MUDANÇA DE GESTÃO

1-INTRODUÇÃO

Considerando as mudanças no ambiente de trabalho e a revolução tecnológica e informacional da última década, esta pesquisa apresenta a percepção gerencial relacionada à mudança organizacional onde foram investigadas variáveis que atuam como as causadoras, que facilitam e dificultam a implantação de um processo de mudança, bem como a compreensão gerencial do significado de mudança organizacional e as principais reações desencadeadas pelas mudanças nas empresas.

A metodologia utilizada na pesquisa foi à análise de “casos de estudo” compreendendo empresas que passaram por transformações severas ao longo de sua existência. Neste sentido, a compreensão de sua história e os fatos que culminaram na necessidade de mudança é relatada de forma a possibilitar a interpretação de fenômenos associados à mudança organizacional, apontando indícios de variáveis comuns e dissonantes entre a percepção gerencial e os estudos sobre mudança organizacional e desta forma contribuir para a compreensão deste fenômeno multideterminado e tão presente no cotidiano organizacional. Este trabalho apresenta um case de estudo sobre o assunto.

2-GESTÃO DE MUDANÇA

2.1 MUDANÇA ORGANIZACIONAL

Mudança organizacional é o movimento de uma organização de seu estado presente em direção a um estado futuro, para encontrar novas maneiras ou melhores formas de se usar seus recursos e habilidades para aumentar sua eficácia em diversos níveis:

• Recursos Humanos: Estimulando habilidades e capacidades dos funcionários, monitorando continuamente suas estruturas para encontrar a maneira mais eficaz de motivar e organizar os recursos humanos.

As mudanças direcionadas aos recursos humanos são: um novo investimento em treinamento e desenvolvimento de novas habilidades e capacidades; socialização dos funcionários na cultura organizacional para que aprendam as novas rotinas do desempenho organizacional; mudança das normas e valores para motivar uma força de trabalho diversa; um exame contínuo do modo como operam os sistemas de cargos e salários; e mudança da composição da equipe de administração para melhor aprendizado organizacional e a tomada de decisões.

• Recursos Funcionais: A mudança na estrutura funcional pode ajudar a oferecer um ambiente em que as pessoas são motivadas a trabalhar. A mudança da produção em massa para uma operação de fabricação baseada em equipes de trabalho de autogestão permite que a empresa aumente a qualidade do produto e a produtividade e os funcionários acabam compartilhando as vantagens deste novo sistema.

• Capacidades tecnológicas: Fornece uma enorme capacidade de se modificar para explorar as oportunidades do mercado de trabalho.

• Capacidades Organizacionais: Avalia a alta administração para reavaliar a estrutura e o modo como ela integra e coordena suas novas funções, para garantir que suportem seus novos recursos funcionais.

As forças a favor da mudança organizacional incluem:

3 FORÇAS COMPETITIVAS

As forças competitivas são de total relevância para o crescimento das empresas, pois são elas que impulsionam o aprimoramento de novas técnicas e serviços fazendo com que seus produtos superem seus concorrentes em eficiência e qualidade.

4 FORÇAS ECONOMICAS, POLITICAS E GLOBAIS.

Estas forças afetam continuamente as organizações e as induzem a mudar onde e como elas produzem bens e serviços.

5 FORÇAS DEMOGRAFICAS E SOCIAIS

São forças de trabalho que levam os gestores a mudar seus estilos de gerenciar e aprender como entender, supervisionar e motivar com sucesso os diversos membros.

6 FORÇAS ÉTICAS

Muitas organizações precisam fazer mudanças para permitir que gestores e funcionários em todos os níveis relatem conduta antiética afim de que a organização possa agir rapidamente para eliminar tal conduta e proteger os interesses gerais de seus membros e clientes.

7 RESISTÊNCIA À MUDANÇAS

As organizações muitas vezes são relutantes as mudanças nos níveis de organização, de grupo e de indivíduo.

Um dos principais motivos para a incapacidade de algumas organizações de mudar é a inércia organizacional, ou seja, a tendência de uma organização em resistir a mudanças e manter seu estado atual.

A resistência a mudanças diminui a eficiência de uma organização e reduz suas chances de sobrevivência.

7.1 Resistências em nível organizacional

Muitas forças dentro da organização podem dificultar, os mais fortes impedimentos incluem poder e conflito, diferenças na orientação funcional, estrutura mecanicista e cultura organizacional.

7.2Poder e conflito

A mudança normalmente beneficia algumas pessoas, funções ou divisões em detrimento de outras. Quando uma mudança causa lutas por poder e conflito organizacional, uma organização provavelmente irá resistir a ela.

7.3Diferenças na orientação funcional

Diferentes funções e divisões normalmente analisam a origem de um problema de modos diferentes porque veem uma questão principalmente de seu próprio ponto de vista, isto aumenta a inercia organizacional porque a organização precisa gastar tempo e esforço para descobrir com segurança a origem de um problema.

7.4 Estruturas mecanicistas

Uma estrutura mecanicista é caracterizada por uma hierarquia alta, com tomada de decisões centralizadas e com padronização do comportamento através de regras e procedimentos. As pessoas que trabalham nesta estrutura costumam agir de forma especifica e não desenvolve capacidade de ajustar seu comportamento a condições mutáveis. Já as pessoas que trabalham em uma estrutura orgânica tendem a se ajustar ao ambiente de trabalho mais fácil, pois estas mudanças favorecem seu desempenho e desenvolvimento de suas habilidades na organização, permitindo-os serem mais criativos e responsáveis a ponto de poderem tomar decisões para solucionar problemas futuros.

7.5 Cultura organizacional

A cultura de uma organização pode dar origem à resistência à mudança. Se a mudança