Manual thf6a

SUMÁRIO

        

1         INTRODUÇÃO                      ............................................................        

1.1         Apresentação                      ............................................................        

1.3        Contextualização e Problema  .......................................................        

1.4        Objetivo da Pesquisa           ...........................................................         

1.4.1                 Objetivo Geral               ............................................................               

1.4.2                         Objetivos Específicos    ...........................................................          

1.5         Justificativa da Pesquisa      ...........................................................          

1.6        Estrutura da Dissertação     ...........................................................          

2      REFERENCIAL TEÓRICO

2.1      O Senso Psicológico de Comunidade e a Sociedade em Rede

2.2      A Base Institucional do Conselho da Escola no Rio Grande do Norte

3      METODOLOGIA ….................................................................................

3.1       A Amostragem

3.2       A Coleta de Dados

3.3       A Análise dos Dados

3.3.1               O Conselho da Escola

3.3.2         A Gestão Escolar

3.4       O Instrumento de Pesquisa

3.5       A Coleta e Organização dos Dados

4      ANÁLISE DOS RESULTADOS

5      CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES

6      REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................

1         INTRODUÇÃO

1. Apresentação

Esse estudo trata de pesquisar a relação entre o Conselho da Escola e a Gestão Escolar com o foco no protagonismo dos pais, alunos, professores, além dos membros da direção da escola pública da rede estadual de ensino médio do município de Natal. O foco está concentrado na influência que o Conselho da Escola exerce sobre a Gestão Escolar à luz dos princípios democráticos e da Gestão Participativa definidos na Constituição Federal de 1988 e nas leis pertinentes para a educação brasileira.

Nesse estudo, a curiosidade está voltada para as contribuições dos pais e dos alunos na organização do processo decisório da Gestão Escolar, atenta-se para as premissas de participação que promovam o envolvimento das famílias com o processo de educação dos filhos. Busca-se uma amostra representativa da rede pública estadual de ensino médio para compreender a realidade dos Conselhos da Escola.

Focalizam-se, por um lado, os atores que compõem o Conselho da Escola e as suas atribuições e, por outro, os tipos de decisões que são tomadas para a Gestão Escolar dentro desse espírito participativo. Interessa-se em descrever os benefícios e as dificuldades para que aconteça esse formato democrático de construção coletiva.

A revisão da literatura indica que a academia tem uma contribuição crucial para a evolução do conhecimento sobre os fatores críticos do desempenho da escola pública do ensino básico, notadamente pelo debate sobre os aspectos políticos e pedagógicos. As pesquisas avançam sobre a revolução tecnológica da informação e da comunicação que está acontecendo em todo o mundo e também alcançam a sala de aula de forma a indicar a necessidade de mudança cultural (BURNS et al, 2014).

A função dos pais, educadores e de pessoas do convívio passa a ser, para Manuel Castells (2014), de facilitadores e orientadores do estudante que protagoniza o próprio aprendizado. Cuida-se de aprofundar e expandir o conhecimento sobre o pensamento de Paulo Freire (1921-1997) quanto ao projeto educativo como base para tratar do diálogo e da autodeterminação do indivíduo com vistas a tornar “o homem sujeito da sua história” e capaz de desenvolver a consciência crítica necessária para a transformação da sociedade em que vive.

1.2 Contextualização e problema

Parece importante compreender a influência que o Conselho exerce na Gestão dentro do contexto em que a velocidade das mudanças, nesse início de Século XXI, implica a necessidade de aprendizado permanente sobre as inovações nas mais diversas áreas. A competição global por mercados deflagra o ímpeto das aplicações tecnológicas mais elaboradas para a obtenção de eficiência e margem. Assim, esse dinamismo mutante estimula a habilidade humana em adquirir conhecimento autonomamente.

Junte-se a esse quadro a rapidez com que se processam a informação e a comunicação e vê-se um horizonte desafiador para a educação em qualquer sociedade que deseje preparar seus jovens para um futuro digno ou se manter próxima ao estado da arte em vários campos do conhecimento.

Esse contexto histórico atual tem sido chamado de a “Sociedade do Conhecimento” pelo valor estratégico que o saber alcança na vida acelerada (Cruz e Pacheco, 2002). Pois é justamente nesse contexto que o Brasil adentra a chamada “Janela de Oportunidade Demográfica”, que consiste no raro momento de haver uma população economicamente ativa mais numerosa que a soma das crianças e idosos entre 2010 e 2020 (Gil, 2011). Portanto, essa é a hora do avanço célere na qualidade da educação básica de tal forma que propicie a evolução equilibrada nos campos econômico, social e político do país nos próximos 10-15 anos.

No entanto, as estatísticas indicam uma tarefa árdua para a obtenção do objetivo estratégico estabelecido pelo movimento da sociedade civil Todos Pela Educação (TPE, 2012). Mira-se no alvo de obter 70% dos alunos concluintes do ensino fundamental com competência adequada para interpretação de texto e para resolução de problemas de matemática em 2022. A Prova Brasil (INEP, 2011) aponta que apenas 22% dos alunos conseguem essa competência em Português e somente 12% são competentes em matemática no 9° ano de estudo, segundo critério desenvolvido pelo TPE com base no Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico (SAEB).