Mov. De Reconc. Do Serviço Social
Monografias: Mov. De Reconc. Do Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Elifacu • 29/9/2014 • 2.303 Palavras (10 Páginas) • 203 Visualizações
INTRODUÇÃO
O Serviço Social surge na emergência da Questão Social do conjunto das expressões das desigualdades sociais, econômica e cultura, resultantes das relações estabelecidas na sociedade e provenientes da relação capital/trabalho.
O Serviço Social tem suas origens dentro da igreja católica, deixa de ser então caritativo e buscando inovações e metodologias, surgindo assim escolas de nível superior para formação dos assistentes sociais e uma nova perspectiva com o movimento de reconceituação do Serviço Social e elaboração de importantes documentos como de Araxá. Teresópolis e Sumaré.
Os referidos tópicos pretende expor fatos e marcos importantes da História do Serviço Social através de levantamentos e pesquisas pelos textos sugeridos nesta ATPS.
HISTORIA DO SERVIÇO SOCIAL
O Serviço Social teve suas origens dentro da Igreja Católica e visava preparar a grande massa operária para a o capitalismo industrial, período este chamado de “Conservador”, nasce no Brasil na terceira década do século XX, em resposta a evolução do capitalismo. Nessa década, o Brasil vivia um processo incipiente de industrialização de importações, num contexto de capitalismo dependente e agroexportador. No período de 1930 a 1935, o governo brasileiro sofre pressões da classe trabalhadora, que é então controlada através da criação de organismos normatizadores e disciplinares das relações de trabalho, em especial através do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Sua primeira fase intervém no aparecimento da Questão Social, produzida pela relação de trabalho em moldes capitalistas, com o surgimento do trabalho livre profundamente marcado pela escravidão, seu passado recente. Momento em que “a força do trabalho é tornada mercadoria”, e o proprietário do capital não mais é um senhor em particular, mas há uma “classe de capitalistas” que capitalizam em torno da mais valia do trabalho operário, que o troca pelo salário para sustento de si e de sua família. A exploração a que é submetido o operariado aparece para o restante da sociedade burguesa como uma ameaça a seus mais sagrados valores. Impõe a partir daí, a “necessidade de controle social” da exploração da força de trabalho e o surgimento de uma regulação jurídica do mercado de trabalho através do Estado.
A partir dos anos 80 o Serviço Social continua enfrentando lutas para quebrar paradigmas de compreensão da sociedade, discutindo questões políticas – teóricas. Nos anos 90 essas questões perderam força com o fim da Guerra Fria (dissolução da bipolarização do mundo) e como o enfraquecimento das forças progressistas e as críticas ao modelo neoliberal. Entretanto, em contrapartida, aumenta a luta pela defesa dos direitos humanos. Começa a tomar dimensões gigantescas no mundo e no Brasil especialmente questões sociais e que ferem os direitos a cidadania, moral e ética.
Em pleno momento histórico de domínio da ditadura Militar no Brasil, o espaço do profissional Assistente Social acabam por se limitarem à meros executores de políticas sociais nas comunidades como ponto de atuação contrário aos obstáculos do novo regime, até então ditatorial.
Nasce neste cenário o processo de renovação da profissão do Serviço Social no Brasil, assumindo novas posturas, até então consideradas modernas para o período onde estava inserido. Sendo assim, o cenário das teorias do Assistente social passa a ser ajustado ao contexto socioeconômico da realidade brasileira, configurando mudanças estruturais na sociedade e na ideologia do Serviço social no Brasil.
Tal ruptura questiona as relações históricas que esses profissionais tiveram com os interesses do poder, e ao mesmo tempo fomenta uma nova postura ideológica a serviço das melhorias necessárias aos seus usuários. Assim, com uma nova maneira e olhar diferenciado sobre a profissão, os assistentes sociais buscam um novo perfil profissional que os torne mais próximos das camadas populares.
Com o Movimento de Reconceituação do Serviço social, compreende-se um conjunto de mecanismos ideológicos que a partir da história conservadora, concebe-se como profundo questionamento sobre a profissão. Nesse sentido, o processo de reconceituação, o Serviço Social, o desenvolveu uma profunda base teórica, com renovações altamente voltadas para o trabalho direcionado às camadas extremamente excluídas da sociedade.
Portanto, a reconceituação do Serviço Social, visa construir no bojo da profissão, uma revisão crítica a partir das propostas necessárias e urgentes aos problemas sociais que cada sociedade tem que enfrentar.
Nas últimas três décadas presenciam-se um significativo avanço do Serviço Social Brasileiro, uma renovação teórico-metodológico e ético política.
Década de 80, que se identifica uma importante reflexão na interpretação teórica, com a contribuição de Iamamoto e Carvalho (1982) e a teoria social de Marx.
O impacto dessa contribuição para a ruptura da profissão com o conservadorismo.
Afirma que o Serviço Social é uma profissão inserida na divisão Social e Técnica do trabalho coletivo.
O Serviço Social como profissão emerge na sociedade capitalista em seu estágio monopolista, contexto em que a questão social, pelo seu caráter de classe, demanda no Estado de mecanismo de intervenção, não apenas econômicas, mas também políticas sociais.
A ordem societária cria um novo espaço sócio-ocupacional para o Assistente Social na divisão social e técnica do trabalho.
O agente profissional contratado pelas instituições empregadoras ingressa no mercado de trabalho como proprietário de sua força de trabalho especializada.
Essa mercadoria de trabalho só pode entrar em ação se dispuser de meios e instrumentos de trabalho que não sendo de propriedade do Assistente Social, devem ser colocadas a sua disposição pelos empregadores Institucionais.
Analisar o significado social da profissão significa inscrever o trabalho do Assistente Social no âmbito do trabalho social coletivo na sociedade brasileira.
Reconhecimento do Assistente Social como trabalhador assalariado e as dificuldades para aprofundar a analise do conjunto de implicações decorrentes dessa relação no estágio atual do capitalismo contemporâneo.
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