Modelos humanos e teoria da gestão
Tese: Modelos humanos e teoria da gestão. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: rdgnc • 30/10/2014 • Tese • 352 Palavras (2 Páginas) • 427 Visualizações
Modelos de Homem e Teoria Administrativa
Entre o final do século 19 e o presente, aconteceu uma dramática mudança de orientação nos estudos sobre organização e trabalho. Hoje tornou-se lugar comum afirmar que há uma atmosfera de crise a envolver as organizações contemporâneas, e esta se reflete na teoria que se formula sobre elas.
Neste artigo, tento reavaliar a evolução da teoria administrativa, usando os modelos de homem como seu ponto de referência, a saber: o homem operacional, o homem reativo e o homem parentético.
Na teoria administrativa, o homem operacional equivale ao homo economicus, usado na economia clássica. O modelo de homem desenvolvido pelos humanistas pode ser chamado de “homem reativo”. O resultado final da utilização maciça de “relações humanas” era a inserção total do indivíduo na organização. W. H. Whyte Jr. denominou de “homem organizacional” (WHYTE Jr., 1957).
Acredito que o modelo de homem parentético pode dar á teoria administrativa a sofisticação conceitual que se faz necessária para enfrentar as questões e os problemas que causam tensões entre a racionalidade noética e a racionalidade funcional.
Surgimento do homem parentético
Ele possui uma consciência crítica atualmente desenvolvida sobre as premissas de valor latentemente presentes em seu dia-a-dia. O homem parentético é um reflexo das novas circunstancias sociais. Assim, a atitude parentética é definida como a capacidade psicológica do indivíduo de separar-se de suas circunstancias internas e externas.
O problema básico do passado era superar a escassez de bens materiais e de serviços elementares. Cada vez mais pessoas tomam consciência de que a eliminação do esforço desnecessário é hoje uma possibilidade factível, o que condiciona suas atitudes, diante do trabalho e da organização.
Embora as implicações deste modelo para o design organizacional extrapolem os objetivos deste artigo, importa destacar que está surgindo uma abordagem parentética para o design organizacional. É o que certamente está implícito nas tentativas de projetar organizações não hierárquicas e orientadas para o cliente (ver BENNIS, 1966; e WHITE Jr., 1969) e de novo critérios de qualidade de vida. Em sua longa historia, a organização tradicional está chegando agora a seu momento da verdade. Precisamos de nada menos que uma crítica radical da razão organizacional.
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