Microeconomia: Formação De Preços
Monografias: Microeconomia: Formação De Preços. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: zeguilherme • 20/8/2013 • 2.175 Palavras (9 Páginas) • 901 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
1.1 OS EFEITOS DAS LEIS DE OFERTA E DEMANDA E DA ESCASSEZ NA FORMAÇÃO DOS PREÇOS
Vivemos numa sociedade de economia de mercado, ou seja, capitalista. Essa é uma situação irreversível. Desta forma, dentro desta sociedade, a partir do instante que nascemos passamos a ser consumistas por obrigação ou por necessidade. Estamos sujeitos e, muitas das vezes, obrigados a comprar e/ou vender produtos de bens primários, como alimentos e roupas, bens secundários, que já são os produtos e materiais que passarão por transformações industriais para se transformar em um produto final, por exemplo, chapas de aço para fabricar um carro, e, por fim, os bens terciários que, resumidamente falando, é o comércio e os serviços que ele nos oferece.
Pagamos impostos, investimos em bens duráveis, como máquinas e bens semiduráveis, pagamos contas de serviços e taxas por bens públicos.Tudo isso tem seu devido custo e valor que, constantemente, sofre alterações. Esses reajustes que oneram o contribuinte nada mais é que o repasse do custo de produção e impostos mais a margem de lucro que os produtores e comerciantes cobram do consumidor. Porém, como se formam os preços dos produtos e serviços que utilizamos?
Por que eles sobem ou diminuem de valor em determinados períodos?
Como os investimentos interferem na produção e formação de preços?
São dúvidas cotidianas e comuns à maioria dos cidadãos, contudo, simples de serem compreendidas, conforme tende a mostrar este estudo. É um estudo que visa demonstrar o quão relevante a lei de oferta e procura, bem como a lei de escassez, são na formulação de preços e custos de serviços, mercadorias e os demais bens de consumo, duráveis, semi duráveis e os de capitais, além de todas outras situações envolvidas no mercado financeiro.
Sendo assim inúmeras questões sobre economia, constantemente depara-se com a lei mais famosa do mercado capitalista: A lei da oferta e demanda.
Um exemplo da existência dessa lei na formação de preços é no caso do óleo de soja.
Caso esteja no período de estiagem, com chuvas escassas, o que resultaria na baixa produção da oleaginosa, certamente esta sofreria um drástico aumento de preço, como de praxe ocorre. Está implícita aí baixa oferta em relação a grande demanda pelo produto. Neste caso, ocorrem os aumentos sazonais, o que implica em inflação da commodity. Uma vez que teve ajuste de preço no setor de bens primário este custo, certamente, será repassado às demais cadeias da produção. Portanto, sobe o preço da soja, o setor secundário pagará mais caro na saca para processá-la transformando-a em óleo, e, no último estágio, no setor terciário, esse aumento chegará ao bolso do consumidor. Portanto, a formação de preço neste caso sofre influência, não só da lei de oferta e procura como da lei de escassez.
Outro exemplo da aplicação dessas fundamentais leis de mercado na formação de outros preços ocorre no caso do pão francês. Baixa produção de trigo, que é a matéria prima da farinha, aumenta-se os custos de toda a cadeia de produção, e, no final do processo, chega ao consumidor este repasse.
Os combustíveis, também, é um bom exemplo para se entender a formação de preços pela lei da oferta e procura.
O valor do combustível na bomba traduz os custos de extração do petróleo, seu processamento para refiná-lo, a logística e armazenamento, o custo da distribuidora, a margem de lucro e os impostos inseridos em toda a cadeia produtiva e distributiva. Portanto, caso aconteça um grande acidente com uma petroleira ou, iminência de conflitos em países produtores de petróleo ou, alterações tributárias, acarretará um sobressalto nos preços da commodity de maneira que, no final desse processo, o consumidor pagará mais caro pela gasolina, óleo diesel, gás, entre outros derivados do petróleo.
As commodities agrícolas como milho, cana de açúcar, outros produtos agrícolas como o arroz, feijão, entre outros, sofrem a influência da lei de oferta e procura e a lei de escassez, sendo que, no caso do milho, é um produto que interfere em duas vertentes no mercado. Na alimentação e nos combustíveis.
Isso ocorre devido o milho ser, além de um produto que origina uma enorme variedadede comida, uma fonte de energia limpa, que é o álcool. Os Estados Unidos por serem os maiores produtores de milho são um dos principais atores na formação de preço deste produto. Portanto, quando sua safra vai mal, baixando a oferta deste item, os seus custos no Brasil, e em todo o mundo, se alteram substancialmente.
No caso do Brasil, que tem como fonte de álcool e açúcar a cana de açúcar, depende de uma boa safra deste produtosob pena de aumento escalonado à medida que o item se torna escasso no mercado.
Outro elemento que incrementa o preço de itens como a cana de açúcar é a sazonalidade. Esse é um motivo pelo qual o álcool fica mais caro quando os estoques estão baixos. Até o período de moenda os custos ficam pressionados e se arrefecem a partir do instante que o produto volta a ser ofertado com normalidade no mercado.
A sazonalidade se faz presente em itens como material escolar, cujos preços são pressionados no início do ano, com bacalhau na época da Páscoa, peru no Natal, hotéis na praia em época de férias, entre tantas outras mercadorias e serviços.
O câmbio é também um item muito relevante na formação de preços. A cotação das diversas commodities, a matéria prima, é por meio de bolsas e amoeda de negociação é o dólar. Logo os custos dessas matérias em todos os países são balizados conforme o valor da cotação. Portanto, os países, como o Brasil, estão sucintos ao humor do dólar. Sendo assim, quando, por qualquer motivo, o dólar se altera, certamente, o custo do pão, que depende do trigo, cuja boa parte da produção é importada, sofre a pressão inflacionária.O mesmo ocorre com o aço. Se a cotação do minério de ferro oscilar, o seu custo também se altera.
Boa parte da formação dos custos das mercadorias, serviços, bens duráveis e bens de capital seguem no ritmo do aquecimento da economia mundial ou local. Quando uma economia está pujante, os custos de mão de obra, produtos e de bens terciários acompanha esse crescimento. Desta forma, se, por exemplo, o ramo da construção civil estiver em forte expansão, seguramente, os serviços de pedreiro, engenheiro, arquiteto, dentre tantos outros profissionais envolvidos nessa área, tende a se valorizar. É mais um típico
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