Ministério da Defesa Brasil-Russo
Tese: Ministério da Defesa Brasil-Russo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kalitalima • 8/5/2014 • Tese • 1.257 Palavras (6 Páginas) • 282 Visualizações
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Sex, 06 de Maio de 2011 17:59
Parada desde 2006, principalmente em função do motivo da doença do então Vice-Presidente José Alencar, a CAN Brasil-Rússia será antecedida em um dia (16 de maio) pela reunião abreviada da Comissão Intergovernamental de Cooperação (CIC) Brasil-Rússia, co-presidida pelo Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, Andrei Denissov, e pelo Secretário-Geral do Itamaraty, Embaixador Ruy Nogueira. Nesta, temas diversos da cooperação bilateral estarão em pauta, nos segmentos econômico-comercial, científico-tecnológico, agropecuário, no uso do espaço com fins pacíficos, militar, e nas esferas da cultura, da educação e do esporte.
Nos encontros deverão ser discutidas ações necessárias à formação de empresas mistas, com o apoio de órgãos de fomento, como o BNDES e Vnesheconombank, as possibilidades de aplicação de um mecanismo de pagamentos a serem efetuados nas divisas nacionais do comércio bilateral, a formação do primeiro banco russo-brasileiro de suporte às operações comerciais, a redução das restrições fito-sanitárias às exportações brasileiras de carnes, entre outros temas multilaterais, como o apoio da Rússia ao pleito do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, segurança e estabilidade estratégica, a interação entre os dois países no âmbito do desenvolvimento sustentável e da geração conjunta de biotecnologias, entre outros temas de interesse estratégico.
2. Moscou impõe novas restrições a frigoríficos brasileiros
A Rússia, principal mercado para as carnes do Brasil, impôs restrições temporárias às importações de produtos de estabelecimentos brasileiros após uma inspeção de duas semanas a 29 plantas nacionais de carnes bovina, suína, avícola e produtos industrializados, finalizada no dia 18 de abril.
O Rosselkhoznadzor, agência russa de saúde animal e vegetal, manteve restrições às importações de produtos de 13 plantas de carnes brasileiras que já estavam sob embargo e que buscavam voltar a exportar. A missão de veterinários visitou ainda oito plantas pela primeira vez, que também não foram habilitadas.
Além disso, a missão teria descredenciado quatro fábricas de processados da Brasil Foods. Os russos mantiveram a habilitação de quatro unidades restantes que já estavam autorizadas a exportar, mas solicitaram "informações adicionais" das empresas e do governo.
Em comunicado em seu site, com um tom duro e críticas ao Ministério da Agricultura brasileiro, o Rosselkhoznadzor diz ter proposto a restrição temporária das exportações de produtos de todas as unidades visitadas. A razão, segundo o órgão, é que os estabelecimentos não atendem às exigências da legislação sobre segurança dos alimentos da Rússia, Belarus e Cazaquistão, que formam uma união aduaneira e são clientes do Brasil.
Segundo o órgão, a inspeção demonstrou uma piora nos últimos anos no sistema que assegura a conformidade dos produtos de carne do Brasil às normas de segurança previstas pela legislação russa. A inspeção mostrou ainda, diz a agência, que não são feitos os volumes necessário de análises de matérias-primas e produtos finais para verificar a conformidade com as normas e exigências russas. Além disso, a missão viu deficiências sistêmicas no trabalho do serviço veterinário brasileiro, especialmente no atual programa nacional e no dos estabelecimentos.
De acordo com os russos, análises laboratoriais de amostras de produtos do Brasil indicaram contaminação com listeria, salmonella, bactérias do grupo e-coli, além de resíduos de antibióticos, como tetraciclinas. A missão também colocou em dúvida a eficácia dos controles veterinários e sanitários nos estabelecimentos de carnes.
O vice-presidente de assuntos corporativos da Brasil Foods, Wilson Mello, confirmou que a empresa teve plantas embargadas, mas disse não ter informações sobre número e local das unidades. Segundo ele, foram descredenciadas plantas de processados e de produtos in natura. "Como temos 13 plantas habilitadas a vender à Rússia, vamos atender [a demanda russa] com unidades que continuam credenciadas", disse, reiterando que a companhia está preocupada com a medida russa.
Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs (reúne exportadores de suínos) disse estar em entendimentos com autoridades brasileiras do Ministério da Agricultura para a solução do problema. A Rússia é o principal comprador de carne suína do Brasil.
Antônio Camardelli, da Abiec (exportadores de carne bovina) disse que o relatório dos russos não tem "informações peremptórias" sobre frigoríficos de carne bovina. A missão visitou dez estabelecimentos de carne bovina.
O governo brasileiro vai tentar reverter o embargo russo e avançar na habilitação de mais frigoríficos. Para isso, fará reuniões com o serviço veterinário russo em Moscou. Uma missão brasileira deve ir à Rússia em maio, aproveitando a visita do vice-presidente Michel Temer no país, que participará de reuniões com o premiê russo Vladimir Putin.
Não
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