Nutrição E Publicidade

NUTRIÇÃO E PUBLICIDADE

O comportamento alimentar sofre influência de diversos fatores, dentre eles os biológicos, sociais, culturais e econômicos, que juntos resultam na escolha dos alimentos.

Contemporaneamente, a industrialização, a urbanização, a maior participação da mulher no mercado de trabalho e a grande influência da mídia sobre as pessoas tem feito com que haja uma mudança nos hábitos alimentares da população.

Por um lado, cada vez mais as pessoas têm menos tempo e a indústria e o mercado atendendo as necessidades desses cidadãos oferece opções como os produtos de fácil e rápido preparo ou os famosos fast’s food’s que associados com o comportamento sedentário acabam por gerar e aumentar a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis como, obesidade, diabetes tipo II, dislipidemia, hipertensão e outras.

Por outro lado, há o grupo de pessoas que muda sua alimentação simplesmente pelo fator estético, em busca de atender o “corpo ideal” imposto pela sociedade.

Em ambas as situações a mídia está envolvida, visto que a mesma investe pesado em marketing, propaganda e publicidade alimentícia, já que os alimentos são produtos de demanda primária e representam um imenso potencial de mercado consumidor, ou seja, o marketing seria a comunicação, qual o meio utilizado para fazer o anúncio e nesse sentido, recursos não faltam, pois os marqueteiros fazem uso de jornais, revistas, cartazes, painéis, rádio, internet, embalagens chamativas e o principal deles a TV; a propaganda, nada mais é do que a implantação da ideia do uso de determinado produto no dia a dia do consumidor; e a publicidade é a divulgação desse produto.

Apesar dos diversos recursos que o Marketing Nutricional apresenta é notório que este ainda é muito falho, levando em conta que a publicidade e a propaganda vão atingir um número grande e diversificado de público e não se preocupam com a promoção da saúde coletiva, mas sim com a mera divulgação do produto para fazer com que os consumidores realizem a compra, desse modo, fazem uso de estratégias como a propaganda de alimentos nada nutritivos, mas sedutores aos olhos das crianças, em um horário onde o maior público é o infantil.

Em contra partida a esse grupo um pouco mais alienado, que se deixa levar por qualquer propaganda, percebe-se que aos poucos vem se desenvolvendo um grupo de consumidores mais atentos e preocupados em manter a qualidade de vida, fazendo com que o Marketing Nutricional adote algumas medidas como a imposta pelo Ministério da Saúde, o INC (Informação Nutricional Complementar) onde os rótulos e embalagens deverão constar as propriedades nutricionais (valor energético, valor calórico, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, colesterol, fibra alimentar, vitaminas, sais minerais, ferro, cálcio, sódio) do produto.

Entretanto, mesmo com essa determinação do Ministério da Saúde, verifica-se a aparição de dois problemas: Muitos rótulos contêm informações falsas e/ou confusas para o leitor e a grande maioria dos consumidores não realiza a leitura dos rótulos ou por falta de saber ou por achar desnecessário.

Como já foi dito anteriormente, a mídia exerce grande persuasão sobre todo o público consumidor, o que provoca diversas consequências como as dietas desbalanceadas e desequilibradas que são indicadas normalmente em revistas, elaboradas na maioria das vezes por personals trainers e não por nutricionistas que são os profissionais competentes para tal atividade. Essas dietas geralmente radicais se preocupam mais com a quantidade de calorias do que os nutrientes que serão absorvidos, objetivando um emagrecimento súbito, que pode repercutir em vários danos ao organismo, como, colaborar para o ganho de peso ainda mais expressivo que o anterior ao seguimento destas, stress físico e psicológico, anorexia, deficiência de nutrientes, anemia e hipovitaminoses. Ademais essas dietas, a mídia também realiza a divulgação de produtos e /ou alimentos ditos como milagrosos que prometem perca