Metodologia Científica
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IBEP-INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
ANTONIO MARCOS DE ALMEIDA ANCIÃES
MARCELO FARIA DOS SANTOS
UDERVAN LUCAS WANDERMUR
VICENTE CHAVES ALONSO
METODOLOGIA CIÊNTIFICA
Nova Iguaçu
2013
AntonioMarcos Almeida Anciães
Marcelo Faria dos Santos
Udervan Lucas Wandermur
Vicente Chaves Alonso
Metodologia Acadêmica
Trabalho de Metodologia Acadêmica apresentado como requisito parcial para obtenção do Título de Mestrado em Ciências da Educação do Instituto Brasileiro de Educação Profissional
Orientador:Prof.º Walnei de Oliveira Assis
Nova Iguaçu
2013
RESUMO
O presente trabalho trata de apresentar um projeto de dissertação sem uma expectativa, dentro da disciplina de metodologia acadêmica, não objetivando uma conclusão preliminar para o tema, mas da uma mostra de como se revisa uma dissertação de metrado.Sendo que, além da dissertação em si, este trabalho aprofunda-se na questão do fichamento e sua utilização, finalidade e o modo ao qual se apresenta, concluindo esta apresentação de trabalho acadêmico.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5
2CONHECIMENTO CIENTÍFICO.................. .............................................. 6
3CONHECIMENTO FILOSOFICO...................................................... 7
4CONHECIMENTO EMPÍRICO/HIPÓTESE................................. 8
5JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 9
6MÉTODO E METODOLOGIA............................................................ 10
7PROBLEMÁTICA ............................................................................... 12
8RESENHA .....................................................................................................13
9FICHAMENTO.............................................................................................15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 19
1 INTRODUÇÃO
Os trabalhos acadêmicos são fundamentais para o desenvolvimento do estudo cientifico, contribuindo para progresso acadêmico um modo à ser valorizado e aproveitado por todos envolvidos no meio acadêmico.
Esse trabalho visa ser um exemplo de como revisar um projeto de dissertação para a disciplina de metodologia acadêmica, não sendo uma dissertação com um tema específico, mas um modelo que possa servir de base para outros projetos acadêmicos na área da educação.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
O Conhecimento científico constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de idéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo e, por este motivo, é aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente. O conhecimento é fluente.
“A investigação científica se inicia quando se descobre que, os conhecimentos existentes, originários quer das crenças do senso comum, das religiões ou da mitologia, quer das teorias filosóficas ou científicas, são insuficientes e imponentes para explicar os problemas e as dúvidas que surgem". (Lakatos, 1991).
Nesse sentido, iniciar uma investigação científica é reconhecer a crise de um conhecimento já existente e tentar modificá-lo, ampliá-lo ou substituí-lo, criando um novo que responda à pergunta existente.
Dentro de sua área de interesse o que já está estabelecido e quais as lacunas que existem? Quais os problemas encontrados na prática? Práticas simples cotidianas podem ser repensadas.
E se reconhecermos a “crise” sobre o conhecimento já existente, iniciamos uma investigação científica tentando modificá-lo, ampliá-lo ou substituí-lo, criando um novo que responda à pergunta existente.
O que distingue o conhecimento científico dos outros, principalmente do senso comum, não é o assunto, o tema ou o problema. O que distingue é a forma especial que adota para investigar os problemas. Ambos podem ter o mesmo objeto de conhecimento. A atitude, a postura científica consiste em não dogmatizar os resultados das pesquisas, mas tratá-los como eternas hipóteses que necessitam de constante investigação e revisão crítica intersubjetiva é que torna um conhecimento objetivo e científico.
Ter espírito científico é estar exercendo esta constante crítica e criatividade em busca permanente da verdade, propondo novas e audaciosas hipóteses e teorias e expondo-as à critica intersubjetiva. O oposto ao espírito científico é o dogmático, que impede a crítica por se julgar auto-suficiente e clarividente na sua compreensão da realidade. O conhecimento científico é construído através de procedimentos que denotem atitude científica, por proporcionar condições de experimentação de suas hipóteses de forma sistemática, controlada e objetiva e ser exposto à crítica intersubjetiva, oferecendo maior segurança e confiabilidade nos seus resultados e maior consciência dos limites de validade de suas teorias.
Conhecimento Filosófico
Etimologicamente, a palavra filosofia é grega. É composta por duas outras palavras: philo (derivada de philia: amizade, amor fraterno e respeito entre os iguais) e de sophia (sabedoria, de onde vem à palavra sophos, sábio). Segundo Chauí (1995, p. 19), Filosofia significa amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber.
O conhecimento filosófico trabalha com ideias, relações conceptuais coerentes não redutíveis a realidades materiais. Procura compreender a realidade em seu contexto universal. Propõe fornecer conteúdos reflexivos e lógicos de mudança e transformação da realidade. Indaga sobre o homem e as coisas da vida. É um conhecimentoracional, sistemático, geral e crítico.
Conhecimento Empírico
Popular ou vulgar é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres humanos, as informações são assimiladas por tradição, experiências causais, ingênuas, é caracterizado pela aceitação passiva, sendo mais sujeito ao erro nas deduções e prognósticos. “é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado, sem aplicação de método e sem se haver refletido sobre algo”(Babini, 1957:21).O homem, ciente de suas ações e do seu contexto, apropria-se de experiências próprias e alheias acumuladas no decorrer do tempo, obtendo conclusões sobre a “ razão de ser das coisas”. É, portanto superficial, sensitivo, subjetivo, Assis temático e acrítico.
Hipótese
Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-solução para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada.
Exemplo: (em relação ao Problema definido acima)
Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as mulheres dos processos decisórios.
Uma hipótese é uma formulação provisória, com intenções de ser posteriormente demonstrada ou verificada, constituindo uma suposição admissível.
É a evolução da intuição à teorização e da teoria que levará à prática, a testar as hipóteses firmadas pelo raciocínio dedutivo implícito à teorização, com freqüência, e por motivos vários, que segue por vias aparentemente obscuras.
As hipóteses primeiras nem sempre são definitivas e estas, quando firmadas, nem sempre são as ideais, ainda que satisfaçam condições momentâneas.
Em outro sentido mais específico, a hipótese pode ser considerada como um instrumento de pesquisa que medeia a teoria e a metodologia. Formulada a partir de uma determinada ambiência teórica e diante de um problema científico a ser resolvido, a hipótese implica a necessidade de demonstração a partir da metodologia e da pesquisa. Deve-se ter em vista, contudo, que, neste sentido metodológico mais restrito, a hipótese é apenas uma formulação provisória, destinada a colocar a pesquisa em andamento. No decorrer do processo de pesquisa ela pode ser confirmada ou não, o que não desqualifica o papel que terá exercido para impulsionar a pesquisa para frente. Em verdade, frente à definição moderna de ciência, todas as ideias científicas encontram-se em perpétuo teste. Neste contexto, é certo dizer que as ideias científicas, independente do título honorífico que recebam em virtude da generalidade ou grau de corroboração - conjectura, postulado (axioma) ou lei - são e serão sempre hipóteses. As hipóteses e os fatos são parcelas inerentes e indispensáveis à teoria.
Justificativa
A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador e a Hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, de ser comprovada.
Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.
O objeto da justificação
Muitas coisas podem ser justificadas. Opiniões, ações, emoções, reivindicações, leis, teorias e assim por diante. A epistemologia foca nas crenças. Em parte isso é por causa da influência do Teeteto de Platão, onde o conhecimento é explicado como crença verdadeira justificada. O foco da epistemologia costuma ser as frases e proposições.
Justificação é uma atividade normativa
Uma maneira de explicar a justificação é: crença justificada é aquela que nós temos o direito epistêmico.
Justificadores
Se uma crença é justificada, há algo que a justifica. A coisa que justifica uma crença pode ser chamada seu justificador. Se uma crença for justificada, então tem ao menos um justificador. Um exemplo de um justificador seria alguma evidência que o sujeito deveria aceitar
Método e Metodologia
“Caminho pelo qual se chega a determinado resultado...”
É fator de segurança.
“Seleção de técnicas para uma ação científica...”
“Forma de proceder ao longo de um caminho”
Enfatiza as regras e organiza a atividade científica.
“Ordem de processos para se atingir um fim...”
“Conjunto de procedimentos racionais ou práticas racionais que orientam o pensamento na busca de conhecimentos válidos...”
“Conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade...”
Destacam que sem ordem não se chega à verdade dos fatos, mas
só a ordem não basta. A ordem tem lógica, portanto é mental e é
processual, isto é envolve modo de pensar, o raciocínio (é consciente)
Método e MetodologiaConceitos de método e seus princípios
“Procedimento regular, explícito e passível de ser repetido para se conseguir algo.”
Introduz a noção de repetições
“Conjunto de procedimentos pelos quais
a) se propõe problemas científicos e
b) colocam-se à prova as hipóteses científicas.”
Facilita a apresentação (formulação) de problemas e demonstração explicativa.
“Ajuda a compreender não apenas os resultados, mas também o processo da própria pesquisa”
Deve ser passível de reprodução por outrem, permitindo assim entender o caminho.
Métodos de Raciocínio oude abordagem:
1 –Método indutivo
2 –Método dedutivo
3 –Método hipotético-dedutivo
4 –Método dialético
5 –Método estruturalista (sistêmico)
Métodos de investigação oude procedimento:
1 –Método histórico
2 –Método comparativo
3 –Método monográfico
4 –Método estatístico
5 –Método tipológico
6 –Método funcionalista
7 –Método estruturalista
Método e MetodologiaParadigmas derivados dos métodos
•Positivismo (método indutivo)
•Neopositivista(método indutivo)
•Funcionalista (método dedutivo)
•Materialismo histórico (método dialético)
•Estruturalismo (método sistêmico)
Problemática
O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar um Problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta. Particularmente, prefiro que o Problema seja descrito como uma afirmação.
Exemplo:
Tema: A educação da mulher: a perpetuação da injustiça Problema: A mulher é tratada com submissão pela sociedade.
Resenha
A resenha é uma abordagem que se propõe a construção de relações entre as propriedades de um objeto analisado, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados relevantes sobre ele. No jornalismo, é utilizado como forma de prestação de serviço. Pode ser texto de origem opinativa e, portanto, reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o valor do que é analisado.
O objeto resenhado pode ser de qualquer natureza: um romance, um filme, um álbum, uma peça de teatro ou mesmo um jogo de futebol. Uma resenha pode ser "descritiva" e/ou "crítica".
Resenha é um texto que serve para apresentar outro (texto-base), desconhecido do leitor. Para bem apresentá-lo, é necessário além de dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de informações sobre o trabalho: fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente quanto ao grau de interesse do texto-base. Mas é bom lembrar que resenha não é um mero resumo, é mais que isso, deve apresentar mais informações e criar o interesse do leitor.
Quando se trata de resenha científica, ou trabalho acadêmico de divulgação, apresenta síntese e crítica sobre trabalho científico mais longo. Pode ser elaborado com base em leitura motivada por interesse próprio ou sob demanda editorial. Visa geralmente à publicação em periódico técnico ou mesmo visando divulgação de conhecimento ao grande público pela veiculação em mídia ampla. Nesses casos a resenha é, geralmente, feita por um cientista da mesma área de conhecimento do texto-base.
Fichamento
E´o ato de registrar os estudos de texto, livro ou trabalho. Este trabalho possibilita ao estudante na facilidade na execução de trabalhos acadêmicos. De acordo com diversosautores o fichamento deve ter a seguinte estrutura: cabeçalho indicando o assunto e a referência da obra, autoria, título, o local de publicação, a editora e o ano da publicação. Existem três tipos de básicos de fichamento : O fichamento bibliográfico, o fichamento de resumo ou conteúdo e o fichamento de citações .
Modelo de fichamento bibliográfico
É uma descrição com comentários dos tópicos abordados em uma determinadaobra, ou uma obra inteira ou parte dela.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: brasiliense, 1993.
A obra insere-se no campo da história e da antropologia social. A autora utiliza-se de fontes secundárias colhidas por meio de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir do ano de 1500. A autora descreve em linhas gerais todo s processo de lutas e conquistas da mulher.
Modelo de fichamento de resumo ou conteúdo
O aluno elabora com suas próprias palavras a interpretação do que foi dito e as principais ideias contidas na obra.
Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132) segundo capítulo.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: brasiliense, 1993.
O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na própria vivência nos movimentos feministas, como relato de uma prática.
A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia (1500 – 1822), até os anos de 1975 em que foi considerado o Ano Internacional da Mulher.
A autora trabalha ainda assuntos como mulheres da periferia de São Paulo, a luta por creches, violência, participação em greves, saúde e sexualidade.
Modelo de fichamento de citações
Conforme a ABNT (2002a), a transcrição textual é chamada de citação direta, ou seja, é a reprodução fiel das frases que se pretende usar como citação na redação do trabalho.
Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132). Segundo capítulo.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: brasiliense, 1993.
“uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da mulher e a instauração da República” (p.30)
“na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a defesa de honra” (p. 132)
“a mulher buscou com todas forças sua conquista no mundo totalmente masculino” (p.43)
ReferenciasBibliográficas:
( Texto baseado em Lakatos, Eva M. e Marconi, Marina A., "Metodologia Científica", Editora Atlas S.A., São Paulo SP. 1991)
DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.6 n.5 out/05
Ciênc. saúde coletiva vol.12 no.2 Rio de Janeiro Mar/Apr 2007
A associação entre teoria e o conceito de "ideia" faz-se em senso comum, não no âmbito científico.
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