MEMÓRIAS
Dissertações: MEMÓRIAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ANASIL • 19/3/2015 • 586 Palavras (3 Páginas) • 163 Visualizações
Memórias da Infância e da Escola
Iniciei minha trajetória escolar aos sete anos de idade na escola Sylvia Simões Magro, em 1980. Não cheguei a fazer o pré, pois na época não havia esta modalidade de ensino no meu bairro, só posteriormente.
Minha mãe não estudou e assim, mal consegue assinar o nome, porém meu falecido pai estudou até a oitava série e, portanto ele foi nosso maior incentivador e sempre se empenhou bastante para que pudéssemos estudar.
Lembro-me que foi com muita dificuldade que meu pai comprou nosso material e uniforme escolar.
Iniciei meu primeiro ano escolar junto com minha irmã que é apenas um ano e três dias mais velha que eu, estudávamos na mesma sala, sentávamos na mesma fileira de carteiras, sua companhia ajudou muito na minha adaptação, com certeza.
Recordo-me da ansiedade que senti de me vestir com aquele uniforme. A saia era toda de prega na cor azul marinho, a blusa e as meias eram brancas, o calçado era conga azul, foi o único item que eu não gostei.
Passei tempo diante do meu material escolar, sentindo o cheiro dos cadernos e admirando minha cartilha “Caminho Suave”.
Muitas são as recordações da escola e as atividades do dia a dia, como os exercícios de coordenação motora, as tarefas de casa, que eu considerava um estorvo na hora de brincar, as cópias imensas de textos e números, a exigência de se decorar a tabuada, os exercícios no caderno de caligrafia para melhorar a letra, o cheiro de álcool que exalava do mimiógrafo, etc.
Alguns professores ficaram na minha memória uma delas, a professora do primário. Flora uma baixinha invocada que atirava giz nos alunos desatentos, e ainda uma outra professora que se chamava Ana.Ela tinha cabelos castanhos claros escorridos com sua fala mansa e aspecto gentil.
Não poderia deixar de citar o cheiro da sopa de feijão no refeitório e o medo que sentíamos da tal loira vestida de branco com algodão no nariz e que se escondia no banheiro, a solução era prender o xixi.
No ginásio, as matérias foram divididas por professores, dias e horários, nunca gostei de matemática.
Agora também tínhamos uma professora de educação física, seu nome era Malvina, não tinha como não me lembrar das ilhas toda vez que ouvia seu nome.
No ginásio o professor que ficou na minha memória foi o professor Hélio, careca, barrigudo, aparentava uns cinquenta anos, usava óculos, e era um tanto ranzinza, especialmente quando o aluno não rendia o quanto ele queria, então ele fazia questão de dizer que ansiava por sua aposentadoria que estava próxima.
O professor Hélio era um excelente professor de língua portuguesa, ele despertou em nós o gosto pela leitura, trazendo livros e fazendo rodízio de leitura entre os alunos, não me esqueço do livro “Olhai os lírios do campo” de Érico Veríssimo.
Quando escolhi este livro para ler, ele me disse que era um livro de difícil leitura, e que eu encontraria muita dificuldade de entender algumas palavras, e aconselhou-me usar um dicionário na hora da leitura.
Trago em minha memória um de seus chavões : “ cala boca monstro”. Este termo era dito toda vez que um aluno conversava em hora imprópria, o que causava riso entre a sala toda.
Na oitava
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