Métodos De Pesquisa

Pesquisar é buscar entender, compreender. Desde os primórdios da humanidade, o homem almeja desvendar não só a si mesmo, mas o mundo que o cerca. Nesta busca constante em explicar o que lhe é desconhecido, o ser humano tenta encontrar respostas na religião, na filosofia, na ciência, no mito. Desta forma, vale-se ele de métodos que venham a clarear a ignorância que o envolve, seja em relação ao mais intrínseco do seu ser; fatos concernentes a costumes; como ainda a fenômenos próprios da natureza.

Questionando o que está posto, a humanidade lança novos olhares sobre o estabelecido ou deseja enxergar o desconhecido. Por inaceitar uma verdade tida como absoluta, em sua eterna insatisfação, o ser humano se vale de diferentes métodos de observação da dita realidade, com o objetivo de nela interferir.

Logo, a observação de uma determinada sociedade, por exemplo, inserida num contexto histórico, numa época própria, com suas singularidades e costumes, difere, por sua vez, do veículo de análise de uma pesquisa na área das ciências médicas, a qual, por seu turno, se diferencia no método utilizado para atuar na evolução dos conhecimentos no campo das tecnologias.

Com esse propósito de lançar luz às trevas do desconhecido, vários filósofos da antiguidade desenvolveram métodos de pesquisa, os quais serão brevemente explanados a seguir.

Partindo do geral para o particular, o método dedutivo, por decorrer de princípios que se evidenciam e que não se podem recusar, propõe que para se chegar ao conhecimento verdadeiro, o único caminho a trilhar é o da razão. Tal característica o opõe diametralmente ao método indutivo. Este tomando como alfa o particular (e se valendo de coleta de dados particulares) tem como ômega a generalização, por não considerar princípios preestabelecidos, baseando-se, exclusivamente, na experiência.

Já o método dialético, caracteriza-se por fundamentar-se nas contradições tão próprias da história da humanidade – contradições estas que requerem solução, a qual gera novas contradições, que também exigem solução que, por sua vez, suscitam outras contradições e, assim, ad infinitum.

Diferenciando-se, inconfundivelmente, dos métodos já abordados, o método fenomenológico foca-se no fenômeno, no objeto, objetivando esclarecê-lo. Considerando o que está imediatamente presente à consciência, não se vale de leis para explicar dados que se lhe apresentam, não fazendo deduções a partir de princípios.

Singularizando de todos os outros métodos aqui tratados, sendo, por alguns estudiosos, sequer considerado um método, e com aplicação limitada às Ciências Sociais, o método hipotético-dedutivo tem a experimentação como essência. É um método de tentativas e eliminação de erros, que não leva à certeza, pois o conhecimento absoluto certo e demonstrável não é alcançado.

No entanto, a despeito dos diferentes métodos a serem utilizados na pesquisa da gama de fenômenos a serem observados, está a essência do ser humano como agente do fazer histórico.