Montenegro Cap 1
Artigo: Montenegro Cap 1. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ecoronel • 15/6/2013 • 1.682 Palavras (7 Páginas) • 412 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL
André Hiroshi Nishida Torres
Luiz Roberto Thomé
Montenegro
Trabalho entregue ao Professor AdalbertoFebelianocomo exigência de avaliação.
São Paulo
2013
Capitulo 1
A Revolução Triunfou.
Agora quem manda no céu são os tenentes.
Desde 1889 com a proclamação da República, o Brasil tinha um sistema eleitoral falho, na “República Velha” a qual iremos nos referir adiante, foi controlada por coronéis e as Oligarquias (Grupos ou Famílias que usavam o poder político para seus interesses e benefícios).
Nessa República já eram definidos mesmo antes da eleição quem assumiria o cargo, conhecida como a “política do Café com Leite” era dominada pelos dois estados mais ricos, São Paulo e Minas Gerais, que se revezavam na Presidência da República.
Esse sistema político acabaria com a candidatura de Getúlio e a força organizada dos tenentes e seus ideais, obtinham a fama de perigosos revolucionários, oque fez a escola de Aviação Militar ficar sob-redobrada vigilância.
Montenegro envolvido na trama que levaria Getúlio Vargas ao Palácio do Catete passou a ser elemento de ligação entre a Escola de Aviação Militar e os líderes do movimento Tenentista.
A revolução começara em Porto Alegre, e além dos militares, mais de 50 mil voluntários civis tinham se alistado, no dia seguinte quatro colunas seguiriam ao Rio de Janeiro em comboios ferroviários, enquanto isso a Paraíba em armas apoiava os gaúchos.
Com a escola sob rigorosa prontidão, ninguém mais voltou para casa, feitas varias reuniões ficou acertado que na manhã do dia 07 de outubro, os revolucionários da escola declarariam rebelados, prenderiam os oficiais legalistas e voariam para Minas Gerais em Belo Horizonte e Juiz de Fora onde havia resistência armada à Revolução.
No dia anterior do plano, no dia 06, Montenegro descobrira ao ler escrito à mão, com a letra do Coronel Pederneiras seu nome com a missão de bombardeio.
Surpreso, comunicou seu companheiro de conspiração, o tenente José Lemos Cunha, que se dirigiu a um dos hangares, e Montenegro caminhou até a sala do comandante e explicou:
“Não posso concordar com esses bombardeios que vêm sendo efetuados às cidades indefesas por oficiais servis e inconscientes.” - Bateu continência e saiu para a pista.
Sem que ninguém percebesse, Montenegro saltou para dentro da cabine e quando menos esperava o Potez taxiou pela pista e decolou sem autorização, quase colidindo com um avião que pousava. Sentado de costas para o piloto, já havia se instalado o tenente Lemos Cunha. Logo atrás deles decolou um CurtissFlegling, em seguida quase em fila, e todos sem autorização, levantaram voo dois Wacco, outro Potez e mais um CurtissFlegling.
Ao todo eram dez pilotos e mecânicos que não esperaram a posição oficial da Escola de aviação e partiram para vários pontos do país.
Chegando a Belo Horizonte, o 12º Regimento de infantaria, resistia de armas na mão mesmo cercado pelas tropas Getulistas e sabendo que poderia acontecer um massacre iminente, seus oficiais e soldados continuavam afirmando que não se renderiam.
Sobre o Doze, Montenegro e Cunha efetuaram o primeiro rasante esvaziando no ar dois sacos de aniagem que traziam sob os pés, entupidos de panfletos.
Que dizia:
Aos soldados do 12º Regimento de Infantaria. Estamos preparados para fazer um bombardeamento aéreo desse quartel. Se a rendição não se fizer sem demora, fá-lo-emos. Se içarem bandeira branca e se entregarem, não sofreram represálias. Se continuarem a resistir, teremos de ser impiedosos.
Coronel Aristarcho Pessoa
Mais um mergulho e outro rasante e mais dois pacotes de panfletos atirados sobre o quartel, enviada pela tenentada do Campo dos Afonsos:
Bravos camaradas!
Já mostramos que vos podemos destruir! É inútil vosso sacrifício! A Revolução está vitoriosa em todo o país! Rendei-vos!
A Aviação Militar
Antes de pousar Lemos Cunha avisou Montenegro de um suposto avião inimigo, Montenegro preferiu não abater com a dúvida que poderia também ser um revolucionário. Ao pousar a aeronave abriu fogo e Montenegro deu ordem para que atirasse no motor, com o radiador perfurado o avião caíra quilômetros adiante, seus dois tripulantes foram presos.
Levados como heróis em caravana pelas ruas da cidade e instalados no Brasil Palace, não imaginavam que só voltariam para casa após um mês, com o presidente Washington Luis preso no forte de Copacabana e a vitória da Revolução Consolidada.
No começo de novembro, com Getulio já instalado no Palácio do Catete, a tenentada da Escola de Aviação se reuniu lá mesmo, em Juiz de Fora sob controle revolucionário, para decidir o que fazer dali para frente.
Coronel Aristarcho resumiu em poucas palavras o que ele e seus amigos tinham a dizer:
“O que desejamos é um Brasil novo dirigido por uma mentalidade que coloque os interesses da pátria acima de interesses pessoais. Assim, para retornarmos ao campo dos Afonsos exigimos a demissão imediata do General Álvaro Mariante da direção da Aviação Militar.”
Uma semana depois o diário Oficial Ato do presidente da República afastando Mariante da Diretoria da Aviação Militar. Também nos campo dos Afonsos os tenentes tinham chegado ao poder.
Capítulo 2
O Frankenstein pousa na grama do Jockey:
Acaba de nascer o Correio Aéreo Nacional.
Vitoriosa a Revolução e pacificado o país, Montenegro pôde voltar a se dedicar à sua verdadeira paixão, a aviação.
Inspirado nos grandes nomes da
...