Natura sustentabilidade

Empresa Natura Cosmético

A Natura foi fundada em 1969 como uma simples loja de cosméticos e de consultoria personalizada de tratamento de beleza com poucos funcionários. Alguns anos depois, por volta de 1980, eram 200 funcionários e 2 mil consultoras por todo o país para a revenda de produtos e consultoria de tratamento. Em 1990 chegou a ter 1.800 funcionários e 50 mil consultoras, e 7 anos depois com 3 mil funcionárioos e 145 mil consultoras no Brasil e com 10 mil na América Latina, a Natura foi a maior empresa brasileira de cosmético.

Conseguindo estipular uma filosofia sócio-ambiental não só para a criação e implantação de seus projetos sustentáveis, como para sua comunicação junto ao seu público-alvo e stakeholders (grupo que fez um investimento ou tem ações na empresa). “Nossa Razão de Ser é criar e comercializar produtos que promovam o bem-estar/estar bem”. A filosofia do “bem-estar é a relação harmoniosa, agradável do indivíduo consigo mesmo, com seu corpo”, e a consequência é “estar bem é a relação feliz e prazerosa do indivíduo com o outro e com a natureza da qual faz parte” significando que a Natura se preocupa com o bem estar de todos, da natureza, mas também, certifica-se de que é necessário a venda de seus produtos para que sua filosofia seja colocada em prática e sua empresa continue gerando lucro. De uma forma equilibrada, a Natura incorporou o conceito do tripé da sustentabilidade (conhecido como triple bottom line) em sua organização.

A questão da sustentabilidade ambiental é algo quem tem cido implatado recentemente em muitas empresas, pois nem sempre os consumidores estão dispostos a pagar mais caro por um produto que foi produzido com baixo impacto ambiental. E por isso é necessaria a educação ambiental para a sociedade, que deve ser feito por organizações, governos, instituições de ensino e ONGs. A Natura tem sido pioneira neste setor, pois utiliza o marketing ambiental como fator de educação ambiental para consumidores, por exemplo através de campanhas do refil.

A Natura criou para a linha Ekos o Programa de Certificação de Fornecedores de Produtos Florestais para as áreas e reservas com as quais possui relacionamento, tendo em vista garantir que os recursos da flora brasileira sejam extraídos de forma social e ambientalmente correta. Em resumo, o programa é composto por seis etapas:

1.  inspeção do local de origem dos ativos;
2.  elaboração de um plano de manejo;
3.  avaliação do impacto ambiental e social;
4.  implantação do plano de manejo;
5.  conquista do certificado;
6.  monitoramento constante;

Este certificado de manejo florestal sustentável é expedido pela Imaflora, instituição que é representada no Brasil pelo Forest Stewarship Council (FSC), organização ambiental que monitora a certificação de produtos florestais, reconhecida internacionalmente. O Programa tem como intenção o retorno econômico para as reservas extrativistas, e também de respeitar o modo de vida das populações locais, incorporando valor ao trabalho e também no produto final comercializado pelas comunidades. Um projeto piloto de desenvolvimento sustentável foi implantado, em 2005, na comunidade Iratapuru, no Estado do Amapá, que fornece matérias-primas para a produção da linha Ekos, por exemplo a castanha, copaíba e breu branco. Foi desenvolvido um plano de negócios por 30 famílias fornecedoras da Natura que contou com a ajuda da ONG Amigos da Terra. A Natura criou uma nova diretoria, chamada Diretoria da Sustentabilidade, para cuidar especificamente desta área, e se certificar de que está criando condições reais de sustentabilidade para suas operações e para seus relacionamentos com as comunidades extrativistas. Segundo a Gerente de Desenvolvimento Sustentável da empresa, a Natura, que é pioneira nos processos de cadeia de custódia, está aprendendo junto com as comunidades esta nova forma de trabalho.

A Natura conseguiu construir uma imagem de imensa credibilidade para seus consumidores, e de certa forma, eles esperam que ela tenha atitudes pró-ativas em relação ao meio ambiente, uma vez que desde o início de sua organização houve este comprometimento. A linha Ekos cresceu junto com a Natura e novas propostas mais interessantes à marca foram sendo incorporadas. A empresa entendeu a importância das diversas histórias regionais das comunidades extrativistas espalhadas por todo o país, assim como seu vasto conhecimento que continua sendo ensinado através de gerações. Na hora em que a Natura percebeu que não precisava de um modelo a ser copiado, seu negócio deslanchou, criando uma identidade 100% brasileira e inovadora. De forma pioneira tem utilizado este diferencial como proposta de inovação e comunicação de sua marca, aliado a uma busca constante por ativos da biodiversidade que, por sua vez, ainda não foram utilizados pelas empresas de cosméticos nacionais e internacionais.

A empresa Natura através do seu investimento nas pessoas, no meio ambiente e no seu negócio, só valoriza sua marca e a posiciona muito bem em relação às outras organizações sócio-ambientais internacionais, e isto facilitará sua expansão internacional, principalmente nos mercados onde os consumidores se preocupam com a questão ambiental. Não foi por acaso que a Natura se adiantou e seguiu em frente com sua estratégia ambiental iniciada com a linha Ekos.

Percebe-se a existência de uma preocupação cada vez maior sobre o tema do meio ambiente no Brasil e a verificação da valorização da marca Natura no mercado nacional, através dos resultados positivos obtidos após a sua implantação de uma gestão ambiental eficaz, da criação da linha Ekos e o uso sustentável da biodiversidade brasileira e a comunicação de seus valores sócio-ambientais para seus consumidores.

A sustentabilidade da empresa

A empresa Natura, que atua no ramo da cosmética tem um consumo sustentável que seria a contribuição para a geração de renda de muitas pessoas, embalagens com menor impacto ambiental, empresa carbono neutro, uma empresa B corp, fórmulas com ingredientes vegetais e não testado em animais. Com tudo isso ela acaba se tornando uma das grandes empresas cosméticas sustentáveis do Brasil.

Desde dezembro de 2006 a Natura não faz mais testes em animais no desenvolvimento dos produtos ou em matérias-primas para comprovar a eficácia e segurança dos mesmos, pois os seus fornecedores conhecem o posicionamento da empresa em relação a este assunto, ao invés de utilizar animais nos testes é utilizado as mais avançadas técnicas mundiais de avaliação que incluem modelos computacionais, pesquisa e revisão contínua dos dados publicados em literatura científica do mundo todo e testes in vitro, que também são aceitos pela comunidade científica internacional. Além disso, contam com uma equipe de cientistas que buscam trabalhar com as mais avançadas tecnologias para tornar as avaliações cada vez mais precisas e eficazes. Mas ela não garante que algum de seus fornecedores não façam esses testes para alguma outra empresa. Com isto a Natura Busca atuar como protagonistas em relação a esse tema e, assim, formar uma rede de parcerias com o meio acadêmico, laboratórios e entidades de classe a fim de difundir e estimular a prática de eliminar testes em animais no segmento cosmético local e internacional.