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Novos Modelos de Gestao em Cooperativas

Por:   •  25/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.872 Palavras (20 Páginas)  •  413 Visualizações

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 “NOVOS MODELOS DE GESTÃO EM COOPERATIVAS”

SUB-TEMA

RESUMO

Para atender a um mercado globalizado, as empresas se viram obrigadas a absorver inovações. Nesse sentido a implantação de novos modelos de gestão é fundamental para garantir a sustentabilidade do negócio.

Nesse cenário de constante mudança, as cooperativas buscam ser competitivas de diversas maneiras. Destacamos a importância dada à inovação tecnológica, a preocupação com a produtividade, a qualidade dos produtos e principalmente de seus recursos humanos.

Nos componentes organizacionais da cooperativa estudada, analisamos a implantação de estratégias competitivas, e verificamos como a cooperativa decide competir em um mercado, de modo a ganhar vantagem competitiva sem fugir dos princípios cooperativistas alinhados a autogestão.

1. INTRODUÇÃO

É imprescindível que se tenha, antes de qualquer coisa, uma visão estratégica para enfrentar a competitividade em todas as áreas, é preciso atualização contínua para que se possam acompanhar as mudanças em um mundo globalizado.

Através deste trabalho buscamos identificar a ocorrência da implantação de estratégias, inovação ou mudança nos modelos de gestão adotados pela organização. Analisamos programas e ações desenvolvidos pela cooperativa, para ampliar ou manter, de modo sustentável, suas vantagens competitivas frente aos concorrentes.

A organização objeto deste estudo é a cooperativa agropecuária dos Produtores Rurais– Itambé. Cooperativas agropecuárias são as formadas por produtores rurais e têm como finalidade organizar a produção dos seus associados em maior escala, garantindo um melhor preço na comercialização de seus produtos. Visa também integrar e orientar suas atividades, bem como facilitar a utilização recíproca dos serviços, como: adquirir insumos, dividir custos de assistência técnica, difundir o uso de novas tecnologias produtivas, comercializarem a produção e, em muitos casos beneficiar e industrializar as matérias-primas, eliminando o atravessador e vendendo a produção dos cooperados diretamente ao consumidor.

A Cooperativa Central dos Produtores Rurais – Itambé foi fundada em 1944, com o objetivo de promover a regularização da distribuição do leite em Belo Horizonte, mantida de forma precária e insuficiente.

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Vale também ressaltar a importância das cooperativas no mercado, sua história, até porque o Brasil, um país de muitas terras, tem a agropecuária em quase toda sua extensão.

Através do estudo de caso apresentado neste trabalho, poderemos compreender e analisar o desafio das cooperativas na busca de novos mecanismos de capitalização e inovação das tecnologias, tornando-se mais competitivas.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1.1 Estratégias Competitivas

A estratégia competitiva é a busca de uma posição competitiva favorável em uma ou organização, a arena fundamental onde ocorre a concorrência. A estratégia visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a concorrência na organização.

Temos que analisar as diferentes dimensões econômicas envolvidas na discussão quando se trata de estratégia empresarial no cooperativismo. De acordo com Sigismundo esses focos de analise terão que levar em consideração o ambiente institucional que cerca o empreendimento cooperativo, o que o leva a estabelecer estratégia muitas vezes alinhada com o restante do mercado, mas que podem constituir formas de lidar também com um particular momento institucional.

Segundo Porter (1986), duas questões centrais baseiam a escolha da estratégia competitiva. A primeira é a atratividade das indústrias em termos de rentabilidade a longo prazo e a fatores que determinam esta atratividade.

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A segunda questão central em estratégia competitiva são os determinantes de posição competitiva relativa dentro de uma organização. Nenhuma questão é suficiente por si só para orientar a escolha da estratégia competitiva.

As organizações tornam-se mais ou menos atrativas no decorrer do tempo, e a posição competitiva reflete uma batalha interminável entre concorrentes. Tanto a atratividade da organização quanto à posição competitiva podem ser modeladas por uma empresa, e é isto o que torna a escolha da estratégia competitiva desafiante e excitante.

Afirma Sigismundo (2002 artigo publicado) “O empreendimento cooperativo apresenta então aspectos específicos com dimensões distintas e, muitas vezes, conflitantes, que, são responsáveis. O foco do mercado da lógica econômica de maximização de resultados, da concorrência e dos preços como sinalizadores da alocação de fatores de produção de um lado e o foco da sociedade do cooperante, da fidelidade contratual da ética de negócios da transparência”.

Porter (1986) afirma que a vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma empresa consegue criar para seus compradores e que ultrapassa o custo de fabricação da empresa. Nas organizações cooperativas, os direitos a decisão são igualitários e os resultados dependem das transações. Nestas organizações os associados podem buscar estratégia do maior preço possível, de forma imediata, ou seja, uma maximização imediata do associado.

O cooperado pode apresentar uma ação de oportunismo contratual, pelo fato de ser agente principal da mesma relação contratual e freqüentemente, pode objetivar seu próprio bem estar em detrimento da eficiência da cooperativa. A relação de “agency” entre associado e a cooperativa faz parte da gestão, quando a cooperativa tem uma estratégia de incentivo nas relações de contrato com o associado. Este incentivo pode reduzir os oportunismos e os custos de “agency” elevando a eficiência da empresa pelo incremento da preferência de operação”. Segundo Bialoskoski (1998), pg.06

2.1.2 - Estratégias de mercado e diversificação

As cooperativas e as empresas não cooperativas deveriam usar as mesmas estratégias de posicionamento competitivo, pois atuam em um mesmo mercado. A diferenciação do produto, a agregação de valor, preços ou a definição da marca 9

são estratégias que não dependem do tipo de organização, mas dependem do mercado específico, e das características de comercialização. Porém, a estratégia pode mudar de acordo com a origem e a demanda do produto. Sendo que nas empresas de capital esta demanda será de acordo com a visão dos lucros, já nas cooperativas, será segundo a elevação do bem estar do sócio.

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