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MODELO DO PLANO DE TRABALHO

Por:   •  21/4/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.240 Palavras (5 Páginas)  •  347 Visualizações

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MODELO DO PLANO DE TRABALHO

IDENTIFICAÇÃO

Nome do candidato: Alan George Duarte de Oliveira

DADOS DO PLANO DE TRABALHO

Título: A IMPORTÂNCIA DA PALMEIRA MAURITIA FLEXUOSA (BURITIZEIRO) NA PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE DO CERRADO NO OESTE DA BAHIA.

Introdução/justificativa:

O cerrado brasileiro é o ecossistema que mais sofre com a destruição, mesmo sendo o segundo bioma brasileiro em extensão, cobrindo quase um quarto do território nacional, sua biodiversidade ainda é pouco conhecida, pois se trata da mais rica e ameaçada savana tropical do planeta.

As pesquisas que se tem desenvolvido sobre o Cerrado vem  acumulando conhecimentos importantes, porém o que é conhecido e a capacidade em transformar o conhecimento em ações práticas têm sido muito inferior à velocidade em que este bioma está desaparecendo. A paisagem natural do Cerrado, manifestada em muitas fisionomias de vegetação que hospedam espécies endêmicas, conhecimentos tradicionais, culturas particulares e cenários deslumbrantes está rapidamente sendo transformada em monoculturas de soja e algodão e pastagens para gado em todas as regiões. Devido a facilidade com que a vegetação pode ser removida, o clima e os solos são propícios à agricultura e pecuária, juntamente à falta de ordenamento na ocupação da paisagem e uso dos recursos naturais já trazem conseqüências negativas.

Não somente a biodiversidade está sendo afetada , mas também os serviços advindos de ecossistemas, como a ciclagem de nutrientes, a recarga dos aqüíferos e o fluxo das águas, dentre muitos outros, comprometendo a qualidade de vida das populações e a sustentabilidade das atividades econômicas e sociais da região (SCARIOT et al, 2005).

 Estima-se que mais da metade da região do cerrado já perdeu sua cobertura original, e, portanto, a sua fauna e a flora, estão sendo substituídas por diferentes paisagens antrópicas, sendo as atividades de maior porte as pastagens plantadas, as monoculturas extensivas; a poluição provocada por tais atividades (erosões, contaminação de mercúrio, agrotóxicos, lixo urbano) já se faz presentes em áreas silvestres vizinhas (UNESCO, 2000; PORTAL SEIA, 2008).

Também pelos imensos aqüíferos aqui encontrados, entre eles o Aqüífero Guarani, o Cerrado é fundamental para a manutenção do equilíbrio hidrológico no país. Destruir nascentes, rios, veredas implica tornar inviável a sobrevivência das espécies biológicas e das populações humanas que dependem dessas águas, inclusive para atividades produtivas, dentro e fora da região sob Cerrado. Biodiversidade, água e também solos caracterizam a heterogeneidade e importância do Cerrado (CERRADO BRASIL, 2008).

No entanto, as áreas de recarga dos aqüíferos estão sendo desmatadas, convertidas em áreas de pastagens e cultivos agrícolas, impermeabilizadas por conglomerados urbanos e sendo utilizadas como fontes para sistemas de irrigação, instalados sem o adequado planejamento (SCARIOT et al, 2005).

Se por um lado estão melhorando as condições sócio-econômicas da população, por outro lado estão trazendo grandes danos ambientais – fragmentação de habitats, extinção da biodiversidade, invasão de espécies exóticas, erosão dos solos, poluição de aqüíferos, degradação de ecossistemas, alterações nos regimes de queimadas, desequilíbrios no ciclo do carbono e possivelmente modificações climáticas regionais (SCARIOT et al, 2005).

Logo, em meio a tantos fatores que contribuem para a destruição do cerrado da região oeste da Bahia especialmente na cidade de Luis Eduardo Magalhães – BA, surge a necessidade de focar os olhos numa espécie de palmeira  muito alta, a Mauritia Flexuosa, também conhecida como coqueiro-buriti, buritizeiro, miriti, muriti, muritim, muruti, palmeira dos brejos, carandá guaçu e carandaí-guaçu, podendo alcançar  40 m de altura e possui caule com 13 a 55 cm de diâmetro uma planta que surge principalmente nas encostas dos rios e ocupa áreas de vales úmidos ao longo de cursos de água, em solos aluvionados por conta da erosão.

Tem uma contribuição extremamente importante na biodiversidade do Cerrado pois sua participação nas matas ciliares matem o curso dos rios protegendo do assoreamento, formando corredores fechados ao fixar suas raízes no solo suprem a falta de oxigênio nos brejos, é também, importante no processo de barragem de detritos e para estabilização de barrancos.

O buritizeiro como é mais conhecido na região, produz um fruto o buriti, que é apreciado por várias espécies de animais . Algumas araras fazem os seus ninhos nos caules de buritis mortos. Muitos animais que estão desaparecendo do Cerrado alimentam-se dos frutos do buriti e dependem desta palmeira para sobreviver, como o veado, o cateto, o jabuti, o lobo-guará, os macacos e muitas curicas, araras e papagaios. Durante a safra, os frutos do buriti são um dos alimentos mais consumidos pela anta e pelo queixada.

Contribui também para o enriquecimento do solo ao produzir material orgânico pela decomposição de seus frutos e folhas ricos em micronutrientes beneficiando a vegetação no ambiente.

Objetivo geral e específico: 

OBJETIVO GERAL

Compreender a importância da preservação da palmeira Buritizeiro que reflete diretamente na biodiversidade da região Oeste da Bahia, que tem enfrentado grandes problemas ambientais principalmente o assoreamento do rio de pedras nas margens da BR 020, assim como espécies em extinção que necessita da mesma para a sua sobrevivência.

OBJETIVO ESPECÍFICO

- Investigar a atuação do buritizeiro como barreira física: regulando os processos de troca entre os sistemas terrestre e aquático.


- Relacionar como aumentam a infiltração de água no solo, diminuindo as enchentes.


- Exemplificar como Protegem a margem dos rios, evitando desbarrancamentos e conseqüente assoreamento do leito.

 - Listar como Proporciona a  proteção à fauna terrestre e aquática.


- Exemplificar que a existência do buritizeiro consiste em  um ambiente com altíssima biodiversidade.

Metodologia:

A pesquisa a ser realizada neste trabalho pode ser classificada como estudo de caso. Isto porque deve a pesquisa em mãos contribuir para tomada de decisão para solução do problema descrito indicando as possibilidades para sua modificação.

Quanto à metodologia o trabalho em mãos faz a opção pelo método dedutivo. Esta opção se justifica porque o método escolhido permite a observação e compreensão de questões locais e visíveis do nosso meio ambiente no intuito de criar estratégias que realmente tragam benefícios satisfatórios.  

Enquanto procedimento, este trabalho realizar-se-á por meio de observação direta, porque faz uso dos sentidos para captar aspectos da realidade que será trabalhada em equipe e realizada na natureza. A pesquisa utilizar-se-á de pesquisa bibliográfica e observação sistemática com detalhamento da importância do buritizeiro para a preservação do bioma e o possível cultivo de mudas para plantio em lugares estratégicos e o monitoramento. Estas ferramentas permitiram elaborar um plano de trabalho que contenha uma proposta de abordagem realista e exeqüível da temática, valorizando conceitos, palavras-chave, idéias principais, o problema da pesquisa, os objetivos e a hipótese. O material documentado, bem como, as respectivas análises serão organizados em relatório de pesquisa componente do estudo monográfico que se pretende construir.

Referências bibliográficas:

Abreu, S. A. B. 2001. Biologia reprodutiva de Mauritia flexuosa L.f (Arecaceae) em veredas no município de Uberlândia-MG. Dissertação de Mestrado.

Departamento de Ecologia. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.

Oliveira Filho, A. T. e Ratter, J. A. 2000. Padrões florísticos das matas ciliares da região do Cerrado e a evolução das paisagens do Brasil central durante o quaternário tardio. In: Rodrigues, R. R.; Leitão Filho, H. F. (ed.) Matas ciliares: conservação e recuperação. São Paulo: Editora da USP.

Saraiva, N. A. 2009. Manejo sustentável e potencial econômico da extração do buriti nos lençóis maranhenses, Brasil. Dissertação de Mestrado, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, UnB. Brasília-DF.

Storti, E. F. 1993. Biologia floral de Mauritia flexuosa LIN. FIL, na região de Manaus, AM, Brasil. Acta Amazônica, 23, 371-381.

WWF. Natureza Brasileira: Bioma Cerrado. Disponível em:

<www.wwf.org.br/natureza_brasileira/biomas/bioma_cerrado/index.cfm>.[Acesso em 21/abril/2015].

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