Matemática Financeira
Artigos Científicos: Matemática Financeira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Wilson18 • 17/9/2014 • 636 Palavras (3 Páginas) • 326 Visualizações
Capítulo I
Quadro Teórico e Metodológico
1.1 - Quadro Teórico
Utilizando-se da afirmação de Alarcão (2001, p. 23), citado por Garrido,
Pimenta e Moura observa-se que:
Na última década, a literatura sobre a formação do professor reflexivo temse
deslocado de uma perspectiva excessivamente centrada nos aspectos
metodológicos e curriculares para uma perspectiva que leva em
consideração os contextos escolares (grifo nosso).
Para a efetivação desta proposta buscou-se aportes teóricos em autores com
obras publicadas na área de educação e ensino da matemática, cita-se: “A
Matemática Financeira para Educadores Críticos”, Sá1 (2011); em conceitos da
Educação Matemática Crítica na abordagem de Skovsmose (2001) constituíram as
bases teóricas para essa pesquisa. Os critérios de seleção dos autores estão
relacionados ao destaque que tiveram pelas obras.
Sá (2011) aborda conceitos fundamentais da Matemática Financeira, numa
perspectiva crítica e dialógica, com textos que prioriza o contato com temas práticos
relacionados aos conteúdos clássicos da matemática na tão requisitada
contextualização em que são relacionados os conceitos da Matemática Financeira
com os conteúdos tradicionais da matemática, procurando despertar a curiosidade e
estimular o espírito de investigação.
De acordo com Skovsmose (2001), a matemática pode significar poder ou
supressão, inclusão ou exclusão e discriminação. E a educação matemática pode
servir a fins ditatoriais, mas também pode contribuir para a criação de uma cidadania
crítica e apoiar idéias democráticas. Nesse sentido define a educação matemática
como crítica. Skovsmose (2001) faz uma exposição de diferentes formas de
matemática em ação, incluindo sua influência no processo decisório em diversas
1 Foi possível obter contato direto com o professor Elydio Pereira de Sá através de e-mail, sendo que
o mesmo fez a indicação da sua nova obra, uma atualização da edição que procurávamos.
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áreas como economia, defesa, meio ambiente, população, etc; para os processos de
planejamento tecnológico; para o raciocínio hipotético, segundo o qual podemos
investigar as possíveis consequências de um cenário; para justificar algumas
decisões, o que ele denomina de “autorização”, cuja intencionalidade é o poder de
convencimento.
Esses e outros aspectos da matemática em ação relacionam-se com o
exercício do poder, podendo a matemática ficar a serviço do bem ou do mal. Assim,
a educação matemática pode significar formação para o exercício de poder, ou para
a exclusão e discriminação. Nesse sentido, a aprendizagem deve conduzir à
formação de cidadãos críticos, capazes de criticar esses modelos matemáticos, na
tentativa de uma participação democrática no mundo social em que vivem. Para
Skovsmose (2001, p. 14):
É necessário intensificar a interação entre educação matemática e
educação crítica, para
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