TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Manual saneamento basico de agente de endemias

Por:   •  12/12/2019  •  Bibliografia  •  1.649 Palavras (7 Páginas)  •  255 Visualizações

Página 1 de 7

UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA - UNILAB

INSTITUTO DE HUMANIDADES

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

BACHARELADO EM HUMANIDADES

HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DA ÁFRICA (90H)

Profª. Dra. Artemisa Odila Candé Monteiro                        2019.2

ALUNO/A: Matheus de Sousa Nobre

PRIMEIRA AVALIAÇÃO ESCRITA

  1.  Segundo Ki- Zerbo (2010), a história da África deve ser reescrita. E isso porque, até o presente momento, ela foi mascarada, camuflada, desfigurada, mutilada pela “força das circunstâncias”, ou seja, pela ignorância e pelo interesse.

  1. Com base no texto do Ki-Zerbo descreva sobre as principais ideias que permearam os mitos e os preconceitos da historiografia africana durante séculos. Sem esquecer de ressaltar a importância da história da África nos currículos escolares.

R: Ibi sunt Leones”, “Ai existem leões”, uma das frases centrais que segundo, o autor, caracterizam o olhar da maioria das pessoas sobre o continente africano. Essas concepções, por sua vez, serviram como subsidio para entender esse vasto território, como um espaço selvagem e propenso a extração de recursos minerais e humanos.

O autor aponta, que a história do continente africano, foi mascarada e camuflada, graças as intensas explorações dos vários recursos existentes no continente, assim como também, o grande e massacrante processo de escravidão em África que ocasionou a imagem fixada da miséria e da barbárie.

Segundo o autor, não se trata de fazer uma história-revanche, mas de abordar uma perspectiva da história do continente africano, que por muito tempo ficou apagada, ou seja, se faz necessário, por meio da ciência, construir uma consciência autentica, pautada na reconstrução do cenário histórico africano.  

O autor aborda que a história da África é pouco conhecida, e que o modo pelo qual ela é mostrada ao mundo, se desenvolve de maneira fantasiosa e na maioria das vezes absurda. Que os filmes que abordam o continente africano, são na verdade, a imagem da nossa ignorância, ou seja, Os filmes mostram de maneira fantasiosa, um povo sem cultura e sem um sistema organizacional complexo, fator que como bem sabemos, ao longo das aulas da disciplina de História e Historiografia da África, foi duramente debatido e compreendido por todos, de que os povos africanos compartilhavam de complexos sistemas organizacionais ao longo da sua história.

Percebemos ao longo das leituras, que de modo geral sobre o continente africano é dedicado um espaço infinitamente pequeno a história africana, mas que a algumas décadas, inúmeros pesquisadores, vem tentando reconstruir a fisionomia do continente. E que a cada ano aparecem dezenas de publicações com descobertas e novas abordagens. Entretanto, o autor esclarece que essa proliferação de trabalhos acadêmicos sobre o continente africano, pode resultar em alguns perigos, como o “risco de cacofonia e pela profusão de pesquisas desordenadas”. Desde modo, se fez necessário uma pesquisa feita por africanos e não-africanos, organizada pela UNESCO

O autor também nos mostra que para os africanos, a história desse continente, não é um espelho de narciso, e nem uma desculpa para se separar das tarefas da atualidade. Para o autor a primeira tarefa da analise global do continente africano é histórica, e que não devemos optar pela inconsciência e pela alienação. O autor também aborda que não podemos substituir um mito por outro e que se faz necessário uma rigorosa analise fundamentada sobre provas consistentes.

o autor aborda a questão do como, ou seja, daquilo que ele caracteriza como metodologia. O autor aponta, que tanto nesse campo como em outros, é preciso evitar a singularização excessiva da África, ou seja, de colocar todo o continente africano em um aspecto homogêneo, e alinhá-lo segundo as normas estrangeiras, ou seja, é a fantasia, de esperar encontrar os mesmos tipos de documentos existentes na Europa para realmente se falar em uma verdadeira história da África.

Percebemos nesses discursos, que durante muito tempo, a história oral, igualmente essencial para a compreensão desse continente, foi duramente colocada as margens da historiografia, caracterizada pelas correntes historiográficas como não “verdadeira”, visto que a mesma não estava fundamentada sobre provas, assim, o continente ficava cada vez mais encoberto por esse véu de preconceito, contra as formas de representação da história e dos povos africanos.

  Outro aspecto importante que precisa ser entendido, é que a história e a geografia não foram boas com a África, caracterizada como um continente solitário, ou seja, como se o continente não tivesse exercido nenhum desenvolvimento social ou econômico com outros continentes, antes do colonialismo. Deste modo, segundo o autor, é preciso retornar as condições fundamentais do processo evolutivo, colocando esses problemas em termos objetivos, para que esse continente não continue sendo palco de uma inferioridade racial, do tribalismo congênito e da pretensa passividade histórica dos africanos.

Outro aspecto que deve ser ressaltado, é o da importância do ensino de história da África nos currículos escolares. Abordar os conteúdos sobre história e cultura afro-brasileira e africana não é só um exercício de resgate da memória e da história dos povos africanos, mas também estar amparado pela lei 10.639/03 que tornou obrigatório o ensino cultura afro-brasileira e africana, deste modo com a leitura de textos que abordam a lei 10.639/03 percebemos que um dos objetivos principais da implementação do ensino é fazer com que alunos e professores e a sociedade no geral, possam discutir sobre descriminação racial, valorizar a diversidade cultural dos povos africanos, estudar autores africanos, inserir o debate nas crianças e adolescentes sobre os processos de luta e superação do racismo.

  1. Na Iª Unidade os conteúdos sobre a escravidão e o colonialismo versaram o debate na sala de aula sobre a historiografia africana antes da chegada de colonialismo.
  1. Com base no texto de Mariana de Mello Souza, faça um texto dissertativo de como eram organizadas as sociedades africanas antes da chegada dos europeus, sem esquecer de mencionar as grandes redes comerciais.

R: para adentrar sobre as problemáticas que norteiam os estudos mais recentes sobre o continente africano, é preciso a priori, começar pelas bases do continente, essas bases, sem dúvidas estão centradas na história da África pré-colonial. Deste modo, alguns pesquisadores adentraram     dentro dessa problemática, como é o caso de Mariana de Mello Souza e Analúcia Danilevicz Pereira, elas abordam em livros diferentes, as formas pelo qual se organizavam as sociedades africanas pré-coloniais.

 Segundo as autoras, essas sociedades eram organizadas em reinos e funcionavam a partir de estruturas que tinham como base a família estendida, essas sociedades tradicionais eram divididas em diversas categorias, ao qual cada uma exercia um papel socioeconômico especifico. Desse modo, as famílias tinham como base uma organização que girava em torno de uma família patrimonial ou matrimonial, entretanto, a transmissão do poder, nem sempre era feito de forma hereditária. Nesse sentido, podemos perceber um sistema organizacional complexo, onde imperava um sistema próprio e de bases concretas que eram estruturadas pelos modos de produção. Outro fator importante nas sociedades africanas, era a figura do Rei, os estados tinham uma organização pautada a partir de federações, onde o rei era representado por meio de monarquias e governadores locais, demonstrando, como aborda Danilevicz (2014) a “descentralização do poder e da sociedade”.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.5 Kb)   pdf (108.2 Kb)   docx (12 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com