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O Artigo Pantanal

Por:   •  3/12/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.287 Palavras (6 Páginas)  •  145 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO







A ONÇA PINTADA COMO SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA ÀS QUEIMADAS DO PANTANAL BRASILEIRO.






PROF NELSON SILVA





AGNES MORAES- 19200538
MARIANA CASTRO- 19200581

AN4DESIGN








SÃO PAULO – SP

2021


RESUMO:

Este artigo visa abordar a problemática dos incêndios ocorridos no Pantanal brasileiro em outubro de 2020 e o impacto que o mesmo teve sobre os biomas e a vida dos animais. Explorar o modo como a mobilizações de organizações - ONGS, imprensa e as redes sociais possibilitaram o resgate de animais de grande porte como a onça pintada, que se tornou o símbolo do Pantanal, e denunciaram o modo criminoso como estes incêndios tiveram início.  

Palavras-chave: Pantanal, Incêndios, Onça-pintada, Brasil.


ABSTRACT:
This article aims to address the problem of fires that occurred in the Brazilian Pantanal in October 2020 and the impact that it had on the biomes and the lives of animals. Explore how the mobilization of ONGS, the press and social networks made it possible to rescue large animals such as the jaguar,which has become a symbol of the Pantanal, and denounced the criminal way in which these fires started.

Keywords: Pantanal, Fires, Jaguar, Brazil.

INTRODUÇÃO:

Podemos pensar no Pantanal brasileiro como um mosaico com variados tipos de vegetação, nesse mosaico temos áreas de florestas, áreas de campo e cerrados que alagam periodicamente. Pensando nisso, não podemos falar do Pantanal brasileiro sem ressaltar sua rica vegetação, ampla diversidade em vida animal e os ganhos econômicos que o mesmo resulta ao Brasil por meio de atividades como a agricultura, pecuária, pesca e o turismo. Entretanto, como falar sobre a mesma região sem ressaltar a necessidade urgente de ações de preservação do bioma?

                       

Fig 01: Pantanal visto de cima
[pic 1]

Fonte: https://www.ebc.com.br/brasil-visto-de-cima-sobrevoa-o-pantanal-na-segunda-67

Segundo o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, setembro de 2020 foi o ano com mais queimadas na história do bioma Pantanal brasileiro. Foram registrados 16.201 focos de incêndio até o dia 23 de setembro de 2020. A seca intensa que se arrastava desde 2019 na região foi um dos fatores climáticos que cooperou para a amplitude da devastação.
Segundo o engenheiro ambiental Vinicius de Freitas Silgueiro, durante os meses de janeiro e fevereiro de 2020, o território já enfrentava uma temporada de seca, e com a chegada dos meses mais secos do ano - junho e julho, a situação passou a ter mais um agravante, o volume menor de chuvas somado às temperaturas e a velocidade do vento.
“A coisa tomou uma proporção gigantesca; foi um verdadeiro barril de pólvora. Volume menor de chuva, temperaturas mais altas para essa época do ano e a velocidade do vento também maior que o esperado se somaram e, “na hora em que esse fogo começou, ele fugiu de controle e ninguém conseguiu parar mais”. 
O engenheiro destaca que as condições climáticas eram favoráveis, entretanto o início dos incêndios ocorridos em setembro de 2020 foram provocados.

Apenas no estado do Mato Grosso, foram cerca de 8,5 milhões de hectares do bioma atingidos pelas chamas. Esse índice equivale aos territórios dos estados de Sergipe e Rio Grande do Norte juntos. Essa devastação atingiu valores históricos, fazendo o Pantanal perder cerca de 40% de seu bioma.
Entretanto, ainda não é possível saber de forma exata a dimensão dos estragos que os eventos trouxeram ao bioma de uma forma geral, uma vez que a devastação também atingiu a vida animal e a vida humana, visto que muitas famílias e comunidades ficaram sem água e alimento devido às queimadas que atingiram as roças.
Os efeitos diretos do fogo para a vida animal se estenderam além de queimaduras, intoxicação e morte, pois além de alterar o comportamento dos animais, as queimadas ainda podem causar um desequilíbrio ecológico da região.

Fig 2: Área atingida pelas queimadas e vegetação destruída.

[pic 2]
Fonte:https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/09/14/incendios-no-pantanal-causam-devastacao-matam-animais-e-emitem-alerta-climatico.ghtml


Segundo dados do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região do Pantanal abriga aproximadamente 130 espécies de mamíferos, 460 de aves, 80 de répteis, 30 espécies de anfíbios e 260 de peixes. A onça pintada, por se tratar de um predador localizado no alto da cadeia alimentar, regula as populações de predadores de menor porte que, sem as onças, poderiam ter um grande crescimento populacional avantajado e por sua vez seriam diminuídas as populações de presas mais sensíveis, afetariam outras espécies em um efeito cascata. Animais como sapos, pequenos roedores, cobras e lagartos, por serem de menor porte e locomoção lenta, podem ser os principais atingidos. Um outro fator a ser considerado mais uma vez é a seca histórica que o Pantanal vem enfrentando, que por sua vez diminuiu drasticamente os refúgios da vida animal.

A onça pintada é o maior felino das Américas, no Pantanal brasileiro costuma habitar as margens do rio Paraguai, e por essa razão adquiriu a habilidade de nado. Em solo brasileiro é listado pelo IBAMA como ameaçada de extinção, e sua existência é de vital importância por se tratar de uma espécie guarda-chuva, o que agrava os acontecimentos aqui listados.

Fig 3: Onça-pintada macho resgatada pela ONG

[pic 3]

Fonte: https://www.google.com.br/amp/s/catracalivre.com.br/cidadania/onca-pintada-que-teve-patas-queimadas-em-incendio-no-pantanal-e-solta/amp/

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