Memorial
Resenha: Memorial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: senha122 • 1/11/2013 • Resenha • 888 Palavras (4 Páginas) • 436 Visualizações
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Quando surgiu a oportunidade de cursar o PROESF 9 , não pretendia concluílo, pois o
meu objetivo era apenas fazer o primeiro semestre e no próximo ano cursar o PEFOPEX.
Confesso que ao tomar conhecimento que não teria como professores os “famosos
doutores” da Unicamp e sentir o preconceito que nós do Proesf sofremos por parte dos alunos
da Faculdade de Educação fiquei decepcionada. Apesar de tudo, resolvi permanecer no curso
e buscar teorias que transformassem minha prática.
O contato com os “alunos professores” com realidades tão distintas da que eu vivia fez
com que eu olhasse para minha postura de professor com outros olhos.
No início me sentia a “pior” professora do mundo, tudo o que eu fazia parecia estar
errado. Minha vontade era de esquecer tudo o que eu sabia e começar tudo de novo, mas com
o tempo fui compreendendo que teria que adaptar o que estava aprendendo com a minha
realidade e que as transformações não acontecem de um dia para o outro.
Desperteime para a importância da pesquisa teórica para a sustentação da prática e a
reflexão. Como diz Freire(1996 p. 24)“a reflexão crítica sobre a prática se torna uma
exigência da relação Teoria/ Prática sem a qual a teoria pode ir virando blá blá blá e a prática,
ativismo”.
É pensando criticamente na prática que temos hoje, ou que tivemos ontem, que
podemos melhorar a próxima prática.
Para que o professor tenha uma visão crítica de sua prática é preciso que ele busque
novos conhecimentos, para ter segurança o suficiente para construir e reconstruir com seus
colegas e com seus alunos o currículo escolar.
A busca constante do conhecimento pelo professor lhe traz benefícios de crescimento
profissional e para o desenvolvimento das instituições escolares.
9 Programa Especial de Formação de Professores em Exercício
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Creio, portanto, que o professor não se faz apenas de formação teórica; se o mesmo
não tiver compromisso com o seu trabalho, tudo o que aprendeu não contribuirá para a
transformação da sua prática.
Nas palavras de Alves (1990, p.13) o verdadeiro educador é comprometido com seu
aluno uma vez que
“...os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma fase , um nome, uma
“estória”a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga
aos alunos, sendo que cada aluno é uma “entidade” si generais, portador de um
nome, também de uma estória”, sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a
educação é algo pra acontecer neste espaço invisível e denso , que se estabelece a
dois. Espaço artesanal”.
Em muitos momentos da faculdade me deparei com questões que até hoje não tenho
respostas, questões que me fizeram sentir fraca e incompetente diante da realidade. Muitas
vezes tentei fazer algo de melhor para o meu aluno, mas que não depende só de mim, nem só
da minha diretora ou coordenadora, é muito além de nós, então me vejo “nadando contra a
maré”, tentado salvar meu aluno do sistema educacional que está ali, pronto para “devorálo”.
Mesmo tentando muitas vezes, não consigo o resultado que pretendo. Essa dúvida levo
comigo, mas levo também a certeza da importância da formação voltada para a reflexão
crítica da prática do professor, hoje creio que uma não se faz sem a outra.
Em meio a tantas dificuldades que encontro ao longo da caminhada, a paixão que
tenho por ensinar não se mantém
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