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O Acordo De Paz No Oriente Médio

Por:   •  27/8/2023  •  Relatório de pesquisa  •  2.077 Palavras (9 Páginas)  •  71 Visualizações

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ACORDO DE PAZ NO ORIENTE MÉDIO

O tema desenvolvido neste exemplo é extremamente atual e delicado, pois envolve

uma negociação de paz entre países que estão em conflito há anos.

A questão histórica inicia-se com a chegada dos judeus à região da Palestina em 2000

a.C., ocupando-a após vários conflitos. No início da era cristã, os judeus foram

expulsos, dispersando-se por várias regiões do Império Romano (diáspora). Mas,

mesmo dispersos, tentaram manter suas principais tradições culturais, alimentando a

esperança de um dia retornarem à Palestina e formarem novamente uma nação.

Durante o período entre a diáspora e a formação de Israel (1948), a região foi

novamente dominada por outros povos, sendo que a maior influência foi a dos árabes.

Assim, os judeus exigiam a posse da Palestina com base em seus direitos históricos,

o que passou a ser analisado após a Segunda Guerra Mundial, determinando a

formação do Estado de Israel, criação esta apoiada pela ONU e impulsionada pelo

movimento sionista (imigração judaica para a Palestina).

Os árabes da Palestina reivindicavam a região, embasados em direitos adquiridos em

sua longa e contínua ocupação. Em 1931, a população judaica na Palestina era de

175 mil em um total de 1.036.000 pessoas, mas as perseguições nazifascistas na

Europa levaram à região mais de 200 mil judeus, número aumentado em 1939 com a

Segunda Guerra Mundial, que acirrou as perseguições aos judeus, somando mais 150

mil.

Com essa entrada maciça de judeus e também graças à preocupação mundial com

as atrocidades de que foram vítimas, surge um clima favorável à criação do Estado

judeu. A ONU propôs, então, um plano de partilha da Palestina: ao Estado judeu

(Israel) caberia 56,5% do território e ao Estado árabe, cerca de 42,9%. Para a divisão

foram utilizados critérios geográficos, ficando o restante com pequenas colônias locais

existentes.

Os árabes sentiram-se lesados e invadiram Israel, levando vantagem num primeiro

momento. Tal situação, porém, mudou gradativamente e, no final, os israelenses

venceram a disputa, já que o exército árabe era mal coordenado, os judeus lutavam

com espírito de uma justa causa e a ajuda da comunidade judaica internacional

apoiava o bom desempenho dos mesmos, influenciando todo o envolvimento

palestino-israelense.

Com o fim do conflito, os israelenses tomaram toda a Palestina, deixando os árabes

ali residentes sem identidade nacional.

Um conflito decisivo para a relação entre árabes e judeus foi a Guerra dos Seis Dias

(em junho de 1967). O Egito pressionava Israel para um possível ataque; Israel atacou

de surpresa o Egito, Jordânia e Síria, conquistando áreas como a Faixa de Gaza,

Península do Sinai (devolvida mais tarde pelo tratado de Camp David), Cisjordânia,

setor oriental de Jerusalém e Colinas de Golan, além de novos territórios árabes, o

que significou uma humilhação para os mesmos.

Na verdade, trata-se de uma luta em que cada um dos lados tem razões e justificativas

poderosas. Ou seja, os israelenses vivem em Israel porque não existe uma pátria para

os judeus em qualquer outro lugar do planeta, enquanto os palestinos estão na

Palestina porque é o lugar onde seus ancestrais viveram por mais de mil anos. A

questão religiosa tentou transformar o conflito em guerra religiosa ou luta racial;

contudo, não passava de uma disputa de propriedade.

Muitos dos governos de Israel não perceberam a gravidade do problema de uma

identidade nacional palestina. O movimento palestino agride árabes e judeus ao

assumir uma atitude inflexível em relação à identidade nacional israelense. Os

palestinos erraram ao presumir o movimento sionista como colonizador; ao contrário,

ele era substituidor de mão de obra.

O acordo de paz, cogitado durante meses em segredo, foi anunciado com o

reconhecimento mútuo, mas foi no jardim da Casa Branca, em Washington, na

presença do anfitrião Bill Clinton, que o “aperto de mão da paz” se deu entre Yitzhak

Rabin (primeiro-ministro israelense) e Yasser Arafat, constituindo-se, portanto, em

uma reconciliação pública em 13 de setembro de 1993. O encontro foi histórico por

aproximar dois inimigos assumidos e também por sua capacidade de modificar, de

uma hora para a outra, a visão que o mundo tinha de problemas aparentemente

insolúveis. Apesar de os dois só terem se conhecido pessoalmente minutos antes da

cerimônia, e estando a apenas cinco metros de distância no Salão Azul da Casa

Branca, ambos se ignoraram solenemente.

Rabin, com o acordo, propôs devolver os territórios conquistados na Guerra dos Seis

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