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"Na Escola Se Aprende De Tudo": Comentários E Reflexões Acerca Do Texto De Oliveira E Mizukami

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Por:   •  5/10/2014  •  897 Palavras (4 Páginas)  •  951 Visualizações

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O texto de Oliveira e Mizukami discute como se tem criado na escola “uma cultura de resultados” que destaca a preparação para exames sem considerar os reais aprendizados que a instituição oferece para a vida social fora dos currículos formais e nem as perspectivas das próprias crianças.

O Instituto Nacional de Educação e Pesquisas- INEP criou o Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB em 1990. Considerada uma avaliação de grande escala, o SAEB mede níveis de proficiência comuns às séries com vistas a responder as seguintes questões: “Qual a qualidade da educação oferecida no país e sob que condições ela se realiza? “. Essa cobrança pelo alavancamento nos índices acaba por exercer uma pressão sobre os professores para ensinar simplesmente visando testes. Essa perspectiva ignora o caráter, a personalidade e os talentos que a escola trabalha no indivíduo e que são imensuráveis. A escola promove qualidade de vida que não exige certificação e que não são auferidos pelas avaliações de grande escala que se concentram em conteúdos formais estrategicamente definidos.

Segundo Oliveira e Mizukami, o que o professor ensina em sala de aula vai além do que um aluno é capaz de repetir numa prova.

O currículo define os conteúdos escolares a serem ensinados e que serão objeto de avaliação para certificação. No Brasil, esses conteúdos são definidos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais- PCN's. Atualmente, é notável uma complexa organização da sociedade brasileira que, por sua vez, exige maior nível de desenvolvimento profissional sendo que os movimentos sociais reivindicam educação e as políticas públicas são portanto, reorganizadas em torno destas. Podemos citar como exemplo dessa reorganização educacional a “TV Escola” e os referidos PCN's e as avaliações de larga escala, por sua vez, visam oferecer critérios de referência para o trabalho escolar e para monitorar políticas públicas.

A cultura é considerada como um mecanismo de controle, planos, regras e instruções para governar o comportamento (Geertz apud Oliveira e Mizomiia, p.5). A cultura escolar, em contrapartida, pode então ser entendida como um conjunto de mecanismos de controle dos planos escolares, regras e instruções que procuram governar o comportamento dos alunos, professores e funcionários. Em cada cultura os padrões são criados historicamente e, no Brasil, ela ainda possui traços coloniais donde se depreende a herança de contrastes sociais e econômicos. Na escola nem todos os grupos são representados e são silenciados pela realidade daqueles com maior poder político e econômico.

Nos anos 80 e 90 houve uma nova consciência das diferentes culturas existentes e os movimentos sociais passam a reivindicar reconhecimento e valorização, por isso, apresenta-se o desafio de se promover uma educação intercultural, ou seja, que contemple a diversidade sem efetuar o recorte voraz daquilo que se julga relevante ensinar. Contudo, nota-se que, apesar de residirem diferentes culturas sociais dentro da escola, a essência da cultura escolar não se altera se tornando estranha a seus habitantes com rituais homogêneos, símbolos, mesmas organizações do espaço e do tempo que é fracionado com o uso de campainhas. Conclui-se que fica cada vez mais evidente a necessidade do conhecimento de caráter polissêmico da educação escolar pois ela não possui um sentido único para todos os seres que nela estão envolvidos.

Dessa forma, a pesquisa da autora objetiva analisar a natureza das aprendizagens escolares

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