é nesse primeiro ano, é o período em que ela mais se desenvolve, sendo um período de estímulos lúdicos, onde o que ela tem de mais natural floresce e ela adquire os melhores resultados no que se diz respeito a desenvolvimento e aprendizagem, por esse motivo não podemos ignorar essa necessidade da criança.
Segundo Cunha (1994), “o adulto trabalhador de amanhã é, hoje, a criança que brinca muito. A criança que hoje participa de jogos e brincadeiras saberá trabalhar em grupo.”.
Há melhor aprendizado que este, saber viver em sociedade, pois precisamos lidar com pessoas o tempo todo e viver bem.
Ainda continuando segundo Cunha (1994), “se hoje aprende a aceitar as regras do jogo, amanhã será capaz de respeitar as normas sociais.”.
Os jogos precisam de regras para funcionar, assim como a vida em sociedade precisa de regras também para funcionar, as regras traz ordem para o mundo e possibilita a convivência com outras pessoas, desde modo através do jogo as crianças já vão ganhando essa percepção e desde cedo começam a praticar atitudes de um cidadão educado.
Para Kishimoto (2007), “brincando as crianças aprendem a cooperar com os companheiros, obedecer às regras do jogo, respeitar os direitos dos outros, acatar a autoridade, assumir responsabilidades...”.
Torna a criança um cidadão íntegro, que respeita o seu próximo, consciente de suas responsabilidades, se indo muito além do que uma simples aula mecânica pode oferecer.
Ainda para Kishimoto (2007), “aceitar penalidades que lhe são impostas, dar oportunidades aos amigos e com tudo isso a criança aprende a viver em sociedade.”.
Aprender a viver em sociedade é o que o ser humano precisa aprender, pois ele não está só, ele vive no meio de uma comunidade e precisa contribuir de forma a viver em paz com a mesma.
Para Rousseau (1968), “as crianças tem maneira de ver, sentir e pensar que lhes são próprias e só aprende através da conquista ativa, ou seja, quando elas participam de um processo que corresponde à sua alegria natural.”.
Froebel (1826) diz, “que a educação mais eficiente é aquela que proporciona atividade, autoexpressão e participação social às crianças.”.
A escola precisa despertar, estimular e considerar a criança como criadora e produtiva e o educador deve fazer do lúdico uma arte, instrumento para promoção da educação, fazendo com que a criança use de sua autoexpressão.
Ainda os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) ressaltam “que para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta.”.
Esse é o papel da escola, oferecer riqueza nos conteúdos, diversidades nas propostas, pois a educação é um bem precioso para a consolidação de uma nação, para um melhor futuro para um país e quem forma esse país? A população, pessoas que parte da vida passam dentro de instituições de ensino, onde parte do seu caráter é construído.
Segundo Freire (2002), “[...] não significando com isso uma hipertrofia da consciência do eu, mas simplesmente uma incapacidade momentânea da criança de descentrar-se; isto é, de colocar-se em outro ponto de vista que não o próprio”.
O jogo cumpre um papel fundamental no desenvolvimento do psiquismo por contribuir com a superação do egocentrismo cognitivo, propiciando a capacidade de descentralizar o pensamento para reconhecer outros pontos de vista e coordená-los num sistema de operações composto de ações inter-relacionadas. O jogo se apresenta como uma atividade em que se opera o “descentramento” cognoscitivo e emocional da criança. Vemos aí a enorme importância que o jogo tem para o desenvolvimento intelectual. E não se trata apenas de que no jogo se formam ou se desenvolvem operações intelectuais soltas, mas de que muda radicalmente a posição da criança em face do mundo circundante e forma-se o mecanismo próprio da possível mudança de posições e coordenação do critério de um com outros critérios possíveis. (ELKONIN, 1998, p.413).
A criança passa por um período em que se vê como o centro das atenções e como as atividades que envolvem o brincar necessitam da interação com outro a criança começa a perceber que há outros além dela, causando a descentralização da criança, que há outras vontades, outros pensamentos, levando a consciência que não existe só as suas vontades e que o outro que está ao seu lado também tem suas necessidades, que precisam ser respeitadas para que consigam viver, brincar juntos, descentralizando o seu “eu” e colocando em cena o “nós”, o começo para aprender viver em sociedade.
Para Vygotsky e Lúria (1996) “gradativamente, o ser humano aprende a usar racionalmente suas capacidades naturais... O ambiente se torna interiorizado; o comportamento torna-se social e cultural não só em seu conteúdo, mas também em seus mecanismos, em seus meios.”.
O brincar é fundamental para o nosso desenvolvimento. É a principal atividade das crianças quando não estão dedicadas as suas necessidades de sobrevivência (repouso, alimentação, etc.). Todas as crianças brincam se não estão cansadas, doentes ou impedidas. Brinca é envolvente, interessante e informativo. Envolvente porque coloca a criança em um contexto de interação em que suas atividades físicas e fantasiosas, bem como os objetos que servem de projeção ou suporte delas, fazem parte de um mesmo contínuo topológico. Interessante porque canaliza, orienta, organiza as energias da criança, dando-lhes forma de atividade ou ocupação. Informativo porque, nesse contexto, ela pode aprender sobre as características dos objetos, os conteúdos pensados ou imaginados. (MACEDO, PETTY e PASSOS, 2005, P.13,14).
O brincar faz parte da vida da criança e por isso deve fazer parte das atividades do dia a dia, na escola, porque torna o aprendizado mais envolvente e interessante na medida de suas necessidades.
Ainda no entendimento de Lopes (2002), “a criança aprende brincando, é o exercício que a faz desenvolver suas potencialidades”.
O exercício do brincar desenvolve o potencial da criança o que o torna mais valoroso, porque o potencial é o que a criança tem de mais especial.
E ainda segundo VYGOTSKY (1994), “afirma que o prazer não pode ser considerado a característica definidora do brinquedo, como muitos pensam. O brinquedo na verdade, preenche necessidades, entendendo-se estas necessidades como motivos que impelem a criança à ação”.
Segundo PIAGET (1967), “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”.
O jogo é um caso típico das condutas negligenciadas pela escola tradicional, dado o fato de parecerem destituídas de significado funcional. Para a pedagogia correta, é apenas um descanso ou o desgaste de um excedente de energia. Mas esta visão simplista não explica nem a importância que as crianças atribuem aos jogos e muito menos a forma constante de que se revestem os jogos infantis, simbolismo ou ficção (PIAGET, 1972, p.156).
A escola tradicional ainda negligencia o ensino através do lúdico, pensando servir somente para a diversão, sem fornecer conhecimento apropriado para o crescimento intelectual ad criança, mas através de estudos podemos chegar a conclusão que é o contrário, pois os jogos e brincadeiras são ferramentas importantes na construção do saber.
O jogo como o desenvolvimento infantil, evolui de um simples jogo de exercício, passando pelo jogo simbólico e o de construção, até chegar ao jogo social. No primeiro deles, a atividade lúdica refere-se ao movimento corporal sem verbalização; o segundo é o faz de conta, a fantasia; o jogo de construção é uma espécie de transição para o social. Por fim o jogo social é aquele marcado pela atividade coletiva de intensificar trocas e a consideração pelas regras (FREIRE, 2002, p.69).
O jogo se desenvolve como uma criança, por isso que é tão importante para seu desenvolvimento, pois tem singularidades com a mesma, sendo de fácil compreensão as atividades propostas através do mesmo.
De acordo com Freire (2002), “O jogo contém um elemento de motivação que poucas atividades teriam para a primeira infância: o prazer da atividade lúdica”.
O brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo, o brinquedo educativo conquistou espaço na educação infantil. Quando a criança está desenvolvendo uma habilidade na separação de cores comuns no quebra cabeça à função educativa e os lúdicos estão presentes, a criança com sua criatividade consegue montar um castelo até mesmo com o quebra cabeça, através disto utiliza o lúdico com a ajuda do professor. (KISHIMOTO, 2001, p.36,37).
Diferente do jogo, o brinquedo dá mais liberdade para a criança, ao contrário do jogo onde tem se regras para aprender e obedecer, com o brinquedo a brincadeira é livre, dando “asas à imaginação”, liberdade para a criatividade e com o auxílio do professor essa criatividade pode ser usada para adquirir conhecimentos específicos dentro do processo escolar.
A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável à prática educativa. E, pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das crianças que em todo lugar onde se consegue transformar em jogo a iniciação da leitura, ao calculo ou à ortografia, observa-se que as crianças se apaixonam por essas ocupações, geralmente tidas como maçante (AGUIAR, 1998, p.37).
Mais do que libertadora, o ensino através do lúdico atrai as crianças, despertando um sentimento de prazer, apaixonando-as pelo saber, porque essa forma de aprender lhes faz bem, lhes instigam a querer mais, a buscar mais, a aprender mais e mais.
Se analisarmos a relação de não seriedade (e descompromisso) do jogo, isso não significa que o jogo não é sério, pelo contrário, muitas formas de jogo são extremamente sérias: a seriedade procura excluir o jogo, ao passo que o jogo pode muito bem incluir a seriedade. (GALLARDO, 1998, p.112).
O aprendizado adquirido através do jogo é sério, pois é algo que vai influenciar o caráter do futuro cidadão.
Para Antunes (2002), “Jamais pense em usar os jogos pedagógicos sem um rigoroso e cuidadoso planejamento, marcando por etapas muito nítidas e que efetivamente acompanhem o progresso dos alunos”.
E ainda segundo Antunes (2002), “Os jogos ou brinquedos pedagógicos são desenvolvidos com a intenção explícita de provocar uma aprendizagem significativa, estimular a construção de um novo conhecimento”.
As atividades com o lúdico precisam ter uma finalidade, que ensinar brincando, por isso precisam ser elaboradas com seriedade para contribuir com o desenvolvimento do aluno de forma positiva, abrangendo todas as áreas de ensino.
Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, à função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Neste sentido, qualquer jogo empregado na escola, desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo educativo (KISHIMOTO, 2001, p.83).
Dessa forma o brinquedo se apresentar uma função educativa, pode ser tratado como material educativo, assim da para se ter um “leque” maior de opções de jogos nas escolas.
Conforme Santos (1997), “a formação lúdica possibilita ao educador: conhecer-se como pessoa, saber suas possibilidades e limitações, ter visão sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, jovem e do adulto”.
Aos profissionais de diferentes áreas, comprometidos com o processo de formação e educação social, cabe-lhes a responsabilidade de forjar um saber especial, um 10 saber que estimule e motive os sujeitos sociais a alegria de estar no mundo. Ao absolver o sonho, a fantasia, a alegria, como elementos de complementaridade e harmonização dos saberes na vida, melhora-se, também, a qualidade de vida, na medida em que amplia-se o horizonte de possibilidades das relações sociais, interações e formas de comunicação, permitindo sentimentos de segurança que levam, afloram manifestações de curiosidade, ludicidade, responsabilidade e felicidade. (FRANÇA, 2000 P.8).
O professor não pode se conformar com uma realidade que muitas vezes não está funcionando, mas precisa assumir seu papel como cidadão, capaz de intervir e melhorar essa realidade, pois ao concluir que o jogo pode exercer influência positiva na construção do futuro cidadão, é seu dever trabalhar em favor da educação. Infelizmente, a falta de interesse ou devido à má formação de alguns profissionais, essas atividades são postas de lado, sendo usada com um simples passatempo, quando não estão devidamente preparados para a aula ou na hora dos intervalos.
Conforme Fortuna (2001), “brincar e aprender ensinam ao professor, por meio de sua ação, observação e reflexão, incessantemente renovadas, como e o que o aluno conhece”.
Até o professor desenvolve sua cognição, pois ao observar que a criança esta aprendendo e vendo seus objetivos sendo alcançado, ele automaticamente torna se parte integrante desse sistema.
É fundamental enfatizarmos a importância do professor literalmente “trazer a rua e a vida” para a sala de aula, fazendo com que seus alunos percebam os fundamentos da matéria que ensina na aplicação da realidade. Usar uma construção em argila, móbiles ou montagens para estudar o movimento ou perceber o deslocamento do ar, tudo é uma série de atividade, se refletidas e depois idealizadas por uma equipe docente verdadeiramente empenhada, transposta para uma estruturação de projetos pedagógicos, põem facilmente se traduzir em inúmeros recursos que associam a inteligência sinestésica corporal e outras ao fantástico mundo da ciência, o delicioso êxtase pelo mundo do saber. (ANTUNES, 2002, p.155-156).
Mas para que o lúdico traga esse benefício, faz se necessário que o professor da educação infantil trabalhe de forma interdisciplinar, apresentando um ensino com aplicação na realidade.
Paulo Freire (1996), diz “que o professor precisa pensar certo para só então ensinar a pensar certo, deforma cônscia e autônoma, com certeza de seus sentimentos e valorizando o cognitivo de cada aprendiz”.
O lúdico envolve o brincar, o brinquedo e o jogo. Levando para a sala de aula qualquer um deles, de forma séria, com responsabilidade, para se alcançar metas necessárias ao desenvolvimento cognitivo, físico e social da criança, o professor cumpre o seu papel ao elencar a criança como centro do planejamento educacional.
O brincar faz parte da vida da criança, é parte de como ela se desenvolve nos primeiros anos de vida, formando a base para agregar os mais diversos aprendizados que a vida apresenta ao longo de sua vida, construindo um cidadão crítico, capaz de entender o melhor para si e para a sociedade.
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA
Ludicidade: Jogos e brincadeiras na educação infantil é o tema abordado, pois o lúdico é algo natural e espontâneo no ser humano e por isso serve de base pra a construção do saber da criança, dentro dos eixos e conteúdos da educação infantil e automaticamente acrescentando experiência para meu papel como futuro professor.
3.2 JUSTIFICATIVA
Como o lúdico é algo natural na vida do ser humano, deve ser usado como base para o aprendizado, trazendo o aluno a oportunidade de se expressar através de sua criatividade, espontaneidade e porque a criança desde cedo precisa tornar se capaz de entender como funcionam regras, que é um passo para a liberdade e convivência social.
3.3 PROBLEMATIZAÇÃO
Qual a importância do brincar para a criança? Como pode agregar algo no aprendizado da criança? Há como trabalhar os conteúdos através de brincadeiras? Essas questões levantadas nos levam a parar para pensar se o brincar tem tido seu papel dentro da educação infantil, pois ao parar para refletir e pelo tempo que tivemos a oportunidade de observar, vemos que o brincar não tem sua devida importância levado em conta dentro da sala de aula, onde muitas vezes as atividades são passadas de forma didatizada, tirando a liberdade de expressão e criatividade da criança. O aprendizado pode ser adquirido através de jogos e brincadeiras, pois assim não se bloqueia a criatividade da criança, que é algo natural dela, inserindo a neste novo ambiente da melhor forma. Outra questão seria trabalhar os conteúdos através das brincadeiras, que além de ser possível através de inúmeros jogos, a professora torna aula mais dinâmica, atraente e divertida.
3.4 OBJETIVOS
Desenvolver a socialização, a criatividade e o raciocínio;
Conhecer regras e normas;
Estimular o potencial lúdico das crianças.
3.5 CONTEÚDOS
Linguagem oral e escrita: oralidade, reconhecimento de letras e formação de palavras.
Matemática: reconhecimento de números, classificação e calculo.
Artes e música: movimento, ritmo e coordenação motora fina.
Ensino da natureza e sociedade: diversidade e socialização.
Movimento, ritmo, oralidade, coordenação motora fina e classificação, calculo.
3.6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
O projeto consiste em se ter um dia específico da semana pra se ensinar utilizando apenas jogos e brincadeiras, assim cabe ao professor desenvolver as atividades dentro deste contexto, mas darei exemplos de estratégias, jogos e brincadeiras para exemplificar como se aplicar o projeto.
O projeto será aplicado utilizando os eixos da educação infantil: linguagem oral e escrita, matemática, artes e música e ensino da natureza e sociedade.
No começo da aula a professora fará uma roda de conversa e perguntará aos alunos quais são seus jogos e brincadeiras favoritos, ao mesmo tempo ela escreverá todos no quadro, onde a professora lerá e as crianças e as crianças acompanharam a leitura com destaque as vogais que iniciarem algumas das brincadeiras e depois escreverá as atividades em um papel para ser sorteado, logo após apresentará um dado pronto feito especialmente com os números naturais para ser observado pelas crianças e após a conversa ela irá propor aos alunos a confecção de um dado gigante, onde conterá os seis números, onde cada um corresponderá a uma brincadeira escolhida através do sorteio ( esse dado será confeccionado de papel Paraná e em cada lado será colado com os números que as crianças cortarão de revistas e jornais), em cada lado do dado será colado todos os números, por exemplo: onde é o número um, será colado um número1 por criança, no lado do número dois, será colado um número 2 por criança e assim por diante. Com essa atividade a professora trabalha linguagem oral e escrita, no momento que as crianças acompanham a leitura, artes na confecção do dado, matemática no reconhecimento dos números naturais. Toda essa atividade ocorrerá no período antes da hora do intervalo.
Logo após retornarem do intervalo, a professora posicionará as crianças em círculo e juntos cantaram a música (Fui lá na roça ta ta ta ta...),na criança em que terminar a música, essa será a escolhida para de posicionar no meio da roda e jogar o dado, com essa brincadeira a professora trabalha música no momento em que as crianças cantam e movimento através da coreografia que tem na música, coordenação motora, ritmo, tudo que a coreografia dessa música exige e por fim por todo trabalho em equipe será trabalhado ensino da natureza e sociedade, pois será promovido a socialização.
Depois de sorteada o jogo ou a brincadeira, será só aprendizado através da diversão, mas a professora pode trazer outros jogos e brincadeiras para não se limitar aos jogos e brincadeiras do dado.
São muitos os jogos e brincadeiras que podem ser feito com as crianças, desde que através dos mesmos as crianças possam adquirir conhecimento, por exemplo:
Jogos
Dominó de números e quantidades: Será confeccionado com as crianças um dominó com 15 peças, contendo a figura de um número em uma parte e na outra uma determinada quantidade de figuras, onde os alunos terão que relacionar os números com as quantidades.
Objetivos: Familiarizar as crianças com os números e suas respectivas quantidades, assim elas promoveram a discriminação e comparação das diferenças.
Boliche de garrafa pet: Junto com as crianças a professora confeccionará um boliche com cinco garrafas pets, onde na produção as crianças conheceram os números e após jogaram serão incentivadas a contagem das garrafas derrubadas.
Objetivos: Desenvolver noções de quantidade e seqüencia numérica.
Brincadeiras:
Andar de trem: As crianças em fila deverão colocar as mãos no ombro do amiguinho imitando um trem e cantar e fazer os gestos propostos na música "eu vou andar de trem”.
Objetivos: Estimular a socialização; contribuir para o desenvolvimento da linguagem oral e desenvolver a expressão corporal.
Brincadeira com gestos repetitivos: Cantar e dançar fazendo os gestos da música “Meu boneco de lata”.
Objetivos: trabalhar linguagem oral; desenvolver expressão corporal; memorizar e desenvolver coordenação motora.
3.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO
O projeto será realizado no 2º bimestre com o intuito de se comparar com o 1º bimestre, para se avaliar os resultados. O projeto será empregado da seguinte forma, por exemplo:
Todas as sextas feiras – das 7:30 min às 12:00 hrs - durante todo o período de aula, respeitado os intervalos.
As atividades desenvolvidas pelo professor serão livres, contanto que sejam aplicadas todo conteúdo proposto.
3.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
Serão utilizados para realização deste projeto: quadro negro, giz, cartolina, cola, tesoura, revistas, jornais, toca cd, cd de músicas infantis, reciclagem ( garrafa pet) entre outros dependendo do jogo ou brincadeira realizada pelo professor.
3.9 AVALIAÇÃO
A avaliação consiste em um portfólio onde serão descritas os resultados alcançados, tanto na questão de participação e interesse das crianças, como no desenvolvimento cognitivo, para assim se comparar com o bimestre anterior e avaliar se o processo alcançou melhores resultados no aprendizado.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do lúdico, as crianças podem viver momentos mágicos, o que por fazer parte natural da infância, quando levado à sala de aula pode fazer do aprendizado um momento único.
Ao ler, pesquisar e me inteirar deste assunto, pude chegar a conclusão de quão importante é abordar este tema dentro das salas de aula, pois hoje vemos muitos ensinos sendo propostos de forma única, didatizada em que só em conta facilitar a vida do professor, onde fica esquecido o conhecimento que a criança traz de casa, o conhecimento do brincar, brincar esse que lhe somou diversas aprendizagens e que ainda tem muito a oferecer, mas que agora depende do professor abrir a porta para uma nova abordagem de ensino, buscar na sua própria infância recursos para novas técnicas de ensino, ser redundante na sua forma de apresentar o conhecimento as crianças, para despertar em cada em cada uma a vontade de aprender sempre mais.
Este projeto visa dar liberdade a criança, no sentido dela usar sua criatividade, que possam inventar, descobrir e construir seu conhecimento de forma natural, para que assim no seu ambiente familiar onde ela vive essa realidade passe a ser a continuação desse desenvolvimento,que a aprendizagem se faça constante na vida dela.
Hoje tenho um nova visão de como exercer meu papel de professor na educação infantil, sendo redundante em oferecer conhecimento, pois a sala de aula destes novos aprendizes é um universo cheio de diversidade, onde cabe ao professor explorar o que eles fazem de melhor: brincar.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, J. S. Jogos para o ensino de conceitos. Campinas: Papirus, 1998, p.33-40.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=BRASIL%2C+Minist%C3%A9rio+da+Educa%C3%A7%C3%A3o+e+do+Desporto.+Referencial+Curricular+para+Educa%C3%A7%C3%A3o+Infantil.&oq=BRASIL%2C+Minist%C3%A9rio+da+Educa%C3%A7%C3%A3o+e+do+Desporto.+Referencial+Curricular+para+Educa%C3%A7%C3%A3o+Infantil.&aqs=chrome..69i57.1280j0j8&sourceid=chrome&espv=210&es_sm=122&ie=UTF-8>. Acesso em 05 out 2013.
BRASIL, Ministério da educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais- Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: <https://www.google.com.br/#q=BRASIL%2C+Minist%C3%A9rio+da+educa%C3%A7%C3%A3o+e+Cultura.+Par%C3%A2metros+Curriculares+Nacionais-+Educa%C3%A7%C3%A3o+Infantil.+>. Acesso em 05 out 2013.
ELKONIN, D. B. (1998). Psicologia do jogo. São Paulo, Martins fontes.
FREIRE,J. B. Educação de Corpo Inteiro: teoria e prática da educação física. 4ºed. São Paulo: Scipione, 2002
FRÖEBEL, F. (1826) on the Education of Man (Die Menschenerziehung), Keilhau/Leipzig: Wienbrach.
Gallardo,J.S.P.Didática de educação física: a criança em movimento: Jogo, prazer e transformação. São Paulo, Ftd, 1998.
KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Cortez editora. 5ºed. São Paulo, 2001
KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, brinquedo e a educação. São Paulo: Cortez, 2007.
KISHIMOTO, Tizuko M. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. Vozes. Petrópolis, 1993
MEC/SEF. Referencial curricular nacional para a educação infantil v. 1, 1998.
PIAGET, Jean. Psicologia e pedagogia. 2º Ed. Rio de janeiro: Forense, 1972.
RIZZI, Leonor e HAYDT, Regina C. Atividades lúdicas na educação da criança. Ática. São Paulo, 1987
WARSCHAUER, Cecília. A roda e o registro. São Paulo: Paz e terra, 1993.
...