Mecanica Dos sólidos
Monografias: Mecanica Dos sólidos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: msergiobasan • 6/4/2014 • 4.655 Palavras (19 Páginas) • 360 Visualizações
OS PRIMEIROS ENGENHEIROS
- Na arte romana é a arquitetura que melhor testemunha o gênio inventivo e prático de Roma e que melhor documenta a sua evolução histórico-social;
- A arte romana sofreu duas fortes influências:
Da Ítalo-etrusca, herdaram vários conhecimentos e técnicas tais como: a utilização do arco e da abóbada; a construção de cidades muralhadas com traçado retilíneo das ruas; a realização de pontes, túneis, esgotos e estradas; a edificação de templos com pódio, pórtico com colunas de madeira, telhados de duas águas e beiral, cella, proporções quase quadradas e paredes de tijolo cru; e a produção de túmulos de várias formas, cujas características se assemelhavam às casas dos vivos;
E da Greco-helenística, buscaram as concepções clássicas dos estilos jônico, dórico e coríntio, aos quais associaram novos estilos, como o toscano e o compósito, que aplicaram na decoração arquitetônica; imitaram as plantas dos templos retangulares e circulares na construção de basílicas e outros edifícios como os teatros e a domus, cuja concepção parte do peristilo grego, transformando-o um núcleo residencial; o urbanismo romano também adquiriu influências gregas, pois a partir da acrópole e da ágora gregas, os Romanos passaram ao Capitólio e ao fórum de Roma.
Muralha Serviana, Roma, séc. IV a.C. Muralha de Adriano, Grã-Bretanha
- Pragmática, funcional, colossal e magnificente, a arquitetura romana preocupou-se essencialmente com a resolução dos aspectos práticos e técnicos da arte de construir, respondendo com soluções criativas e inovadoras ás crescentes necessidades demográficas, econômicas, políticas e culturais da cidade e do império;
- Nas suas construções os Romanos usaram materiais tradicionais como a pedra, o tijolo, a mármore e a madeira, e outros, mais econômicos e fáceis de trabalhar, criados ou recriados por eles de forma inovadora - falamos dos diferentes tipos de opus (termo usado pelos romanos para designar o material ou o tipo de organização dada ao material empregue numa construção. Distinguem-se vários tipos: opus incertum, que usa pedras pequenas e irregulares unidas por argamassa; opus recticulatum, semelhante ao anterior mas com revestimento exterior regular, feito com pequenas pirâmides de calcário cunhadas na parede com a base para fora; opus quadratum, que usa silhares de pedra aparelhada, sobrepostos sem argamassa, cuja coesão é garantida pala colocação de grampos metálicos; opus testaceum, constituído por ladrilhos cozidos dispostos de modo a fazer desenhos quadrados ou triangulares; e opuscaementicium), dos quais o mais importante foi o opus caementicium, uma espécie de argamassa de cal e areia, a que se adicionavam pequenos pedaços calcário, pozolana (material de origem vulcânica), cascalho e restos de materiais cerâmicos, que criava uma pasta moldável enquanto úmida, semelhante ao atual cimento ou betão que, depois de seca, se igualava à pedra na solidez e na consistência. A sua utilização desde o séc. IV A.C. facilitou e tornou mais rápida e econômica a construção de estruturas complicadas como as coberturas abobadadas ou cupuladas e ainda as paredes arredondadas e em abside; o emprego deste material obrigou ao uso de vários paramentos (revestimento exterior) que disfarçassem o aspecto final pouco decorativo das estruturas. Deste modo, os Romanos inventaram diferentes almofadados em pedra e tijolo e aplicaram revestimentos exteriores com relevos em estuque, placas de mármore policromo ou ladrilhos cozidos. Nos interiores, o revestimento era feito com pedras nobres, mármores, mosaicos e estuques pintados;
- Criaram novos sistemas construtivos, que tiveram como base o arco e as construções que dele derivam: os diferentes tipos de abóbadas, as cúpulas e as arcadas (conjunto de colunas unidas superiormente por arcos). Na verdade estas estruturas não foram inventadas pelos Romanos, pois já haviam sido usadas pelos Etruscos e os próprios gregos conheciam o arco, embora nunca o tenham usado. Contudo, nenhum destes povos soube aplicar estes sistemas com tanta perícia técnica e com tanta eficácia e inteligência arquitetônica. A sua utilização, aliada aos novos materiais, permitiu aos Romanos criar variadas tipologias arquitetônicas, diversificar as plantas, projetar compartimentos mais amplos e articular melhor os espaços interiores;
- Desenvolveram as técnicas e os instrumentos de engenharia, assumindo-a como o suporte da arquitetura e atribuindo-lhe, pela primeira vez, uma base científica; realizaram neste campo grandes progressos: aperfeiçoamento dos conhecimentos de orografia e topografia; uso de técnicas de terraplenagem (ato de nivelar os terrenos de modo a prepará-los para a execução da obra); desenvolvimento de processos de embasamento e de suporte; invenção de cofragens (dispositivo amovível de madeira destinado a conter as massas de betão fresco nas formas projetadas; espécie de molde) e cimbres (armação de madeira que suporta e/ou molda os arcos ou abóbadas), que serviram para montar e moldar as estruturas construtivas, economizando assim a mão de obra e o tempo da construção; utilização dos grampos de metal para fortalecer as juntas entre os blocos de pedra ou nas zonas de maior pressão dos edifícios.
- A decoração utilizada pelos Romanos pautou-se pelo barroquismo (ato de complicar as formas e os elementos decorativos pela profusão e exagero dos mesmos), que preferiram o exagero ornamental ao equilibrado sentido estético e simples dos Gregos; utilizaram os elementos gregos tais como colunas, entablamentos e frontões, como meras "peças" decorativas, sem qualquer função estrutural, inovando-as ao alterarem as suas formas e proporções; criaram ainda duas novas ordens: a toscana (capitel simples, semelhante ao estilo dórico) e a compósita (junção da ordem jônica e da coríntia; o capitel é decorado com volutas e folhas de acanto).
» Arquitetura religiosa
- Desempenhou funções religiosas, políticas e sociais e encontra-se largamente representada entre as construções romanas;
- Os edifícios religiosos assinalavam, pelo seu valor sagrado e simbólico, os lugares mais importantes das cidades. Entre eles destacavam-se os simples altares (uma espécie de pequenos templos erguidos sobre um pódio e fechados a toda a volta por um muro, decorado com relevos, e só interrompido pela escadaria
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