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Memorial

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Por:   •  11/10/2013  •  Tese  •  1.290 Palavras (6 Páginas)  •  352 Visualizações

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.INTRODUCAO

Minha historia educacional é emocionante, eu particularmente me orgulho muito.

Aos 6 anos de idade, ainda não freqüentava a escola, éramos em 6 irmãos, sendo 3 ainda criança e meus pais com pouca instrução na época não via necessidade em me matricular e alfabetizar tão cedo.

Mas sempre tive curiosidade em aprender e minha mãe mesmo com pouco estudo me ensinava o que podia em casa mesmo juntamente com uma cunhada a quem devo grande parte do que aprendi.

Aos 8 anos já sabia ler e escrever quando fui para a escola em meu primeiro dia de aula, e ao final, minha professora Dasdores me presenteou com um livro me parabenizando pelo meu esforço em aprender, foi o meu incentivo para toda vida.

Quando chegava em casa corria para minha mãe ou minha cunhada

que com grande prazer tiravam as minhas duvidas.

Minha cunhada Berenice me falava sobre historias medievais, sobre grandes civilizações e culturas que me deixavam encantada, decide então que seria uma historiadora quando crescesse, e tudo o que em casa eu aprendia, passava para os meus colegas na classe, e o que em classe eu aprendesse, em casa eu também ensinava.

Tive ótimos colegas dos quais sinto uma falta enorme, minha amiga Telma, menina muito inteligente que sempre me escolhia para uma dupla nos trabalhos ou vice e versa.

Sempre tive grande força de vontade em aprender e com isso separava sempre os horários de brincadeiras dos horários de estudos que levava muito a serio.

Lembro-me da professora Teça também proprietária da escolinha Favo de mel, a segunda e ultima escola particular que freqüentei mulher rígida, porém atenciosa com seus alunos.

Sempre tive comigo um pensamento, quanto mais eu procurasse aprender, ser atenta, enfim fazer a minha obrigação como estudante, mais eu seria bem aceita pelos meus professores e cada vez mais ganharia espaço para dialogar tirar duvidas e aprender.

Mas na passagem para o ensino fundamental, não foi muito bem isso que aconteceu, Ocorreram alguns probleminhas com colegas que me chamavam no dito popular de “puxa saco de professora” já que eu estava sempre prestes a ajudar de alguma forma.

Na antiga 2ª serie, conheci a mulher que mudaria um pouco o meu jeito submisso aos professores, mas não com a mesma rigidez da professora Teca, e sim com bondade, carinho e um jeito majestoso de ensinar. A minha querida professora Joilda.

Lagrimas me vem aos olhos em lembrá-la, pois passei grande parte do meu ensino fundamental sendo educada por uma professora que tinha na profissão, o amor, em educar, e como ela mesma costumava dizer, o amor em também aprender com os alunos, pois ninguém nunca sabe o suficiente.

Infelizmente aos 15 anos de idade, tive que parar os estudos, me casei e não pude mais continuar, lembro de alguns parentes me dizerem que eu jamais recuperaria o tempo perdido, e que aquele erro pra mim não teria mais volta

Passaram se anos de tentativas de voltar a estudar, mas não conseguia.

Em 2009 estudei pelo EJA, mas não cheguei a concluir o ensino médio.

Conheci então o professor de português Silvanio Moreira, grande profissional, homem inteligente, educado, integro que teve um papel fundamental em minha decisão de não parar mais de estudar, de correr atrás do tempo perdido.

Agradeço graças a Deus, minha mãe, minha cunhada, minhas professoras, e minha força de vontade de que um dia eu conseguiria.

.

.DESENVOLVIMENTO

Em 2012 já com 28 anos Edilza Sobrinho, minha grande amiga, em uma conversa, contou-me a historia de uma menina que já estava na faculdade por ter optado pelo Enem para conclusão do ensino médio, e me convenceu de que eu deveria me inscrever.

Resolvi tentar o Enem e optei então pela formação do ensino médio, tantos anos após ter parado os estudos, e novamente ouvir as pessoas comentarem que eu não conseguiria por ser muito competitivo e difícil esse exame.

Mesmo assim me escrevi, estudei no meu limite, com calma e um pouco por vez, lembro-me do nervoso que estava no primeiro dia e os dias que seguiram de espera do resultado.

Passei, no Enem e consegui a conclusão do ensino médio, fiquei radiante com tanta alegria.

Veio então o Prouni e resolvi tentar mais uma vez.

Uma outra amiga, Paula Arleny, foi de grande importância moral para todo esse processo.

Inscrevi-me, mas infelizmente O curso do qual eu me identifiquei desde criança, às notas de cortes eram altas, então optei por letras e aguardei ansiosa o resultado.

Fui selecionada pelo Prouni, mas os alunos não foram suficientes e a turma não foi formada, passei então para o curso de Pedagogia.

Sei da importância de um pedagogo para a educação, sempre gostei de leitura, de passar adiante o pouco que aprendo com meus estudos, informações, acho que o trabalho de um pedagogo é uma troca constante de conhecimento e esse é o meu objetivo, poder compartilhar e aprender

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