Modelagem Em Educação Matematica

MODELAGEM EM SALA DE AULA

A Modelagem, na aprendizagem deve ocupar um lugar maior do que apenas um viés sedutor, não ser apenas uma motivação lúdica. Não deve ser aplicada apenas quando algo não vai bem em sala de aula. Muito além de ensinar algo, a Modelagem proporciona um sujeito mais crítico aos resultados obtidos em alguma problematização.

Algo de novo pode (e deve) ser feito, como conceitos que podem ser novos ou também “velhos”. Deve ser trabalhado com os estudantes a recuperação de conceitos já conhecidos, criticar seus usos, as estratégias, resultados e a precisão. Nesse caso a resposta errada é vista como um resultado testado, rejeitado e que pode indicar novos caminhos e estratégias. “Erros assim levam, muitas vezes, a uma nova compreensão do problema original”.

Citando Renato Teixeira, que canta o sabor da “água nova que se bebe nas velhas fontes”: conceitos matemáticos podem ser totalmente novos, e pode ser total novidade sua presença em aspectos da vida de alunos e de comunidades, pode ser nova a maneira de abordar o problema, mas ainda é a velha prática de usar o que se aprende.

Em todo esse processo a postura do aluno também deve mudar. O emudecimento dos alunos depõe contra o trabalho com Modelagem. A preocupação maior é com a nota, com o “agradar” ao professor. Aprenderam desde sempre que que devem apresentar respostas aos problemas dados e devem usar a matemática para resolvê-los, sem questionar, sem pensar muito no porquê estão fazendo aquilo. O desafio aqui é quebrar esse paradigma.

Hermínio (2009) destaca que que nas atividades de modelagem os alunos são os atores principais. O professor como orientador faz com que a ênfase esteja na relação do aluno com o conhecimento. Já os PCN’s destacam a formação de um aluno crítico, reflexivo e capaz de resolver problemas, reforçam que o ensino da Matemática deve estar a favor do exercício da cidadania. E como alcançar esses objetivos? A Modelagem é o caminho, mas para isso os professores devem levá-la para sala de aula.

Evidentemente para que os professores levem a Modelagem para sala de aula, eles devem estra preparados. Para isso deve-se redimensionar os cursos de Matemática na formação de professores mais qualificados. Formar professores que levem em conta o ritmo e a diversidade da sociedade. Segundo Authier; Lévy (1993) é preciso “ampliar o seu campo de ação e redimensionar o seu trabalho e de outros espaços do saber”.

Os professores devem ser preparados para que eles, junto com seus alunos, atuem como pesquisadores de sua vivência cotidiana. A curiosidade e o desafio servirão de motivação para sua formação, por isso, é necessário mudar a dinâmica das salas de aula dos cursos de Licenciatura em Matemática.

Na perspectiva da Modelagem, faz-se necessária uma formação em que o foco central seja fazer com que o futuro professor perceba que as regras e convenções estabelecidas daquilo que denominamos de “Matemática” ganhe significado nas aplicações que fazemos delas com contexto em que tais regras estão sendo aplicadas, e não somente na transmissão de conteúdos já sedimentados.

Um professor preparado, é aquele que participará junto com seus alunos na “elaboração de situações para as consequentes soluções, ou para