ME SALVA
Casos: ME SALVA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: santaos1988 • 14/3/2015 • 1.862 Palavras (8 Páginas) • 342 Visualizações
Aracaju
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História de Belo Horizonte
Este é um resumo, a matéria completa pode ser encontrada atualizada no Wikipedia nesse link
Os primórdios da ocupação da região
Durante a expansão paulista, que cresceu com a descoberta de ouro, o bandeirante João Leite da Silva Ortiz ocupou em 1701 terras em que estabeleceu a fazenda do Cercado, base do núcleo do Curral del-Rei. Este cresceu ou diminuiu pela instável divisão administrativa e religiosa. Nas fraldas da Serra do Curral em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída de fato em 1718 em torno de capela ali construída pelo Padre Francisco Homem, filho de Miguel Garcia Velho.
A freguesia foi oficializada em 1748. Em 1890, o arraial do município de Sabará tomou o nome de Belo Horizonte. Com a República e a descentralização federal, as capitais tiveram maior relevo: ganhava vigor a ideia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro Preto era travada pela topografia. Assim, foi indicada Belo Horizonte, com o nome de Cidade de Minas.
A fundação da capital
O apogeu de Ouro Preto perdurou até o fim do século XVIII, quando as jazidas esgotaram-se e o ciclo do ouro deu lugar à pecuária e agricultura, criando novos núcleos regionais, inaugurando uma nova identidade estadual. Ao final do século XIX, o ferro ganha grande importância no cenário econômico mundial e inaugura um novo ciclo econômico em Minas, o ciclo do ferro. A região de montanhas negras que vai de Ouro Preto à região do Curral Del Rey, de reservas próximas a 15 bilhões de toneladas de minério de ferro, formam o local conhecido como Quadrilátero Ferrífero. Comissão Construtora da Nova CapitalConcomitantemente, a então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, apresentava dificuldades de acomodar uma expansão urbana devido a sua localização. Isso gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade. O Congresso Mineiro reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição do Estado as cidades de Juiz de Fora, Barbacena, Várzea do Marçal, Paraúna e Belo Horizonte como locais propícios à instalação da nova capital depois que se ouvisse o parecer da Comissão Construtora, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, que optou por Belo Horizonte. Seu território foi desmembrado de Sabará e inicialmente foi denominada Cidade de Minas. A capital do estado foi oficialmente transferida em 12 de dezembro de 1897 durante o governo de Crispim Jacques Bias Fortes, já com o nome de Belo Horizonte. O local escolhido oferecia condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto o que muito facilitava a mudança, acessível por todos os lados embora circundado de montanhas, rico em cursos d’água, possuidor de um clima ameno, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as Serras do Curral e de Contagem, contanto com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que vinham da serra da Piedade ou das brisas férteis do oeste que vinham do vale do Rio Paraopeba. Era um grande vale cercado por rochas variadas e dobradas.
O projeto de Aarão Reis
Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas, cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares, visadas privilegiadas e uma avenida em torno de seu perímetro (Avenida do Contorno). Outro.phpecto interessante do projeto original é a abundância de parques e praças, com um grande parque municipal na área central.
A expansão
A nova capital foi o maior problema do governo do Estado no início do regime: construída após vencer muitos obstáculos, ela permaneceu em relativa estagnação devido à crise financeira. Ligações ferroviárias com o sertão e o Rio de Janeiro puseram a cidade em comunicação com o interior e a capital do país.
O desenvolvimento foi mínimo até 1922. Pelas proclamadas virtudes de seu clima, a cidade tornou-se atrativa, especialmente para o tratamento da tuberculose: multiplicaram-se os hospitais, pensões e hotéis, mas até 1930 exerceu função quase estritamente administrativa.
Foi também na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira.
Nos anos 1930, Belo Horizonte se consolidava como capital, não isenta de críticas e de louvores. Deixava de ser uma teoria urbanística para ser uma conquista humana, algo para ser não somente visto, mas para ser vivido também. Nesta época o município já contava com 120.000 habitantes e passava por problemas de ocupação, gerando uma crise de carência de serviços públicos. Necessitava de um novo planejamento para que se recuperasse a cidade moderna.
As construções que mais marcaram este período são o Cine Brasil, de 1931; o Edifício Chagas Dória, de 1934, do arquiteto Alfredo Marestrof; o Edifício Ibaté, de 1935, de Ângelo Murgel; o Edifício Sulacap, de 1941, de Roberto Capello, com sua interessante articulação com o Viaduto de Santa Teresa; o Edifício Acaiaca, de 1943, de Luís Pinto Coelho; a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, de 1935; o Hospital da Santa Casa, de 1946, e o Edifício do Banco do Brasil, de 1942, ambos de Raffaelo Berti.
Estas obras representavam um primeiro momento do modernismo na cidade. Abandonava-se o ecletismo dos anos 1920 em função de um racionalismo temperado com elementos da art-déco, da Bauhaus, ou mesmo elementos decorativos de origem indígena, como no Edifício Acaiaca.
Contraditoriamente, Ouro Preto, a cidade espontânea, apresentava contínuos urbanos muito bem definidos, e Belo Horizonte, a cidade planejada, se articulava através de seus
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