MORADIAS IRREGULARES
Trabalho Escolar: MORADIAS IRREGULARES. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LASFREITAS • 13/3/2014 • 3.460 Palavras (14 Páginas) • 1.167 Visualizações
1.1 História da Urbanização no Brasil
O processo de urbanização no Brasil ocorreu de maneira rápida e desordenada, ao longo do século XX, com a grande migração da população que trocou o meio rural pelas novas oportunidades oferecidas pelas cidades.
O crescimento e o desenvolvimento do Brasil impulsionaram o surgimento de diversas cidades, principalmente com a implementação de variadas indústrias, que possibilitaram novos empregos, atraindo a população que vivia no campo para a cidade.
Mas esse processo não ocorreu da mesma forma em todo o país. Algumas regiões brasileiras se urbanizaram mais do que outras em razão das políticas públicas (que incentivaram determinadas áreas e outras não). As regiões Sul e Sudeste se destacam porque possuem uma concentração maior de áreas urbanas.
O chamado êxodo rural, que consiste na migração da população rural para as cidades, foi muito intenso em décadas passadas e a migração dessas pessoas provocou um inchaço urbano em determinadas regiões.
A falta de planejamento urbano e o crescimento acelerado trouxeram algumas consequências para esses centros urbanos, tais como: problemas de saneamento básico (como tratamento de distribuição de água e esgoto); congestionamento (em razão da falta de espaço nas ruas); falta de moradias; poluição ambiental; falta de áreas verdes (como praças e bosques); indústrias e residências na mesma área (ocasionando problemas ambientais e de saúde); barulho; violência e diversos outros transtornos que resultam em má qualidade de vida para a sociedade.
A urbanização brasileira ocorreu de forma rápida e desigual, o que gerou diversos problemas, como o caso das favelas.
Também ocorreu no Brasil o planejamento urbano para a criação de algumas cidades, entre elas a capital federal, Brasília. O planejamento urbano serve para evitar os problemas que ocorrem com as cidades que crescem rapidamente e não têm um acompanhamento adequado.
Esses centros planejados possuem estudos para fluxos de automóveis (que evitam o congestionamento), bairros para moradias, distritos industriais separados das moradias, áreas verdes, entre outros pontos fundamentais para oferecer uma melhor qualidade de vida para a população que ali habita.
1.1.2 Urbanização do município de São Bernardo do Campo
São Bernardo do Campo se situa na Região Metropolitana de São Paulo que se caracteriza por ser a maior concentração urbana brasileira, resultante de um processo de urbanização intenso, ocasionado pela dinâmica de crescimento da atividade econômica durante o século XX. Essa inserção metropolitana permitiu a instalação da indústria pesada, liderada pelo ramo automobilístico em São Bernardo do Campo, intensificando o crescimento populacional no Município, decorrente principalmente das ondas de migração interna.
O fato é que essas ondas migratórias foram totalmente absorvidas pelo mercado de trabalho, pelas políticas públicas de proteção social e, consequentemente, pelo tecido urbano da região. Criou-se um processo de exclusão socioespacial cada vez mais complexo marcado por privações e desigualdades que expressam sua materialidade mediante a carência por moradias e as precárias condições de habitabilidade de parte da população.
2. Moradia irregular uma questão sociopolítica.
A questão da moradia é algo que se evidencia com muita clareza ao se observar o mosaico que compõe o município. A dimensão habitacional é um desdobramento da dimensão urbana e reflete a disputa dos agentes imobiliários por um mercado que se valoriza fortemente em algumas áreas, acirrando assim o acesso à moradia, expulsando a população carente para áreas longínquas e sem infraestrutura, fragmentando o espaço interno da cidade e promovendo um embate entre os territórios privilegiados e excluídos.
Diante desse quadro, apolítica habitacional de interesse social é uma prioridade do Município. Além de se constituir em poderoso instrumento de inclusão social, essa política tem grande relevância para a questão ambiental, face à grande quantidade de famílias do Município que mora em Área de Proteção aos Mananciais Metropolitanos, na Sub-bacia da Represa Billings. Entre as 272 áreas mapeadas pela secretaria de Habitação como assentamentos precários, loteamentos irregulares e conjuntos habitacionais de interesse social, 151 (56%) estão em área de proteção aos mananciais.
Abaixo trazemos uma tabela dos assentamentos precários, loteamentos irregulares e conjuntos habitacionais de interesse social em Áreas de Proteção aos Mananciais, por bairro.
Fonte: PMSBC/Secretaria de Habitação, 2009.
2.1 Assentamentos precários, loteamentos irregulares, conjuntos habitacionais de interessem social e número de unidades habitacionais, por bairro em São Bernardo do Campo.
Fonte: PMSBC/Secretaria de Habitação, 2009.
A Secratria de Habitação (SEHAB) mapeou 63 áreas de risco no Município, ou seja, 24% dos assentamentos precárioas apresentam algum tipo de risco aos seus moradores. Essas áreas concentram-se principalmente nos bairros Montanhão, Dos Alvarenga e Batistini.
Entre os riscos mais eminentes estão os escorregamentos em encostas, presentes em 67% dessas áreas de risco. Esse processo teve origem nas intervençoes advindas da ocupação urbana inadequada de encostas de alta declividade natural e margens de córregos, e deflagradas por eventos de chuvas intensas.
Os riscos de alagamento ou inundação respondem por 33% das áreas de risco. Os fatores condicionantes de inundações e alagamentos são de origem natural e antrópica. Os condicionantes naturais são climáticos, geológico-geomofológicos e flúvio-hidrológicos. Os condicionantes antrópicos resultam de intervenções humanas diretas ou indiretas nas bacias de drenagem.
2.1.2 Áreas de risco em assentamentos precários, por bairro, São Bernardo do Campo.
Re: escorregamento
Rs: solapamento
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