Más Posturas Em Crianças

Nos dias de hoje muitas das nossas crianças portuguesas perderam o hábito de brincar na rua, passando a maior parte do seu tempo livre, em espaços pequenos e que obrigam a uma vincada passividade, como passar várias horas a ver televisão, jogar videojogos e manusear brinquedos que requerem pouca atividade física que proporcionam posturas viciosas, que a longo prazo comprometem as estruturas corporais (Carneiro, et al., 2007).

Mais se acrescenta, que os problemas físicos que aparecem na infância e adolescência são comuns e não devem ser negligenciados, uma vez que estas crianças se encontram numa fase de desenvolvimento, em que tanto a estatura como o peso estão em constantes mudanças, o que pode comprometer o sistema músculo-esquelético no futuro. Alguns autores afirmam que as alterações posturais estão relacionadas com a coluna vertebral, e têm a sua origem no período de crescimento e desenvolvimento corporais (Quixadá, et al., 2011).

Segundo vários autores como: Kendall em 1995, Massada em 2001 e Verderi em 2003, definiram postura como uma posição que o corpo segue no espaço, relacionando os músculos gravitacionais com o centro de gravidade. Assim sendo a postura mais adequada é aquela que exige um menor esforço muscular para conseguir manter o nosso corpo na posição ortostática com todas as necessidades mecânicas.

De acordo Knoplich em 1986 (citado por Almeida em 2006), a boa postura consiste num bom equilíbrio, coordenação neuromuscular e adaptação, estando presente em todos os momentos corporais e em todas as circunstâncias como por exemplo a marcha (Almeida, 2006).

As posturas inadequadas, adotadas pelas crianças, tanto na escola como em casa, levam a um desequilíbrio na musculatura do corpo, dando origem às alterações posturais. No entanto a vigilância dos pais e professores é fundamental na sua correção, impedindo assim as deformidades permanentes (Pires, 1990).

A má postura caracteriza-se por uma alteração do alinhamento normal, contudo algumas alterações estruturais e mantendo a normais capacidades, estas quando são mantidas por longos períodos de tempo podem provocar episódios de dor e desconforto devido aos desequilíbrios posturais por deles adquiridos (Kisner & Colby, 1998). Tais desequilíbrios musculares são causados por alterações biomecânicas e do foro neurofisiológico, que pode resultar no encurtamento muscular dos músculos posturais (Jull & Richarson, 1994).

Dado que o ambiente escolar acompanha tanto as crianças e jovens desde o primeiro ciclo até secundário, torna-se importante que estes ambientes, sito é a escola, estejam em conformidades com esta população, nomeadamente nas questões ergonómicas relacionadas com as mesas e cadeiras, mas também no convite de profissionais de saúde de modo a incutir comportamentos benéficos a adotar (Moro, 2005; Barbosa, 2009).

Os fisioterapeutas são profissionais capacitados para trabalhar a promoção, prevenção e a recuperação corporal. Nas escolas têm um papel fundamental para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento corporal das crianças e adolescentes. Torna-se importante, por isso, a intervenção da fisioterapia, a fim de prevenir futuras posturas adaptativas e queixas dolorosas, bem como orientá-los sobre posturas corretas, formas de alongamento para minimizar o stress das más posturas e proporcionar vivencias que possibilitem